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7.30.2014

CRISE NA ARGENTINA

Argentina e fundos especulativos permanecem sem acordo

Ministro argentino viajou aos Estados Unidos para participar de negociação.
País tem até esta quarta-feira para conseguir acordo e evitar novo calote.

Do G1, em São Paulo
Ministro da Economia da Argentina atende a imprensa após deixar encontro em Nova York, onde a dívida do país está sendo negociada (Foto: John Minchillo/AP Photo)Ministro da Economia da Argentina atende a imprensa após deixar encontro em Nova York, onde a dívida do país está sendo negociada (Foto: John Minchillo/AP Photo)
A Argentina e os fundos especulativos não chegaram a um acordo para uma saída negociada do litígio envolvendo a dívida do país e continuarão discutindo a questão nesta quarta-feira, anunciou na noite desta terça o ministro argentino da Economia, Axel Kicillof, após uma reunião em Nova York. O encontro no escritório do mediador judicial Dan Pollack durou 12 horas.
"A reunião prosseguirá amanhã [quarta], mas ainda não sabemos a que hora. Seguimos trabalhando com toda a seriedade que exige a questão", disse Kicillof à imprensa na porta do escritório, a menos de 24 horas de um possível "default" (calote) da Argentina.
Kicillof chegou ao local por volta das 18h30 de Nova York (19h30 em Brasília), quando a reunião já durava aproximadamente sete horas. Ele desembarcou nos Estados Unidos após deixar a Cúpula do Mercosul, que está sendo realizada em Caracas, na Venezuela. 

De acordo com a agência Efe, o mediador judicial divulgou um comunicado afirmando que as duas partes conversaram frente a frente pela primeira vez e que "houve uma troca franca de pontos de vista e de preocupações", mas que "os temas em disputa continuam sem solução". Pollack confirmou ainda se, e quando, as partes devem se reunir nesta quarta, ainda não está determinado.

Negociação
O governo argentino tem até quarta-feira, dia 30 de julho, para chegar a um acordo com os "fundos abutres", que obtiveram a sentença favorável do juiz Thomas Griesa para receber ao mesmo tempo que os credores que renegociaram a dívida em 2005 e 2010.
A Argentina pretende acertar o pagamento aos fundos, totalizando US$ 1,33 bilhão, para depois de 2 de janeiro de 2015. A ideia é o juiz Griesa suspender a aplicação de sua decisão até 1º de janeiro, prazo em que expira a cláusula Rufo, que obriga o país a equiparar credores que aceitaram as propostas de reestruturação da dívida com qualquer outro credor que receba melhor tratamento.
No dia 26 de junho, a Argentina depositou pagamentos no valor de US$ 539 milhões aos credores da dívida reestruturada, mas o juiz Griesa bloqueou o dinheiro depositado em Nova York, o que pode provocar uma moratória nas próximas 24 horas.

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