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3.11.2014

“Para mim, a vida é luta”,


Clara Charf
Clara Charf
Do alto dos seus 88 anos, a maior parte deles dedicada à luta pela justiça social e pela igualdade de oportunidades entre mulheres e homens, Clara Charf coloca os pingos nos is em um perfil sobre sua trajetória publicado no suplemento Aliás, do Estadão, neste domingo.
Nós publicamos o seu perfil aqui, ainda como homenagem ao Dia Internacional da Mulher (no fim de semana) e como arte da série de registros que fazemos diariamente, da passagem este mês dos 50 anos do golpe que implantou a ditadura militar no Brasil.
Neste perfil, Clara fala da luta das mulheres no país, conta passagens de sua vida, algumas ao lado do seu companheiro Carlos Marighella e, como sempre, dá seu exemplo de vida na batalha incansável por mais igualdade neste país.
“Se você vive em uma sociedade em que as pessoas não têm o que comer, você precisa batalhar para que as pessoas tenham o que comer. Se as pessoas não têm condições de estudar e viver, precisa batalhar para que as pessoas tenham um livro para ler e um lugar para morar. Isso é o que está em jogo”, sintetiza.
Clara também fala sobre a imprensa: “Vocês jornalistas…uma coisa é a profissão, o dever de trabalhar com a verdade, isto é, de publicar histórias que podem ser úteis para a sociedade. Outra é querer transformar a vida em uma história do outro mundo. Não é assim. Somos todos iguais. Mas, por força das circunstâncias, cada um escolhe seu caminho”.
Ela classifica Qualifica o julgamento da AP 470 como “uma história sórdida. Esse juiz foi…Não era por aí. Isso (o julgamento) faz parte da luta ideológica”. Também comenta os 50 anos do golpe militar – “não sei se 50 anos bastam para acertar o passado” – com uma justa cobrança: “Os torturadores serão presos? O que vai acontecer com os militares? Vão prestar contas à sociedade?”
“O que aprendi nesses anos todos: é preciso participar para conquistar espaço. Se eu tivesse ficado em casa, estaria até agora de braços cruzados, talvez fazendo tricô e casada com outro cara. Mas não consigo ver a vida da mulher isolada, partida da política. Hoje é relativamente mais ‘fácil’ ser mulher no Brasil, mas há muitos espaços a ganhar. A vida é construir, conquistar, pulsar. Para mim, a vida é luta”, conclui.
Cliquem aqui e leiam a íntegra da matéria no Estadão.
(Foto: Laura Cantal)

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