Alerta sobre risco de surto de doenças na Copa do Mundo

Vírus de sarampo e rubéola podem voltar ao Brasil, trazidos por estrangeiros. Opas recomenda que taxistas, lojistas e funcionários de hotéis tomem vacinas

O Dia

Rio - A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) divulgou ontem alerta sobre o risco de disseminação no Brasil, durante a Copa do Mundo, dos vírus de sarampo e rubéola, doenças consideradas controladas no país. A principal recomendação do órgão é que pessoas que lidam com turistas se previnam, tomando vacinas. Profissionais da rede hoteleira e do comércio, além de taxistas, precisam ter atenção especial, pois estão sujeitos a contato com estrangeiros portadores dos vírus.
“Nos últimos dias, algumas cidades da Espanha tiveram surto de sarampo, por exemplo, e é algo comum ainda em países como Alemanha, França e Japão”, destacou a presidente da Regional Rio de Janeiro da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim-RJ), Isabela Ballalai.
A vacina tríplice viral, que também protege contra caxumba, pode ser encontrada na rede pública de saúde para pessoas de até 49 anos. O imunizante também está disponível, para todas as idades, em clínicas particulares. É preciso um prazo de pelo menos 15 dias para que a vacina faça efeito no organismo, garantindo a proteção.
“O Brasil vai receber cerca de 600 mil turistas estrangeiros, e precisamos conscientizar patrões e comerciantes da necessidade de imunizar seus funcionários contra os vírus que vão circular na cidade”, diz Cristina Lemos, superintendente de Vigilância em Saúde da Prefeitura do Rio. Ela lembra que a Secretaria Municipal de Saúde vem fazendo campanhas de conscientização em redes de hotéis e junto a taxistas.
Já a Sbim lançou ontem o ‘Guia de Saúde - Viagens e Grandes Eventos’. Na cartilha, a entidade avisa a brasileiros com planos de fazer viagens domésticas que tomem cuidado, pois há regiões com surtos de sarampo, como algumas cidades do Nordeste. “A região também apresenta risco para hepatite A, contraída, na maioria das vezes, pela ingestão de crustáceos mal higienizados. Já no Norte, a febre amarela é endêmica”, alertou Ballalai. Para todas estas doenças, também há vacinas.