Cerca de mil pessoas ocupam as escadarias da Câmara de Vereadores
Em passeata, eles chegaram a bloquear todas as faixas da Av. Rio Branco
Pedro Mansur
Célia Costa
RIO - Cerca de mil garis ocupam as escadarias da Câmara de
Vereadores, nesta sexta-feira, no Centro do Rio. Durante a passeata que
saiu da sede da prefeitura até a Câmara de Vereadores, os manifestantes
desobedeceram a permissão da polícia de seguir apenas nas pistas do
sentido Aterro/Candelária e ocuparam todas as faixas da Rio Branco. O
tráfego na via já foi liberado. No entanto, o trânsito segue lento em
direção ao Aterro, e há retenções na Avenida Beira Mar, sentido Centro.
Trânsito intenso também na Avenida Presidente Vargas, em direção à
Candelária.
Os ônibus procedentes da Avenida Beira Mar, em direção ao Centro, são desviados para a Avenida Presidente Antônio Carlos. Já os veículos que vêm da Avenida Presidente Vargas em direção à Cinelândia são desviados para a Avenida Passos. Apesar do protesto, o trânsito segue sem muitos problemas nas outras vias da região.
Os grevistas, que desde cedo estavam concentrados em frente à sede da prefeitura, na Cidade Nova, saíram em passeata cantando paródias de marchinhas de carnaval e de sambas enredos ao longo do percurso. O ato, que é pacífico, segue acompanhado por homens do Batalhão de Policiamento de Grandes Eventos.
Os coordenadores do movimento disseram que um grupo de cinco pessoas aguardou por 40 minutos para ser atendido pelo prefeito, mas como não conseguiu a audiência, o grupo decidiu promover a passeata.
O grupo de grevistas grita palavras de ordem e anta uma paródia som o samba enredo da Unidos da Tijuca: “Acelera Comlurb”. Mais cedo, o protesto fechou a via interna lateral a prefeitura. Policiais militares do Batalhão de Policiamento em Grandes Eventos cercou o prédio da prefeitura, mas a manifestação segue pacífica, sem agressões ou confrontos.
Na quinta-feira, uma assembleia da categoria, independente do sindicato, decidiu continuar a greve. O Rio completa nesta sexta-feira uma semana sem que a coleta de lixo tenha sido normalizada, em meio a uma série de contradições envolvendo a real extensão da greve de garis. Nos primeiros dias, a Comlurb minimizou o problema, alegando que estaria restrito a apenas 300 pessoas que protestavam nas ruas.
Nesta quinta-feira, o presidente da empresa, Vinícius Roriz, admitiu que a amplitude do movimento era bem maior. Segundo ele, dos quatro mil garis encarregados da coleta domiciliar e da limpeza das ruas, 30% a 35% (1.200 a 1.400) não estão atuando, seja por estarem “em greve branca” (eles comparecem aos locais de trabalho, mas não exercem sua atividade), seja por se sentirem inseguros, por causa de ameaças de colegas que cruzaram os braços. Com o efetivo reduzido, pelo menos três mil toneladas de lixo ficam acumuladas nas ruas a cada dia.
Essa é apenas uma das contradições que cercam a paralisação dos garis cariocas. Também surgiu a dúvida sobre se a prefeitura tem de fato um plano de contingência para lidar com situações de crises como essa. Pela manhã, Roriz chegou a afirmar que a empresa não estava preparada para uma greve da categoria e que, naquele momento, considerava a paralisação como encerrada.
— A gente não tinha contingência. Já estávamos negociando com o sindicato (da categoria), que é o representante legal. A negociação estava correndo normalmente. Nossa negociação terminaria dia 31 de março. Por que íamos fazer contingência? Não havia motivo para contingência. Estávamos todos trabalhando para a operação do carnaval, que começou bem, com os os blocos — disse Roriz.
