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5.04.2014

Previna a crise

Asma é mais grave que bronquite?


A primeira coisa que um bebê faz quando sai da barriga de sua mãe é...respirar. A primeira “puxada” inspirada de ar dos bebês é o primeiro sinal de vida fora do útero. Respiramos continuamente ao longo da vida toda até...o último “suspiro”.

Respirar é absolutamente vital. Prenda a sua respiração por alguns segundos e veja como dá uma estranha sensação de desconforto. Agora: imagine o transtorno e a angústia de pessoas que têm asma ou bronquite, que se caracterizam, ambas, pela dificuldade em respirar. O ar “falta”. Respirar passa a exigir um esforço de todos os músculos e isso cansa muito. Só que não dá para parar. Mais ou menos assim: imagine que você tem andar muitos quilômetros e ficou bem cansado. Seguiu andando. Está agora mais cansado ainda. Só que não dá para parar. Continuar andando é a única opção. Quem está em crise de asma ou de bronquite também só tem esta opção: continuar respirando.

Estudos indicam que aproximadamente 20 milhões de brasileiros, adultos e crianças, têm asma. Isso mesmo: 20 milhões. Importante saber: asma é diferente de bronquite. Saber diferenciar asma de bronquite  é fundamental para tratar corretamente uma e outra.

Veja como é fácil entender a diferença: asma é uma doença hereditária, geralmente desencadeada por um alérgeno que pode ser pó, cheiros fortes ou fumaça de cigarro, por exemplo. Essas substâncias provocam uma inflamação nas vias respiratórias fazendo com que músculos muito pequenos que “abraçam” normalmente os brônquios se contraiam. Resultado: as vias respiratórias ficam como que se estivessem “estranguladas”. Por isso, há falta de ar e sensação de “sufocamento”. A respiração fica mais curta e muito mais difícil. Imagine conseguir respirar com pequenos músculos estreitando a luz dos seus brônquios, que ainda por cima estão inflamados, dificultando ainda mais o seu esforço respiratório. Nada fácil, não é mesmo? Por isso a base do tratamento da asma consiste em medicações inalatórias, que entram direto nos brônquios, e atuam imediatamente  nestes pequenos músculos, relaxando-os e permitindo que o seu diâmetro volte ao tamanho original. Por isso essas medicações são chamadas de broncodilatadores. Além disso, os médicos também prescrevem corticosteroides - anti-inflamatórios potentes que ajudam a diminuir a inflamação. Com tudo isso, as vias respiratórias se dilatam e a respiração volta ao normal.

A bronquite, por sua vez, consiste na inflamação dos brônquios. Pode ser causada por vírus ou bactérias ou poluentes ambientais. O espasmo do músculo que abraça os brônquios pode ocorrer secundariamente, mas é menos evidente do que na asma. Na bronquite predomina, portanto, a INFLAMAÇÃO da mucosa respiratória. Só que como a inflamação também estreita o calibre dos brônquios, dificultando a entrada e saída do ar, os sintomas se confundem muito. Na bronquite há muita produção de secreção e por isso um dos sinais mais evidentes é a tosse. Geralmente bem encatarrada. Assim, o  tratamento consiste na eliminação destas secreções e fluidificação das vias respiratórias. Quando causada por bactérias, o tratamento deve ser feito com antibióticos.

Praticar natação é uma excelente opção para quem tem asma ou bronquite. Isso porque ao nadar exercitamos os músculos da caixa torácica, o que promove mais força e vigor respiratórios, fundamentais para enfrentar uma crise aguda.

A boa notícia é que hoje em dia há uma enorme variedade de medicações que podem ser utilizadas para a prevenção das crises. Oriente-se com seu médico e respire aliviado. Sempre!

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