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4.15.2014

TECNOLOGIA NA SAÚDE

A evolução tecnológica sempre busca melhorar a vida dos seres humanos, seja com um computador mais inteligente ou novas funções no automóvel. Já quando o assunto é medicina, sempre pensamos em novos medicamentos ou estudos científicos. No entanto, este é um tema que pode ir mais longe. Atualmente existem tecnologias que estão revolucionando a medicina e podem se tornar bastante comuns em um futuro bem próximo. São desde exames feitos remotamente com toda eficiência de um laboratório até aparelhos que monitoram uma gravidez de alto risco mesmo longe do hospital.
Soluções de TI e mobilidade na saúde
Outra tendência para o setor de saúde é o gerenciamento de todos os processos hospitalares de forma integrada, desde a admissão do paciente até sua saída. A ideia é que os dados dos pacientes como resultados de exames, medicamentos receitados e qualquer outra informação relevante sejam armazenados em um banco de dados e acessível, inclusive, pelos próprios doentes. Uma solução desenvolvida pela T-Systems na Áustria e implementada em 270 clínicas na Europa possibilitam que médicos e pacientes vejam seu prontuário atualizado em iPhones, iPads e iPods.
De acordo com Luiz Carlos Hirayama, responsável pelo desenvolvimento de negócios da T-Systems, as pessoas pagariam uma mensalidade para ter seus dados armazenados, enquanto os hospitais teriam uma infinidade de recursos como teleconferências e a possibilidade de acessar os dados dos pacientes em tempo real como sinais vitais e do coração. Além disso, a solução funcionaria em conjunto com as etiquetas de RFID, que registrariam eletronicamente os medicamentos destinados a cada paciente.
"Imagine que uma pessoa está internada tomando penicilina e uma enfermeira chega no quarto do paciente com uma ampola de bezetacil. Automaticamente um alarme soaria, avisando que aquele remédio não corresponde ao prontuário daquele paciente. Estas soluções evitariam até erro humano", comenta Hirayama.
Da mesma forma como acontece na Telemedicina, a solução permitiria que o paciente controlasse seus níveis de glicose no sangue, fazendo a coleta do material com um aparelho plugado ao iPhone. Em cinco segundos, o smartphone exibe os dados e a respectiva avaliação, além de enviar ao médico, se necessário. Há ainda um aparelho que monitora a pressão arterial e os batimentos cardíacos através do iPhone, e um termômetro infravermelho, que registra a temperatura sem que haja necessidade do médico estar presente.
Para gravidez de alto risco, o executivo comenta que já existe na Europa uma cinta inteligente que controla todos os sinais vitais do bebê e da mãe em tempo real. Dessa forma, a paciente não precisa ficar em repouso no hospital durante toda a gestação. "Isso significa redução no tempo de permanência no hospital e maior controle sobre os pacientes", conclui. Segundo o executivo, alguns hospitais particulares de primeira linha no estado de São Paulo já estão em negociação com a companhia para a implementação deste sistema.
Fonte: Olhar digital

Especialistas explicam novas maneiras de tratar a depressão, por exemplo.

Do G1, em São Paulo

O ginecologista José Bento e o oncologista Paulo Hoff explicam as novidades e avanços na medicina. Segundo os médicos, a tecnologia é um dos principais ferramentas para este avanço.
Em São Paulo, por exemplo, o Hospital do Câncer vem testando uma nova tecnologia para operar pacientes com tumores na próstata. O cirurgião manipula um robô, que treme menos as mãos, e faz cortes menores em uma cirurgia muito menos invasiva e sem dor. Além disso, a recuperação do paciente é muito mais rápida.
Outro problema que também teve uma melhora com o avanço da tecnologia foi a incontinência urinária, como mostrou o ginecologista José Bento. No caso das mulheres, por exemplo, há um novo tratamento oferecido em clínicas particulares, em que o médico insere um laser dentro da vagina para aumentar a quantidade de colágeno e fortalecer sua musculatura. Dessa maneira, a perda de xixi pode ser muito menor, segundo o médico.

O Papel da Tecnologia
A medicina moderna e a tecnologia parecem inseparáveis. A descoberta dos raios X pelo físico alemão Wilhelm Conrad Roentgen (1845-1923) em 1895 possibilitou a observação dos órgãos internos do corpo. Isso facilitou o diagnóstico de fraturas ósseas, câncer, e outras doenças. Pouco tempo depois, Willem Einthoven (1860-1927), fisiologista holandês, inventou o primeiro eletrocardiógrafo. O aparelho registra a atividade elétrica dos músculos do coração, possibilitando o monitoramento de problemas cardíacos. Em meados do século, cateteres—tubos ocos e finos que podem ser usados para drenar fluidos ou administrar medicamentos—foram inseridos no coração e no fígado. Muitos dos avanços ocorreram na área de investigação por imagem, permitindo aos médicos ver os órgãos sem abrir o corpo. As tecnologias incluem imagens por ultra-som, tomografia computadorizada, tomografia por emissão de pósitrons (PET) e ressonância magnética. O diagnóstico, embora ainda seja uma arte, tornou-se também uma ciência.


