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9.01.2014

A campanha da Marina está fazendo qualquer coisa para não perder votos.

Será que a Igreja católica apoiará a candidata evangélica do PSB

Rio - Uma ‘guerra santa’ puderá implodir a campanha da evangélica Marina Silva (PSB). Setores da Igreja Católica — os mais conservadores e mais capilarizados, como a Renovação Carismática — poderão trabalhar a favor da ex-senadora, após a desidratação do candidato do PSDB, Aécio Neves.
Os próximos debates  entre oito presidenciáveis, definirá a posição de setores da igreja mais conservadores que apoiavam Aécio Neves. A Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Aparecida, São Paulo serão realizadas vigílias  para definir está situação.
                A evangélica Marina poderá ser apoiada por setores da igreja católica mais conservadora
A favor da ex-senadora, estão posições com as quais os dois lados compartilham: a rejeição ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, à descriminalização das drogas, às políticas que facilitem o aborto e ao uso de células-tronco embrionárias. Sobre os dois últimos temas, os candidatos serão provocados a se posicionar.
O Ódio ao PT é maior é maior do que  qualquer resistência ao fato de a candidata ser fiel da Igreja Assembleia de Deus. “Ela está evangélica, mas, antes, foi batizada na Igreja Católica e quase tornou-se freira”, justificou um deles, que também não acredita numa possível intolerância reliogiosa com a Igreja Católica, caso venha a ser eleita. “Ela mantém bom diálogo com bispos e padres. Alguns estão radiantes”, confirma.
Cinco interlocutores próximos à CNBB concordam que, hoje, o grupo “realmente forte de doutrinação política” — expressão usada por dois deles — e com grande capacidade de mobilização dentro da Igreja é a Renovação Carismática.

Eles conseguem exercer certa pressão, inclusive, nos bispos ainda simpáticos ao PT, que nasceu a partir das Comunidades Eclesiais de Base, no fim da década de 1970. “Mesmo as pastorais, onde o petismo de certa forma ainda resiste, tem sua capacidade de articulação voltada mais para fora dos muros”, explica um interlocutor.
O que poderia ser um choque entre as ideias da CNBB e Marina Silva, a defesa ou não da exposição de símbolos religiosos em locais públicos, não tem peso, na opinião do cientista político Paulo Baía, professor da UFRJ. O tema será proposto no debate e os evangélicos rejeitam os ‘santos’.
“Ela sempre conviveu bem com isso e pode utilizar o argumento católico de estado laico. Não será problema”, garante o professor, ressaltando que oficialmente os bispos não declararão voto a nenhum dos candidatos.
Se eleita, Marina será a primeira evangélica a assumir a Presidência. O general Ernesto Geisel, luterano, era protestante. Fernando Henrique Cardoso ateu.e  Lula e Dilma Rousseff, são católicos.

“Nós não recuamos”
O candidato a vice na chapa de Marina Silva, deputado federal Beto Albuquerque (PSB), afirmou ontem em Porto Alegre que a coordenação de campanha da candidata errou ao incluir no programa de governo a defesa de projetos de leis que estão em tramitação no Congresso.
“O equívoco foi assumir compromissos com projetos de lei, o que é uma invasão de competência. Não há recuo nos nossos compromissos com o movimento LGBT”, disse o deputado, referindo-se às mudanças no texto original do programa de governo sobre o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo.
“O desatino da coordenação foi estabelecer compromisso com aquilo que só o Parlamento pode fazer, seja por projeto de lei ou emenda constitucional. Isso não é atribuição do Executivo. 

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