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3.09.2014

'Não cederemos nem um centímetro', diz premiê da Ucrânia sobre a Crimeia



Arseni Yatseniuk fez declaração em Kiev neste domingo (9).
Península da Crimeia anunciou desejo de se integrar à Rússia.

  France Presse


A Ucrânia não irá ceder “'nem um centímetro de sua terra” à Rússia, que ocupa há uma semana a península ucraniana da Crimeia, disse neste domingo (9) o primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk.
“Esta é nossa terra. Não cederemos nem um centímetro. Que a Rússia e seu presidente saibam disso”, afirmou Yatseniuk ao discursar em uma comemoração em Kiev do 200º aniversário do nascimento do poeta e herói nacional ucraniano Taras Sevchenko.
O chefe do governo interino ucraniano reconheceu que a Ucrânia está "perante o maior desafio para o país e para o povo em toda a história da independência" e se perguntou se serão "capazes de superar este desafio".
"Nossa resposta só pode ser uma: sim, venceremos", porque, acrescentou, "conosco está a verdade, está Deus, está a Ucrânia e está nosso grande Taras".
arte crimeia 05.04 (Foto: Arte/G1)
Yatseniuk também afirmou que irá aos Estados Unidos esta semana para discutir o impasse com a Rússia. “Vou aos EUA para realizar reuniões de alto nível sobre como resolver a situação se desdobrando em nossas relações bilaterais e multilaterais”, afirmou o premiê mais tarde, no início de uma reunião governamental em Kiev.
Ele não deu detalhes nem divulgou a dada da viagem.
Os níveis de tensão cresceram muito na região nos últimos dois dias, desde quando a liderança regional declarou que agora faz parte da Rússia e anunciou um referendo em 16 de março para confirmar a mudança.
O presidente russo, Vladimir Putin, declarou há uma semana que a Rússia tem o direito de invadir a Ucrânia para proteger cidadãos russos, e seu Parlamento aprovou uma mudança na lei para que fique mais fácil anexar territórios.
Até agora, a tomada russa da península localizada no Mar Negro não teve violência, mas as forças da Rússia têm ficado cada vez mais agressivas contra as tropas ucranianas, cercadas em bases e sem oferecer resistência.
Disputa
A Crimeia se tornou o foco da atenção da diplomacia internacional nas últimas semanas com uma escalada militar russa e ucraniana na região. As tensões separatistas da região, de maioria russa, se tornaram mais acirradas com a deposição do presidente ucraniano Viktor Yanukovich – o que levou a Rússia a aprovar o envio de tropas para “normalizar” a situação.

A Ucrânia convocou todas suas reservas militares para reagir a um possível ataque russo e afirmou que se trata de uma "declaração de guerra". Segundo o país, mais de 30 mil soldados russos já foram enviados à região. Os Estados Unidos estimam o efetivo russo na região em 20 mil militares.
Os Estados Unidos e outros países ocidentais exigem que a Rússia recuasse suas tropas na Crimeia. Os EUA também ameaçaram a Rússia com sanções, suspenderam as transações comerciais com o país e cancelaram um acordo de cooperação militar com Moscou.

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