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4.12.2014

MULHERES ENGRAVIDAM CADA VEZ MAIS TARDE

Seja pela correria da vida profissional ou por outros objetivos, a realidade é que a maioria das mulheres adia a maternidade.

Um levantamento inédito, elaborado pela Orizon, constata que uma em cada quatro grávidas está acima dos 35 anos. O estudo foi feito com 38.524 gestantes, que tiveram filhos ao longo do ano passado e revelou que 23,5% das gestantes estão acima dos 35 anos, 32% entre 30 e 34 anos, 41,5% entre 20 e 29 anos e apenas 3% abaixo dos 19 anos.
Segundo o trabalho, as cesarianas (89%) são muito mais frequentes do que os partos normais (11%), mas a incidência do parto natural é mais prevalente na faixa etária entre 20 e 29 anos com 44% do total, entre 30 e 34 anos é de 31% e acima dos 35 anos de 22%. Já no caso das cesarianas, as porcentagens ficam um pouco mais próximas: 39%, entre 20 e 29 anos, 33% entre 30 e 34 anos e 25% acima dos 35 anos.
Segundo outro estudo do Hospital das Clínicas de São Paulo, na década de 70, apenas 5,5% das gestantes estavam acima dos 35 anos. Para médicos ginecologistas e obstetras, o ideal, do ponto de vista anatômico e funcional e da fisiologia do aparelho reprodutor feminino, é uma gravidez entre os 20 e 29 anos.
A partir dos 35 anos já representa uma gestação de alto risco, com maior possibilidade de ter um filho com Síndrome de Down, maior incidência de hipertensão e diabetes, além de outras doenças pré-existentes.
"O estudo constata uma mudança de comportamento da mulher nos últimos 40 anos que, ao conquistar espaço no mercado de trabalho, passou a adiar a gravidez. Para gerentes de RH, administradores de carteiras de saúde, é um dado essencial para o planejamento, ações de prevenção e orientações de cuidados que a mulher deve ter ao optar pela gravidez mais tardia", completa o superintendente de Negócios Corporate da Orizon, Leopoldo Veras da Rocha.

Brasileiras engravidam menos e cada vez mais tarde, diz IBGE


Taxa de fecundidade no país caiu quase 22% em um década. Maior acesso da mulher ao mercado de trabalho é uma das explicações
  As brasileiras estão tendo menos filhos e engravidando cada vez mais tarde, segundo os novos dados do Censo 2010 divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Esta­­tística (IBGE). A taxa de fecundidade no país caiu 21,9% na última década. Em 2000, a média de filhos por mulher era de 2,38. No ano passado, baixou para 1,86. A idade da primeira gestação também teve alteração. Há dez anos, metade das gestantes engravidava antes dos 24 anos e, em 2010, esse porcentual caiu para 45%.
O número de mulheres que tiveram o primeiro filho após os 30 anos passou de 27,5% para 31,3%, um aumento de 14%.