Horas depois, o presidente da empresa de limpeza urbana mudou o discurso. Mas, enquanto tentava se explicar, acabou reconhecendo mais uma vez que a Comlurb não estava preparada para situações em que grevistas ameaçam agredir colegas e depredar caminhões de coleta. Já à noite, admitiu que poderia estar havendo uma greve branca em alguns setores da empresa.
— Temos um manual de crise que funciona normalmente em períodos de forte chuva, por exemplo. Mas não podemos ter plano de contingência para abordagem de bandidos — dise Roriz.
Os ônibus procedentes da Avenida Beira Mar, em direção ao Centro, são desviados para a Avenida Presidente Antônio Carlos. Já os veículos que vêm da Avenida Presidente Vargas em direção à Cinelândia são desviados para a Avenida Passos. Apesar do protesto, o trânsito segue sem muitos problemas nas outras vias da região.
Os grevistas, que desde cedo estavam concentrados em frente à sede da prefeitura, na Cidade Nova, saíram em passeata cantando paródias de marchinhas de carnaval e de sambas enredos ao longo do percurso. O ato, que é pacífico, segue acompanhado por homens do Batalhão de Policiamento de Grandes Eventos.
Os coordenadores do movimento disseram que um grupo de cinco pessoas aguardou por 40 minutos para ser atendido pelo prefeito, mas como não conseguiu a audiência, o grupo decidiu promover a passeata.
O grupo de grevistas grita palavras de ordem e anta uma paródia som o samba enredo da Unidos da Tijuca: “Acelera Comlurb”. Mais cedo, o protesto fechou a via interna lateral a prefeitura. Policiais militares do Batalhão de Policiamento em Grandes Eventos cercou o prédio da prefeitura, mas a manifestação segue pacífica, sem agressões ou confrontos.
Na quinta-feira, uma assembleia da categoria, independente do sindicato, decidiu continuar a greve. O Rio completa nesta sexta-feira uma semana sem que a coleta de lixo tenha sido normalizada, em meio a uma série de contradições envolvendo a real extensão da greve de garis. Nos primeiros dias, a Comlurb minimizou o problema, alegando que estaria restrito a apenas 300 pessoas que protestavam nas ruas.
Nesta quinta-feira, o presidente da empresa, Vinícius Roriz, admitiu que a amplitude do movimento era bem maior. Segundo ele, dos quatro mil garis encarregados da coleta domiciliar e da limpeza das ruas, 30% a 35% (1.200 a 1.400) não estão atuando, seja por estarem “em greve branca” (eles comparecem aos locais de trabalho, mas não exercem sua atividade), seja por se sentirem inseguros, por causa de ameaças de colegas que cruzaram os braços. Com o efetivo reduzido, pelo menos três mil toneladas de lixo ficam acumuladas nas ruas a cada dia.
Essa é apenas uma das contradições que cercam a paralisação dos garis cariocas. Também surgiu a dúvida sobre se a prefeitura tem de fato um plano de contingência para lidar com situações de crises como essa. Pela manhã, Roriz chegou a afirmar que a empresa não estava preparada para uma greve da categoria e que, naquele momento, considerava a paralisação como encerrada.
— A gente não tinha contingência. Já estávamos negociando com o sindicato (da categoria), que é o representante legal. A negociação estava correndo normalmente. Nossa negociação terminaria dia 31 de março. Por que íamos fazer contingência? Não havia motivo para contingência. Estávamos todos trabalhando para a operação do carnaval, que começou bem, com os os blocos — disse Roriz.
Horas depois, o presidente da empresa de limpeza urbana mudou o discurso. Mas, enquanto tentava se explicar, acabou reconhecendo mais uma vez que a Comlurb não estava preparada para situações em que grevistas ameaçam agredir colegas e depredar caminhões de coleta. Já à noite, admitiu que poderia estar havendo uma greve branca em alguns setores da empresa.
— Temos um manual de crise que funciona normalmente em períodos de forte chuva, por exemplo. Mas não podemos ter plano de contingência para abordagem de bandidos — dise Roriz.
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