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4.29.2014

Como colocar limites em suas relações

 Impor limites com delicadeza demonstra autoconfiança e respeito pelo outro...

Tentar se impor pela força não necessariamente significa usar a violência física. A forma de falar, usando um tom de voz mais alto e um olhar de desdém ou superioridade, também representa uma agressão. Quem age dessa maneira desrespeita o outro e só leva em conta o pensamento individual. E, sem trocas, todo relacionamento perde.
"Precisamos das outras pessoas e um modelo autoritário demais mina qualquer relação" diz a psicóloga Ariane Teixeira Toubia, especializada em terapia cognitivo comportamental e saúde mental pelo Instituto de Psiquiatria da USP (Universidade de São Paulo). 

Endurecer sem perder a ternura

Palavras delicadas e firmes denotam mais força do que gritos e atitudes carregadas de agressividade, conforme afirma Terezinha. "Por vezes, a gritaria é sinal de fraqueza. É como se a pessoa fizesse muito barulho para não deixar as suas inseguranças tão visíveis", declara.
Por outro lado, ao argumentar e refletir sobre um conflito, adquire-se o controle interno, necessário para administrar as emoções e passar segurança. "Nessa situação, conseguimos dar o recado olhando nos olhos do outro, mantendo o tom de voz neutro, a postura aberta e a linguagem objetiva, ou seja, deixando claro o que queremos dizer, sem rodeios", explica Ariane.
"Às vezes, as pessoas querem que o outro adivinhe o que elas têm em mente. Se isso não acontece, estouram, porque acreditam que já era para o outro ter entendido o que elas nem sequer chegaram a sugerir por meio de suas ações", diz a psicóloga. 

É preciso treino

Impor-se com delicadeza é uma habilidade que se adquire no decorrer da vida. "Trata-se de uma habilidade que tem tudo a ver com o controle emocional. Uma pessoa que perde a compostura numa discussão está sem o domínio das suas emoções. Quando você treina, é possível adquirir esse comando", diz a psicopedagoga Elisabete da Silva Duarte, coordenadora pedagógica do Colégio Nossa Senhora do Morumbi, em São Paulo. 
Vale até mesmo treinar em frente ao espelho, imaginando situações difíceis. Outra ideia é escrever o que gostaria de dizer em um momento de conflito. "Muitas vezes, a pessoa tem a intenção de se impor de maneira suave, mas a ansiedade prejudica. O treino vai ajudar a criar confiança para se posicionar adequadamente em uma situação futura", afirma Ariane.
Também é interessante conversar com pessoas de confiança sobre o assunto. "Sozinho você faz autocríticas e proposições. Mas, com outra pessoa, pode compartilhar e ter referências de outros modelos de reação. Dividir torna tudo mais fácil", diz Terezinha. 
Diante de uma circunstância de conflito, quando os nervos ficam à flor da pele, as especialistas são unânimes na orientação: parar, respirar e deixar para resolver o problema mais tarde, quando já tiver refletido sobre a melhor maneira de se expressar. Com o impulso controlado, você freia o ritmo interno, oferece espaço para a razão sobrepor as emoções e, então, percebe que reagir com assertividade é muito mais eficiente do que estabelecer limites a qualquer custo.

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