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8.06.2014

Garotinho quer romper concessão do Maracanã no primeiro dia de governo

Candidato do PR quer implementar mudanças na política de UPP.
Nas favelas, ele pretende diminuir impostos para criação de empresas.

Do G1 Rio
Vista aérea do Maracanã durante o encerramento da Copa do Mundo (Foto: Marcos Estrella/TV Globo) 
Candidato promete encerrar concessão do estádio
(Foto: Marcos Estrella/TV Globo)
O candidato ao governo do RJ pelo PR, Anthony Garotinho, prometeu cancelar o contrato de privatização do Maracanã e aumentar o programa Mais Médicos no estado, em sabatina da Uol/Folha/SBT nesta quarta-feira (6), caso seja eleito. Durante a entrevista, em que atacou o ex-governador Sérgio Cabral e o candidato à reeleição Luiz Fernando Pezão, Garotinho também disse que vai reduzir impostos para a criação de empresas nas favelas e modificar o projeto de UPPs por meio do "Batalhão de Defesa Social", que implementaria a polícia de proximidade.
Sobre a privatização do Maracanã, Garotinho criticou os preços de produtos dentro do estádio e afirmou que o preço dos ingressos está fora do "padrão do povo". "Vou cancelar no primeiro dia [o contrato da privatização do Maracanã]. Pegar R$ 1,5 bilhões e dar para o senhor Eike Batista? Ah, faça-me o favor. O Maracanã tem que ser administrado pelo estado para que todos clubes possam jogar lá", disse ele, sem entrar em detalhes sobre como os cofres públicos arcariam com a dívida do rompimento do compromisso.
O deputado lamentou também que o governo do PMDB tenha desprezado o programa Mais Médicos e disse que vai aumentar o projeto."Pouquíssimos médicos foram utilizados. O Rio precisa de médicos. Como vamos desprezar por vaidade, por orgulho um programa do Governo Federal que vai te oferecer médicos?", questionou.
Para as comunidades do Rio, a proposta envolve a criação de empregos e modificações na política da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). As unidades seriam transformadas em batalhões de defesa social, que implementariam a polícia de proximidade, e teriam assistência social, defensoria pública e até pré-vestribular.
"Batalhão de defesa é uma evolução da UPP. UPP não dá para fazer em todo lugar, mas batalhão tem em todo lugar. Está provado que só UPP não resolve o problema. Segurança pública é policiamento ostensivo, prender criminosos e recuperação dos que vão para o sistema prisional. Pacificação é polícia de proximidade", disse o candidato.
Da mesma forma que os batalhões passariam a interferir na rotina dos moradores das comunidades, a secretaria de Segurança seria transformada na secretaria de Defesa Social, de acordo com o candidato. Ainda nas favelas, o ex-governador promete criar áreas de interesse social. Nelas, o ICMS seria reduzido para 2% para fomentar a criação de empresas e gerar empregos.

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