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2.10.2014

Teste inovador com mão biônica devolve sentido do tato a amputado

Dennis Sorensen que perdeu a mão esquerda voltou a sentir objetos.
Fantástico conversou com engenheiro do grupo de pesquisa.

Segurar um objeto. Sentir um objeto. Sentir um toque humano. Há nove anos, o dinamarquês Dennis Sorensen sofreu um acidente e perdeu a mão esquerda. Agora, ele se tornou o primeiro amputado do mundo a recuperar o sentido do tato com uma mão biônica.
“Foi incrível porque, de repente, eu conseguia sentir algo que eu não sentia há nove anos. A sensação era totalmente nova. De repente, eu fazia os movimentos e sentia o que eu estava fazendo, não apenas via”, conta o voluntário.
Até hoje, próteses como essas recuperavam só os movimentos, mas nunca as sensações. Nesta semana, pesquisadores europeus apresentaram os resultados de um teste inovador. A equipe do Fantástico conversou pela internet com o engenheiro do grupo.

“Como ativamos a sensação natural e deixamos tudo de uma maneira bem intuitiva, ele nem precisou treinar. Foi uma questão apenas de conectar os cabos, e ele estava operando a prótese depois de cinco minutos. Foi assim”, afirma o engenheiro do projeto Stanisa Raspopovic.

Dennis passou por uma cirurgia para prender eletrodos nos nervos do braço. “Meus filhos acharam o máximo. Eles me chamavam de o ‘cara do cabo’, porque eu tinha todos esses cabos saindo dos braços”, conta ele.
Depois, os cientistas colocaram sensores nos dedos da prótese para registrar a força usada por Dennis ao pegar um objeto. Essa informação era então usada para calcular a quantidade de estímulo a ser enviada aos nervos. Com isso, Dennis, de olhos vendados, conseguia sentir o que estava fazendo.
“Se ele fecha os dedos mais, e mais, e mais, ele aciona os sensores de fechamento, aumenta a estimulação dos nervos e sente o toque cada vez mais forte. Quando ele abre, o estímulo diminui. Então estava funcionando assim, em tempo real”, explica o engenheiro.
Por enquanto foi apenas um teste. Ainda falta um longo caminho até que a nova prótese possa ser usada por alguém no dia a dia.
“Queremos, é claro, tentar fazer o mesmo em mais pacientes e por mais tempo”, diz Stanisa Raspopovic.

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