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7.13.2014

Protestos terminam com feridos e bombas na Tijuca


Grupo saiu da Afonso Pena e se juntou a outro na Praça Saens Peña.
Jornalista canadense sofreu lesão na perna e foi levado a hospital.



Marcelo Elizardo Do G1 Rio


Policiais militares prendem ativista durante protesto na Tijuca, na Zona Norte do Rio (Foto: Leo Correa/ AP )Policiais militares prendem ativista durante protesto na Tijuca, na Zona Norte do Rio (Foto: Leo Correa/ AP )
Uma manifestação neste domingo (13) na Praça Saens Peña, na Zona Norte do Rio, teve registro de pessoas feridas e muitas bombas disparadas na região. Devido à ação da Polícia Militar e da Força Nacional, os manifestantes se dispersaram após as 15h, quando houve um confronto e princípio de tumulto. A Polícia Militar deu o protesto por encerrado às 16h25. Bloqueios na região após o fim do protesto, no entanto, causaram problemas a quem se movimentava pela região. Ao menos seis pessoas foram detidas.
Dentre os feridos, está o jornalista canadense Jason O'Hara. Ele foi atingido na perna e estava internado em observação no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, por volta das 19h45. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o quadro de saúde do estrangeiro é estável e ele pode receber alta ainda na noite deste domingo.
Outras quatro pessoas ficaram feridas, segundo a corporação. Duas mulheres, um menor de idade e um fotógrafo. Outro fotógrafo, Mauro Pimentel, do portal Terra, acusou um policial militar de ter quebrado a lente de sua câmera com golpes de cassetete.
Mais cedo, por volta das 11h, houve um outro protesto na estação Afonso Pena, também na Tijuca. Os manifestantes, com faixas com os dizeres "A nossa Copa é na rua", seguiu pela rua Heitor Beltrão, na Tijuca, no sentido Praça Saens Peña, onde um grupo maior começou a se concentrar por volta de 13h. Com temas variados como críticas à Copa do Mundo e o pedido de liberdade para os 19 ativistas presos neste sábado no Rio, o grupo chegou a ter cerca de 250 pessoas. Todas as ruas de escoamento da Praça Saens Peña, como a Carlos Vasconcelos e a Soares da Costa, estavam com bloqueios formados por pelo menos dez policiais. 
pesar da diminuição no número de manifestantes, a PM mantém o cordão de isolamento na Conde de Bonfim, na Tijuca. (Foto: Marcelo Elizardo/G1) 
PM fez cordão de isolamento durante protesto
(Foto: Marcelo Elizardo/G1)
Após duas horas em um clima aparentemente tranquilo, apesar da presença maciça de policiais e de agentes da Força Nacional, o confronto estourou por volta das 15h. Manifestantes tentavam sair da praça em direção ao Maracanã e policiais impediram. Houve bombas de gás lacrimogêneo lançadas e muita correria. Alguns manifestantes voltaram para o local após a primeira dispersão, mas a polícia considerou este ato encerrado às 16h25.
Bloqueios
Os bloqueios na Rua Conde de Bonfim e nas ruas perpendiculares causaram prejuízos aos que tentaram passar por eles, entre manifestantes, jornalistas e trabalhadores da região. O metrô da Saens Peña, que ficou fechado depois da confusão, permanecia fechado até 16h30.  Funcionários de uma pizzaria da região ficaram parados no bloqueio, a 30 metros da loja, e não conseguiram chegar para trabalhar.

Policiais observam a manifestação na Tijuca
(Foto: YASUYOSHI CHIBA/AFP)
"Três funcionários querendo passar, mas não deixam ninguém passar. Estou com três funcionários presos. Falaram que tem gente lá fazendo arruaça e não querem deixar ninguém passar", disse uma funcionária da Domino's, na Rua Pinto de Figueiredo, que não quis se identificar.

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