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4.02.2014

Dilma se emociona no Rio ao falar do Samba do Avião

No aeroporto Tom Jobim a presidente lembrou da volta de exilados políticos ao país.
Para ela, Samba do Avião é síntese de saudade do Brasil.

Alba Valéria Mendonça e Juliana Fernandes Do G1, no Rio e em Brasília
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A presidente Dilma Rousseff se emocionou nesta quarta-feira (2) no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, ao citar o "Samba do Avião", de Tom Jobim. Dilma participou de assinatura da concessão do aeroporto. Ao falar da música de Jobim, que retrata a chegada ao Rio de avião, a presidente lembrou dos exilados políticos da ditadura.
"O Samba do Avião descreve a chegada ao Brasil, em especial ao Galeão, dos brasileiros que voltavam ao Brasil, após a anistia [...] É uma síntese perfeita do que é a saudade do Brasil, a lembrança do Brasil, e melhor de tudo, voltar ao Brasil chegando ao Galeão", disse a presidenta.
Nesse momento, os olhos de Dilma marejaram, sua voz ficou embargada e ela teve de interromper o discurso para tomar água. "Desculpem a emoção, mas de fato eu tenho certeza, em uma homenagem aos exilados, que as almas cantaram".
Dilma Rousseff foi presa politica  durante a ditadura e lutou no combate ao regime. Na época, a presidenta foi presa e torturada pelos militares.
Ela recitou três trechos da música. O primeiro foi: "Minha alma canta / Vejo o Rio de Janeiro /Estou morrendo de saudades". O segundo foi: "Rio de sol, de céu, de mar / Dentro de mais um minuto estaremos no Galeão". E o terceiro foi: "Aperte o cinto, vamos chegar/ Água brilhando, olha a pista chegando E vamos nós / Pousar".
Concessão
O consórcio Aeroporto do Futuro, formado pelas empresas Odebrecht e Changi, assumirão a administração por 25 anos por concessão, prorrogáveis por até mais cinco. O leilão foi feito em novembro de 2013, e o grupo o arrematou em um lance de R$ 19 bilhões.

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