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5.22.2014

Oposição mira redes sociais para fazer campanha suja contra o PT e seus candidatos

TV Revolta, já denunciada nas redes sociais por conta da disseminação de imagens com notícias falsas. Como muito poucas pessoas vão atrás das fontes, essas mensagens se espalham e seu conteúdo vai sendo intensamente disseminado.

A denúncia do autor da página Dilma Bolada, Jeferson Monteiro, de que recebeu uma proposta indecente  por parte da campanha do PSDB para vender seu apoio político, abre uma questão de suma importância sobre as estratégias contra o PT que estão sendo adotadas nas redes sociais neste ano eleitoral.
De acordo com a denúncia dele, a oposição está tentando, via agências de publicidade,  comprar páginas de humor e entretenimento, capturá-las e, através delas passar desinformação e fazer ataques ao PT e a seus candidatos.
Nesta semana, Jeferson publicou em seu Facebook o texto “Dilma Bolada não está à venda!” (leiam  a íntegra) onde detalha a proposta recebida para aderir e participar da campanha tucana. O autor de Dilma Bolada conta que uma agência de publicidade que administra diversas páginas no Facebook estava interessada em convidá-lo para o “casting” deles e propuseram um plano de venda de apoio político da sua página no Facebook.
“Ou seja, diversas páginas que todos curtem, gostam e recebem conteúdo diários, iriam fazer campanha eleitoral para o candidato que fechasse um contrato milionário com eles e iria assim difamar os opositores”, denuncia Jefferson Monteiro.
“Quando eu pedi para que me fosse detalhado o plano, ele (o interlocutor) me adiantou que já havia tentado fazer acordo ou reunião com a Equipe do PSB (Eduardo Campos) e do PT (Dilma Rousseff) mas não obtivera sucesso. Contudo,  afirmou que o PSDB de Aécio Neves ficou muito interessado na transação e que havia chances de fecharem com eles”, afirma Jeferson que levou adiante a conversa, conforme acrescenta, para ver onde isso ia dar e acabou recebendo o contato do marketeiro Pedro Guadalupe. Em nota publicada no seu Facebook, Guadalupe nega ser do PSDB.
O xis da questão
Independente das versões, a existência de páginas de Facebook “administradas” por essas agências e que as estão oferecendo aos partidos de oposição ao governo – e principalmente contra o PT -  é um mercado e uma prática que ficou explícita com esse episódio. E, obviamente, essa agência é apenas uma no universo que a oposição aliciando contratando e trabalhando.
A grande massa de internautas – na faixa etária entre 16 e 25 anos – consome e reproduz informações de páginas com teor humorístico, e sobre celebridades e futilidades. É exatamente aí, sobre essas páginas, que essas agências centram o seu trabalho: tentam capturá-las para uso da oposição nos ataques ao PT e, assim,  rebaixar o debate político, fortalecendo o mantra da criminalização da política e dos políticos.
A eleição da desinformação
Em seu artigo “Boladagate é uma prévia do que serão as eleições esse ano“, Ana Freitas, do Youpix, afirma que “essas serão as eleições da desinformação, do desencontro de fatos e dos ataques escusos usando canais que parecem inofensivos, ou seja, aqueles que, embora você use para se informar, são sua principal fonte de entretenimento”
“Um candidato ou uma campanha mal-intencionada vão procurar borrar as barreiras entre essas duas coisas e usar a lógica viral do Facebook para espalhar entretenimento – uma imagem engraçada, um não-fato curioso, uma montagem divertida – disfarçado de notícia e com poder de manchar reputações e roubar votos”, complementa.
É importante estarmos todos alertas e desbaratar essa articulação, denunciando a estratégia publicamente através da TV, Rádio, impressos, redes sociais e pautando politicamente no congresso e no governo esta prática.

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