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5.08.2014

SAIBA MAIS SOBRE AS VACINAS QUE PROTEGEM DE DOENÇAS COMUNS NO OUTONO-INVERNO

Saiba mais sobre as vacinas que protegem de doenças comuns no outono-inverno

Saiba mais sobre como se proteger das doenças que atingem grande parte da população no outono-inverno, como as gripes e pneumonias.

As gripes e pneumonias são doenças virais e bacterianas graves que acometem grande número de pessoas durante o período de outono-inverno. As gripes atingem principalmente pessoas com algum fator de risco que facilita o contágio ou o agravamento de doenças - como idosos, crianças, adultos jovens, gestantes ou puérperas (até 45 dias do parto ou cesárea), portadores de doenças crônicas (cardiopatas, diabéticos, pneumopatas, transplantados, Aids, entre outras), presidiários, indígenas e profissionais de saúde.
As gripes são doenças virais causadas pelos vírus influenza, diferente dos resfriados (menos grave e causados por outros vírus e sem possibilidade de prevenção por vacinas) podendo ser sazonal (número de casos com pouca variação durante o ano, com pequeno aumento esperado no outono-inverno) ou epidêmica (aumento do número de casos expressivo e inesperado principalmente no outono-inverno) que apresentam sintomas muito comprometedores do estado geral (febre, dor no corpo, dor de cabeça, mal estar geral), de fácil propagação e com complicações graves (pneumonias bacterianas) ou até óbitos.
Segundo a Dra. Marta Fragoso, infectologista e coordenadora do Núcleo de Gestão de Segurança Assistencial do Hospital VITA, de Curitiba, “as gripes são de fácil transmissibilidade e contágio, através do contato com pessoas, objetos ou superfícies contaminadas com o vírus através das mãos diretamente na mucosa da boca, nariz ou olhos. Daí a importância de higienizar as mãos com muita frequência usando água, sabonete líquido, papel toalha e álcool gel 70% para prevenir o contágio”, diz a especialista.
Há mais de 100 subtipos de vírus influenza que causam a gripe, no entanto aqueles que causam quadros clínicos e complicações mais graves são prevenidos através de vacinação anual (protege de 70% a 90% dos casos de gripe). A vacina anual é inativada (não causa gripe) e confere proteção contra o vírus que circulou com maior prevalência no ano anterior e outros dois de maior importância clínica para prevenção (composição para 2014: trivalente contra os vÍrus H1N1, H3N2 e influenza B). A campanha de prevenção do Ministério da Saúde para os grupos de maior risco teve início em 22 de abril de 2014 com vacinação gratuita, no entanto, qualquer pessoa, após os 6 meses de idade e sem alergia às proteínas do ovo, pode se vacinar na rede privada. O efeito protetor da vacina é observado cerca de duas semanas após sua administração, sendo efetivo por até um ano.
Em função de que a vacina não confere 100% de proteção contra todos os tipos e subtipos de vírus inflenza é importante saber que mesmo vacinado ou caso não tenha recebido a vacina, se estiver cursando com sinais e sintomas de gripe se deve procurar assistência médica para os cuidados necessários, inclusive a prescrição de antivirais específicos (Oseltamivir) precocemente com o intuito de reduzir a multiplicação viral, os sintomas e a propagação do vírus.
Já as pneumonias são doenças infecciosas virais, bacterianas (mais comuns) ou provocadas por fungos e comumente podem ser resultado de complicações das gripes. A bactéria que mais comumente causa pneumonia em adultos é S. pneumoniae (pneumococo).
A vacina contra a gripe também reduz a possibilidade de se contrair pneumonia de forma geral, a vacina contra a bactéria H. influenzae tipo B (HIB) previne esta pneumonia em crianças e a vacina anti-pneumocócica previne contra a pneumonia por S. pneumoniae em adultos com condições favoráveis e idosos (vacina com periodicidade de 5 anos, ou seja, repetir de 5/5 anos que é o prazo máximo de proteção). No entanto, as vacinas anti-pneumocócica e HIB podem ser obtidas gratuitamente na rede pública para crianças, idosos ou com doenças facilitadoras ou agravadoras de pneumonias. A médica recomenda consultar o calendário básico vacinal do Ministério da Saúde ou aderir às campanhas, ou ainda buscar as vacinas na rede privada após prescrição médica.

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