Presidenta disse que o governo estava endividado e o Brasil 'quebrou três vezes'
SÃO PAULO - A presidenta Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira que a situação econômica durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) era pior do que a que os argentinos vivem hoje, com o calote da dívida. Seguindo a linha de campanha eleitoral de tentar desqualificar a gestão tucana, a presidente, que concorre à reeleição, afirmou a estudantes reunidos em São Paulo que o governo estava "completamente endividado", com uma política de juros altos, e que "por isso é que dizemos que o Brasil quebrou três vezes naquela época".
- A situação que hoje nos jornais ficam falando na Argentina, a situação, naquele momento, era mais grave. A Argentina deposita os pagamentos (da dívida), mas está sendo objeto de uma coisa terrível, que são os fundos abutres. O governo ralou muito para poder sair da situação em que nos encontrávamos. Mas nós conseguimos. E, a partir do segundo governo Lula, fizemos um grande processo de desenvolvimento.
A candidata do PT afirmou que o governo petista manteve a estabilidade econômica sem atingir os trabalhadores e criticou as propostas de choque e ajustes por parte dos adversários:
- No Brasil, quem pagava o pato em qualquer crise era o salário do trabalhador. Era essa a forma como eles faziam: choque ou reajuste. Tem muita gente que adora choque. Pois é bom lembrar que, na área de energia elétrica, eles foram responsáveis pelo maior choque dos últimos tempos, que é o apagão.
Dilma defendeu a Petrobras, que hoje vive uma crise financeira e está sob investigação.
- Essas flutuações no valor (das ações) da Petrobras não durarão_ disse ela, ressaltando o potencial da estatal com as reservas do pré-sal.
Dilma voltou a dizer que o "tema da eleição" é o pessimismo e que há uma "campanha sistemática de inverdades e desinformação". A uma plateia de cerca de 400 jovens, a maioria de movimentos estudantis e ligados ao PT e ao PCdoB, a presidente avisou: "nós vamos para o combate".
- Sistematicamente, eles dizem que vai haver um tarifaço. Da onde tiraram que vai ter um tarifaço? É uma teoria que tem um absoluto descompromisso com os interesses nacionais. Depois, disseram que a inflação ia fugir do controle. Não saiu do controle. Inventaram a inflação do tomate. O tomate caiu e ninguém toma a providência de dizer que ele não ocorreu e ir lá se desculpar. Não têm o menor compromisso com a verdade.
Para esse "combate", Dilma divulgou um balanço dos feitos em educação e afirmou que a instabilidade econômica é fruto da crise internacional.
- Essa crise não é específica do Brasil. O Brasil não tem um desequilíbrio estrutural, sofre as consequências - disse a presidente.
Acompanhada de quatro ministros (Thomas Traumann, da Comunicação, Aldo Rebelo, do Esporte, Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral, e José Henrique Paim, da Educação), do prefeito Fernando Haddad, do presidente nacional da legenda, Rui Falcão, e dos candidatos ao governo, Alexandre Padilha, e ao Senado, Eduardo Suplicy, Dilma ouviu relatos de jovens beneficiários de programas educacionais, como Prouni e Ciência Sem Fronteira. Aos jovens, falou da primeira eleição vencida por Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002, e retomou o mote daquela época, de esperança versus medo.
- Vencer com o presidente Lula não foi fácil. Tínhamos toda a esperança do mundo e eles, todo o medo do mundo.
Segundo a presidente, com o governo petista todos os setores sociais teriam saído ganhando:
Ninguém rigorosamente perdeu, todos ganharam. Exceto por uma observação: os pobres ganharam mais. Para muita gente, isso é imperdoável. Porque aquela escada da ascensão social, ela congestiona. Aí, começa aquela história: o filho da empregada doméstica vira doutor, o filho do pedreiro faz seu curso, aí, viajam de avião. Como eu, querido, com certo receio na viagem. Entram no avião meio temerosos, mas e vão lá e encaram um aviãozinho.
Neste ponto do discurso, mesmo sem citar o episódio do aeroporto de Cláudio (MG), a presidente ironizou o candidato do PSDB, Aécio Neves, por ter construído uma pista de pouso em terreno ligado a sua família.
- E, aí, tem gosto pata tudo em matéria de aeroportos_ disse ela, despertando risos e aplausos na plateia.
A maioria dos jovens do evento era composta por militantes, que bradavam palavras de ordem relembrando a época em que Dilma combateu a ditadura. Os jovens também ironizaram os xingamentos dirigidos à presidente durante jogos da Copa. "Ei, Dilma, vou votar em tu!", gritavam.
