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4.08.2014

Eles conseguiram: Dilma cai, mas os outros não sobem

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Datafolha e o voto espontâneo em Dilma


Um leitor me chamou a atenção e fui buscar os resultados da pesquisa espontânea do Datafolha.

E o resultado, embora não tenha contradições com o da pesquisa estimulada, apresenta um quadro de significativa consolidação dos votos em Dilma Rousseff.

A menção espontânea de voto em Dilma fica em 20%, dentro da margem de erro em relação às pesquisas de novembro e de fevereiro, onde marcou 22%.

O segundo lugar tem um tríplice empate, entre Lula, Aécio e Marina Silva, com 3%, ficando Eduardo Campos logo a seguir, com 2%.

Nenhum deles se move, também, ou o faz dentro da margem de erro estatística.

Olhando o gráfico a nítida impressão que se tem – sempre com as necessárias reservas diante destas pesquisas – é a de que que os eleitores que declaravam voto em Dilma estão à espera de algo para se definirem.

Talvez que a Presidenta volte a exibir a autoridade que sempre teve e dando menos bola a essa cantilena de que o “excessivo intervencionismo estatal” é a fonte dos problemas de seu governo.

Pode ser, até, que aqui e ali seja necessário deixar as forças de mercado se ajustarem.

Mas esta não é a regra – porque só se ajustam com mais ganhos – nem é esse o desejo da população, que está pagando com o bolso os efeitos de um clima de pessimismo econômico irreal.

O número de eleitores ainda não decididos é alto para o que seria de esperar a essa altura: 52%

E não estão olhando para Aécio ou Eduardo Campos.

Estão olhando para Dilma.
 Por Fernando Brito, no blog Tijolaço




Por Ricardo Kotscho - blog Balaio do Kotscho:
Deixando a modestia um pouco de lado, os novos números divulgados na tarde deste sabado pelo Datafolha sobre a corrida presidencial confirmam as previsões feitas esta semana aqui mesmo e no Jornal da Record News: Dilma caiu (de 44 para 38%), mas seus adversários não subiram e, se as eleições fossem hoje, a presidente seria reeleita no primeiro turno.

Os seis pontos perdidos por Dilma são atribuidos pelo instituto ao "pessimismo econômico", resultado de uma blitzkrieg, esta guerra de extermínio desfechada pela oposição e a mídia aliada nas últimas semanas, colocando o país e a Petrobras à beira de um colapso econômico e administrativo, a tal da crise do fim do mundo anunciada pelos seus principais adversários.
Eles conseguiram atingir um dos seus objetivos, que era o de abalar o franco favoritismo de Dilma, até agora dando um passeio nas pesquisas, mas não foram capazes de transferir os votos perdidos por ela para os oposicionistas Aécio Neves, do PSDB, e Eduardo Campos, do PSB. Com ampla exposição dos dois na mídia nos últimos dias, o senador mineiro continua com os mesmos 16% da pesquisa anterior e o ex-governador de Pernambuco subiu apenas um ponto, indo de 9 para 10%.
A própria pesquisa acabou induzindo este resultado, ao colocar no questionário várias questões relacionadas a fatos negativos na área econômica antes de perguntar em quem o eleitor pretende votar. Como escrevi aqui, voce pode fazer campanha detonando o adversário ou conquistando votos com suas propostas para fazer um país melhor _ desta segunda parte, os candidatos da oposição até agora não foram capazes.
Mais do que a perda destes seis pontos, que já era esperada, há outros motivos para os estrategistas do Palácio do Planalto acenderem o farol amarelo: para 65% dos eleitores, a inflação vai subir e 63% estão frustrados com a presidente, achando que ela fez menos do que esperavam (um ano atrás eram 34%).
O resultado mais curioso da pesquisa, mostrando que 72% dos entrevistados querem mudanças no governo, revela que o mais indicado para fazê-las é o principal cabo eleitoral de Dilma, o ex-presidente Lula, com 32% (se fosse candidato, ele teria 52% das intenções de voto). Em segundo lugar, com 17%, vem Marina Silva, que também não é candidata e deve ser vice de Eduardo Campos. A própria Dilma é a preferida de 16% para fazer estas mudanças e seus adversários não conseguem conquistar os descontentes: Aécio tem 13% e Eduardo vem com 7%.
Bem abaixo dos índices de José Serra, quando faltavam, como agora, seis meses para as eleições, em 2010, Aécio mantem a liderança tucana nos mesmos nichos do eleitorado: os mais ricos e os que têm nível de ensino superior.
Como o Ibope já havia mostrado na semana passada, o Datafolha dá claros sinais de que a presidente Dilma saiu da sua zona de conforto e não pode só continuar jogando na defesa. Por mais fracos que sejam os adversários, Dilma está perdendo terreno para ela mesma, sem que o seu governo reaja, tanto no plano político como no econômico.


Comentário de  Diogo Costa sobre inflação:

MUNDO REAL VERSUS FICÇÃO CIENTÍFICA OPOSICIONISTA - A grande batalha do Brasil atual é mostrar ao povo brasileiro a realidade concreta e objetiva dos fatos, em contraposição ao mundo fictício e imaginário (absolutamente falso) que a oposição fracassada e que certos setores da "esquerda" tentam construir durante 24 horas por dia.
É preciso escrever mais sobre isso, mas vejamos o caso da inflação.
A oposição tucana neoliberal conseguiu manter a inflação numa média de 9,1% ao ano entre 1995 e 2002. Nos governos do PT, entre 2003 e 2013, a média da inflação ficou em 5,9% ao ano. Como é possível que continuemos a aceitar que um tucano ou que a mídia venal venha nos dar lições sobre o tema da inflação?
Enfim, este é apenas um tema, existem centenas de outros temas sobre os quais deveríamos escrever mais para mostrar ao povo brasileiro a verdade dos fatos. A disputa entre os dados da realidade concreta versus o mundo fictício inventado pela oposição, esta é a grande batalha de 2014.
É por aí que devemos começar a construir a grande vitória de outubro.

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