Tomografias
As imagens mostram diferentes tomografias da cabeça e do pescoço humanos. As tomografias e outras tecnologias de investigação por imagem levaram a enormes avanços no diagnóstico de doenças sem cirurgias desnecessárias.
A ressonância magnética por imagem
Imagem gentilmente cedida por Linda Hubbard Gulker. (em inglês)
A ressonância magnética por imagem (RMI) é outra ferramenta que facilitou o diagnóstico de doenças pelos médicos.

Diálise
Imagem gentilmente cedida por Ben Franklin Technology Partners (em inglês)
A diálise remove toxinas do sangue em pacientes com doença renal.
Os raios X, evidentemente, são uma forma de radiação, que é nociva ao organismo. Os radiologistas aprenderam a usar as doses mais baixas possíveis na investigação por imagens. Eles também aprenderam a usar raios X direcionados e outras formas de radiação para destruir células indesejadas. Conseqüentemente, a radiação se tornou um tratamento padrão para o câncer.
Talvez nenhuma outra área tenha sido tão afetada pela tecnologia como a cirurgia. As várias tecnologias de varredura levaram os cirurgiões às partes mais profundas do corpo, permitindo cirurgias invasivas radicais. Por outro lado, endoscópios flexíveis, baseados em tecnologia de fibra óptica, surgiram na década de 70. Eles permitiram aquilo que chamamos de cirurgia laparoscópica, na qual o endoscópio, equipado com um laser que corta como um bisturi, é inserido através de uma minúscula incisão. Esse tipo de cirurgia tornou-se comum para hérnias, vesículas biliares e rins, e joelhos.
Em meados do século XX foi desenvolvida a máquina coração-pulmão. Ela fornece um meio artificial de se manter a circulação sanguínea, mantendo o paciente vivo enquanto o cirurgião opera o coração parado. Essa técnica, chamada de circulação extracorpórea, tornou as cirurgias cardíacas praticamente rotineiras, incluindo a substituição de válvulas cardíacas e a revascularização do miocárdio.


controle da anestesia durante a cirurgia.
Foto gentilmente cedida por G. M. Woerlee, “As Maravilhas da Anestesia Geral. (em inglês)
A anestesia é uma parte importante da cirurgia. A sala de cirurgia moderna conta com uma grande variedade de equipamentos para a administração, monitoramento e controle da anestesia durante a cirurgia.
próteses de membros
Imagem gentilmente cedida por Dayna Smith/Washington Post (em inglês).
A tecnologia permitiu grandes avanços na área de próteses de membros. Partes do braço biônico podem ser controladas pelos pensamentos do usuário, permitindo movimentos mais naturais.
Órgãos artificiais são outra grande invenção do século XX. Embora o transplante seja o ideal, não há órgãos suficientes para as pessoas que precisam deles. Os órgãos artificiais podem manter os pacientes vivos enquanto eles aguardam a cirurgia. O aparelho de diálise renal é um dos exemplos mais antigos disso. O primeiro rim artificial foi inventado em 1913. A hemodiálise, feita pela primeira vez pelo cientista holando-americano Willem Kolff  (1911-, atualmente prolonga a vida de vários pacientes com insuficiência renal. Corações artificiais também foram desenvolvidos. Diferentemente das máquinas de diálise incômodas, estas são na verdade implantadas no corpo. Durante um tempo houve a esperança de que elas pudessem ser implantes permanentes, resolvendo assim o problema da falta de corações verdadeiros para transplante. Contudo, poucos receptores viveram mais de meio ano. Outros corações artificiais foram desenvolvidos para atuar como pontes, a fim de manter os pacientes vivos até que um coração de verdade estivesse disponível.
Grandes esforços foram feitos para o desenvolvimento de próteses que pudessem substituir membros perdidos. Não muito tempo atrás, os membros artificiais eram feitos de metal e madeira; o exemplo mais antigo de que se tem relato é de cerca de 300 a.C. O plástico passou a ser usado em meados do século XX. Atualmente, materiais avançados, como fibra de carbono, plásticos e metais de alta tecnologia, permitem que os pesquisadores criem dispositivos operados por eletrodos conectados aos músculos. Os membros artificiais mais avançados são controlados por microchips.
Assim como em várias outras áreas, os computadores têm desempenhado um papel fundamental nos avanços da medicina moderna. Os computadores são um componente importante da tecnologia de varredura. Eles operam os aparelhos em salas de cirurgia e unidades de terapia intensiva. Registros médicos e prescrições de medicamentos podem agora ser transmitidos em formato eletrônico. E a ciência por trás das modernas práticas médicas baseia-se em pesquisas que se valem de computador. O mapeamento do genoma humano teria sido impossível sem os computadores para montar e analisar a vasta e complexa gama de dados.
Apesar de todos esses avanços, muitas doenças ainda não têm um tratamento adequado. Embora muitas doenças possam ser prevenidas, há outras que ainda devastam famílias e comunidades. E muitas pessoas não têm acesso a atendimento médico adequado para doenças que podem ser curadas ou prevenidas. O que o futuro nos reserva?

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