SÃO PAULO - A presidenta Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira que a situação econômica durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) era pior do que a que os argentinos vivem hoje, com o calote da dívida. Seguindo a linha de campanha eleitoral de tentar desqualificar a gestão tucana, a presidente, que concorre à reeleição, afirmou a estudantes reunidos em São Paulo que o governo estava "completamente endividado", com uma política de juros altos, e que "por isso é que dizemos que o Brasil quebrou três vezes naquela época".
- A situação que hoje nos jornais ficam falando na Argentina, a situação, naquele momento, era mais grave. A Argentina deposita os pagamentos (da dívida), mas está sendo objeto de uma coisa terrível, que são os fundos abutres. O governo ralou muito para poder sair da situação em que nos encontrávamos. Mas nós conseguimos. E, a partir do segundo governo Lula, fizemos um grande processo de desenvolvimento.
A candidata do PT afirmou que o governo petista manteve a estabilidade econômica sem atingir os trabalhadores e criticou as propostas de choque e ajustes por parte dos adversários:
- No Brasil, quem pagava o pato em qualquer crise era o salário do trabalhador. Era essa a forma como eles faziam: choque ou reajuste. Tem muita gente que adora choque. Pois é bom lembrar que, na área de energia elétrica, eles foram responsáveis pelo maior choque dos últimos tempos, que é o apagão.
Dilma defendeu a Petrobras, que hoje vive uma crise financeira e está sob investigação.
- Essas flutuações no valor (das ações) da Petrobras não durarão_ disse ela, ressaltando o potencial da estatal com as reservas do pré-sal.
Dilma voltou a dizer que o "tema da eleição" é o pessimismo e que há uma "campanha sistemática de inverdades e desinformação". A uma plateia de cerca de 400 jovens, a maioria de movimentos estudantis e ligados ao PT e ao PCdoB, a presidente avisou: "nós vamos para o combate".
- Sistematicamente, eles dizem que vai haver um tarifaço. Da onde tiraram que vai ter um tarifaço? É uma teoria que tem um absoluto descompromisso com os interesses nacionais. Depois, disseram que a inflação ia fugir do controle. Não saiu do controle. Inventaram a inflação do tomate. O tomate caiu e ninguém toma a providência de dizer que ele não ocorreu e ir lá se desculpar. Não têm o menor compromisso com a verdade.
Para esse "combate", Dilma divulgou um balanço dos feitos em educação e afirmou que a instabilidade econômica é fruto da crise internacional.
- Essa crise não é específica do Brasil. O Brasil não tem um desequilíbrio estrutural, sofre as consequências - disse a presidente.
Acompanhada de quatro ministros (Thomas Traumann, da Comunicação, Aldo Rebelo, do Esporte, Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral, e José Henrique Paim, da Educação), do prefeito Fernando Haddad, do presidente nacional da legenda, Rui Falcão, e dos candidatos ao governo, Alexandre Padilha, e ao Senado, Eduardo Suplicy, Dilma ouviu relatos de jovens beneficiários de programas educacionais, como Prouni e Ciência Sem Fronteira. Aos jovens, falou da primeira eleição vencida por Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002, e retomou o mote daquela época, de esperança versus medo.
- Vencer com o presidente Lula não foi fácil. Tínhamos toda a esperança do mundo e eles, todo o medo do mundo.
Segundo a presidente, com o governo petista todos os setores sociais teriam saído ganhando:
Ninguém rigorosamente perdeu, todos ganharam. Exceto por uma observação: os pobres ganharam mais. Para muita gente, isso é imperdoável. Porque aquela escada da ascensão social, ela congestiona. Aí, começa aquela história: o filho da empregada doméstica vira doutor, o filho do pedreiro faz seu curso, aí, viajam de avião. Como eu, querido, com certo receio na viagem. Entram no avião meio temerosos, mas e vão lá e encaram um aviãozinho.
Neste ponto do discurso, mesmo sem citar o episódio do aeroporto de Cláudio (MG), a presidente ironizou o candidato do PSDB, Aécio Neves, por ter construído uma pista de pouso em terreno ligado a sua família.
- E, aí, tem gosto pata tudo em matéria de aeroportos_ disse ela, despertando risos e aplausos na plateia.
A maioria dos jovens do evento era composta por militantes, que bradavam palavras de ordem relembrando a época em que Dilma combateu a ditadura. Os jovens também ironizaram os xingamentos dirigidos à presidente durante jogos da Copa. "Ei, Dilma, vou votar em tu!", gritavam.
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