Emigrantes
491 mil brasileiros moram no exterior
O Censo 2010 revela que existem 491 mil brasileiros morando em 193 países ao redor do mundo. Esta é a primeira vez que o IBGE realiza esse tipo de levantamento, que aponta os Estados Unidos como principal destino dos emigrados. Os dados demonstram que há 45,8 mil paranaenses vivendo no exterior.
Em primeiro lugar como principal destino dos paranaenses também está os EUA, com 7,6 mil emigrantes. O segundo lugar fica com o Japão (7.019) e em terceiro aparece Portugal (6.331). Espanha, Reino Unido, Itália e Paraguai aparecem em seguida. Segundo o chefe do IBGE no Paraná, Sinval Dias dos Santos, as principais razões para a migração são a busca por melhores oportunidades de trabalho e estudo. As Regiões Noroeste e Norte são as que mais “exportam” moradores para o exterior. O órgão não perguntou se os migrantes eram legais ou ilegais.
A emigração foi um dos fatores que incentivou a redução do ritmo de crescimento populacional do estado. A média de crescimento do Brasil ficou em 1,17 ao ano enquanto o Paraná teve 0,89. Além de perder moradores para outros países, o Paraná também perde população para Santa Catarina, em função do crescimento industrial do interior catarinense.
Triplica o total de casas com computador
Folhapress
O número de residências com com­­putadores no Brasil triplicou em dez anos, aponta o IBGE. Se­­gun­­do o instituto, o porcentual de domicílios brasileiros com computador saltou de 10,6%, em 2000, para 38,3% em 2010. Ao todo, quase 22 milhões de domicílios ti­­nham computador em 2010, sendo 80% deles com acesso à internet. O IBGE afirma que o computador foi o bem durável que teve o maior crescimento de presença nos domicílios.
O Distrito Federal é a unidade da federação com o maior número de domicílios com computador: 63% do total. Em segundo lugar vem São Paulo (53%), seguido por San­­ta Ca­­tarina (50%) e Rio de Ja­­nei­­ro (49%). Maranhão (13%) e Piauí (15%) são os estados com menos computadores nas residências. En­­tre todos os bens duráveis, apenas a presença do rádio caiu, de 87,9%, em 2000, para 81,4%, em 2010.
O IBGE também aponta que, em 2010, 47,1% das residências tinham apenas telefone celular. O número de domicílios apenas com telefone fixo é muito menor: 4,7%. Segundo o levantamento, 36,1% dos domicílios tinham, em 2010, tanto telefone fixo quanto celular. O questionário do IBGE foi aplicado em 11% do total de domicílios do país (6.192.332, em números absolutos).
Morte de homens jovens no Paraná é alarmante
O Paraná aparece entre os estados brasileiros com proporção mais alarmante de mortes de rapazes de 20 a 24 anos em relação ao óbito de mulheres da mesma idade. A média nacional nesta faixa etária é de 421 mortes de homens para cada 100 mortes de mulheres – no Paraná chega a 481 casos. O estado fica a frente apenas de Alagoas, Paraíba e Sergipe.
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As regiões Norte e Nordeste foram as que mais tiveram redução da fecundidade, com quedas de 23,5% e 25,2%, respectivamente. Apesar disso, o Sudeste ainda é a região que tem a menor taxa, com média de 1,66 filho por mulher, enquanto no Norte a média é de 2,42 – a maior do país. No ranking dos estados, o “campeão” é o Acre, com 2,77, e o Rio de Janeiro aparece em último lugar, com 1,62. No Paraná, a média é de 1,88 – uma queda de 19% nos últimos dez anos.
Outra mudança nos arranjos familiares apontada pelo IBGE é o aumento de uniões consensuais. Enquanto o número de casamentos religiosos e civis teve uma redução de 13%, o número de casais “informais” aumentou quase 30%. Passou de 28,6% em 2000 para 36,4% em 2010.
Planejamento
A principal explicação para a diminuição do número de filhos entre as mulheres brasileiras é a ampliação do planejamento familiar. Professor de Geografia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Tony Moreira Sampaio explica que a tendência de queda vem sendo observada nas últimas décadas e ocorre também em outros países em desenvolvimento.
Com mais acesso à educação e progressiva participação no mercado de trabalho, as brasileiras estão planejando o tempo certo para a gravidez e o número de filhos. Apesar de haver propensão à queda em todas as classes sociais, ainda há diferenças entre mulheres pobres e ricas. Sampaio argumenta que o controle populacional ocorreu de forma gradual no país, mas não teve a influência direta do Estado, como na China, por exemplo, onde o governo impôs taxas para pais que têm mais de um filho.
Segundo o professor de Economia da Universidade de Brasília (UnB), Carlos Alberto Ramos afirma que o Brasil vai precisar se preparar para estas mudanças populacionais. “Neste momento o país vive o ‘bônus’ porque há crescimento da população economicamente ativa e haverá menos demanda em setores como educação”, explica. “Mas no futuro existirão outros desafios, como maiores investimentos em saúde e previdência.” Ramos lembra que já há países na Europa com dificuldades de “repor” a população em função das baixas taxas de fecundidade.
O aumento de renda e escolaridade também tem impacto direto no número de filhos, fator também relacionado ao mercado de trabalho e a questões culturais. “Se antes o projeto de vida das mulheres era casar e ter filhos, hoje há novas configurações”, diz a socióloga e professora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Samira Kauchakje. Ela afirma que há uma mudança em vigor desde os anos 50 em todo o mundo, que repercute inclusive na forma de união com o parceiro.
Desigualdade social cai, mas ainda é alta
Mesmo com a retirada de 28 milhões de pessoas da pobreza na última década, o Brasil ainda é um dos campeões do mundo em desigualdade. Os mais ricos do país têm renda 39 vezes maior que os mais pobres. Em nações desenvolvidas essa diferença fica abaixo de dez.
O índice de Gini – medida usada para quantificar a desigualdade de renda – no Brasil é de 0,53, o que coloca o país entre os dez mais “desproporcionais”. Na Noruega, o índice é de apenas 0,25 e não existem grandes discrepâncias de ganhos entre ricos e “pobres”. Os 10% dos brasileiros mais ricos concentram 44% de todo o rendimento do país, en­­quanto os 10% mais pobres ficam com apenas 1,1%. As diferenças de renda ocorrem também entre grupos populacionais. Homens ganham em média R$ 1.457 por mês e mulheres R$ 1.021. Os brancos têm rendimento médio de R$ 1.400 e pardos de R$ 853.
Presidente do Instituto Bra­­sileiro de Executivos de Finanças no Paraná (Ibef-PR), Luiz Antonio Giacomassi Cavet explica que a diminuição da desigualdade não está apenas relacionada ao aumento da renda e oportunidades de trabalho. “Há diferenças significativas no acesso à saúde e à educação. Igualar a renda significa também igualar a qualidade de vida”, diz.
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