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2.25.2014

Ucrania :Não forcem Ucrânia a escolher entre nós ou Ocidente, diz chanceler russo

Parlamento da Ucrânia adia formação de governo interino até quinta-feira

O Parlamento da Ucrânia decidiu adiar até quinta-feira (27) a formação de um novo governo provisório no país em crise, a pedido do presidente interino Oleskander Turchinov.
Ele não explicou suas razões.
"A decisão deve ser tomada na quinta-feira. Não podemos esperar mais tempo", disse. "Realizem consultas noite e dia, mas tem que ser transparente."
O prazo inicial para a formação do governo era esta terça.
Turchinov também anunciou que vai se reunir com as autoridades de segurança para discutir o que descreveu como "perigosos sinais de separatismo" em algumas regiões, após a deposição do presidente Viktor Yanukovich.

Não forcem Ucrânia a escolher entre nós ou Ocidente, diz chanceler russo

Lavrov pediu calma no país após a deposição do presidente Yanukovich.
Crise política reforça temor de separatismo no país.



  Reuters
 


A Ucrânia não pode ser forçada a escolher entre manter laços próximos com a Rússia ou com o Ocidente, disse o chanceler russo, Sergei Lavrov, nesta terça-feira (25).
O comentário foi o mais recente em uma série de alertas feitos por Moscou à União Europeia e aos Estados Unidos para que não tentem influenciar o futuro do antigo Estado soviético.
"É perigoso e contraproducente tentar forçar a Ucrânia a escolher dentro do princípio: 'ou você está conosco ou está contra nós'", disse Lavrov em entrevista conjunta após encontro com o chanceler de Luxemburgo, Jean Asselborn.
A Rússia e o Ocidente precisam "usar os contatos com as diferentes forças políticas na Ucrânia para acalmar a situação... e não buscarem vantagens unilaterais num momento em que é necessário o diálogo nacional", acrescentou Lavrov.
Há temores de que a culturalmente dividida Ucrânia possa sofrer um racha interno após três meses de protestos que resultaram na deposição do presidente Viktor Yanukovich.
Lavrov também se declarou contrário a uma eleição presidencial antecipada para 25 de maioe considera que isto infringe o acordo assinado na semana passada em Kiev para solucionar a crise.
Lavrov insistiu que o acordo, assinado na sexta-feira pelo então presidente Yanukovich e os líderes da oposição na presença de mediadores europeus, estipulava que uma eleição presidencial não poderia acontecer antes de uma reforma constitucional, prevista para acontecer até setembro.
"A celebração de eleições em 25 de maio já é uma renúncia ao acordo", disse Lavrov. "Independente do que aconteça, é muito importante ater-se aos princípios do acordo."
A Rússia já havia solicitado às novas autoridades ucranianas que respeitassem o acordo, que prevê concessões à oposição, como a organização de eleições presidenciais antecipadas, a formação de um governo de coalizão e uma reforma constitucional.
Yanukovich, em paradeiro desconhecido desde sábado, foi destituído e em seu lugar foi nomeado um presidente interino, Olexander Turchynov.
A Rússia é o único país que ainda considera válido o acordo assinado na semana passada.
Tanto a Rússia como o Ocidente enfatizaram publicamente que não desejam que isso ocorra.
O chanceler francês, Laurent Fabius, disse à emissora de TV France 2 que ninguém está forçando a Ucrânia a fazer uma escolha.

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