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3.16.2014

Mulheres fazem caminhada no Rio por direitos de gênero e contra a violência

Segundo dados do Dossiê Mulher do Instituto de Segurança Pública (ISP), divulgado em maio do ano passado, a maior parte dos crimes contra a mulher ocorre no espaço doméstico e no ambiente familiar

Agência Brasil
Rio - Mulheres de vários municípios do Rio de Janeiro fizeram na manhã deste domingo uma caminhada pela orla de Copacabana, na Zona Sul, por direitos de gênero e contra a violência. O evento contou com o apoio de órgãos como a Subsecretaria Estadual de Políticas para as Mulheres e a Defensoria Pública do Estado, além de organizações não governamentais.
Terezinha Ruade, presidenta do Movimento Articulado de Mulheres de Saquarema (Mamas), veio ao Rio com uma caravana de mulheres de seu município, localizado a 100 quilômetros da capital. “Na nossa cidade, a gente tem lutado contra estupros e violência doméstica. Buscamos a paz e a tranquilidade para que nossas famílias possam ter uma qualidade de vida melhor”, disse.

A passeata denunciou a violência contra as mulheres
Foto:  Tomaz Silva /Agência Brasil

Para a subsecretária de Políticas para as Mulheres, Marta Dantas, ainda há muitos desafios para a garantia dos direitos da população feminina no estado. “Primeiramente, temos que saber quem são as mulheres [que sofrem a violência]. Muitas vezes, quando elas são violentadas, elas não sabem se procuram a delegacia, um advogado, um núcleo de atendimento ou uma secretaria de assistência social. Vamos buscar trabalhar com uma rede de ONGs [organizações não governamentais] que sabem realmente o que acontece em seus bairros”, disse.
Segundo dados do Dossiê Mulher do Instituto de Segurança Pública (ISP), divulgado em maio do ano passado, a maior parte dos crimes contra a mulher ocorre no espaço doméstico e no ambiente familiar. As mulheres são as maiores vítimas de calúnia, injúria e difamação (72,4%), ameaça (66,7%) e agressão (65,3%). De acordo com os dados, foram registrados quase 6 mil casos de estupro no ano passado.

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