Presidente dos EUA cobrou ação de Moscou para acesso a local.
Ele criticou rebeldes pró-Rússia: 'O que eles estão tentando esconder?'.
O
presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fala sobre a crise na
Ucrânia nesta segunda-feira (21) na Casa Branca (Foto: Larry
Downing/Reuters)
“Investigadores internacionais estão no local, eles estão preparados para conduzir tudo com os protocolos certos, para coletar evidências. Eles precisam de acesso imediato e total ao local, para fazer uma investigação completa e transparente”, disse Obama em pronunciamento.
“As equipes estão no local preparadas para investigar e recuperar os corpos, mas os separatistas apoiados pela Rússia continuam bloqueando a investigação. Eles impediram acesso local, quando as equipes se aproximam eles dispararam armas para o ar, estão removendo evidências do local. O que eles estão tentando esconder?”, questionou Obama. “Estão retirando corpos do local, muitas vezes sem o cuidado que normalmente esperamos. É um insulto para quem perdeu alguém.”
Obama ressaltou que a Rússia tem uma grande influência sobre os separatistas. “Ninguém nega isso, a Rússia os treinou, os armou com equipamentos militares, muitos líderes rebeldes são cidadãos russos. Dada essa influência, a Rússia e o presidente Putin têm responsabilidade direta de convencê-los a ajudar nas investigações.”
O presidente americano ressaltou que Putin já se mostrou favorável a permitir o acesso total ao local da queda, mas disse que suas palavras “precisam ser apoiadas por ações".
“Meu propósito continua a ser achar uma solução diplomática na Ucrânia. Acredito que isso possa acontecer. Mas se a Rússia continuar a violar a Ucrânia, ela só vai cada vez mais se isolar da comunidade internacional, e os custos disso só vão aumentar. O mundo merece saber exatamente o que aconteceu, ucranianos merecem determinar seu futuro”.
O voo MH17 da Malaysia Airlines caiu na última quinta-feira (17) no leste da Ucrânia com 298 pessoas a bordo, a maioria holandeses. Todos morreram. No dia seguinte, Obama já havia dito que as evidências indicam que o avião foi derrubado por um míssil terra-ar disparado de uma área controlada por separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia.
O governo de Kiev acusa a Rússia de ter armado os separatistas com o míssil que derrubou o avião. A Rússia nega e acusa a Ucrânia de ter derrubado a aeronave.
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