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9.04.2014

Anvisa determina inutilização de lote de medicamento falso

Resolução determina a suspensão da fabricação, distribuição, divulgação e comercialização do medicamento Reumatex

Ana Cristina Campos, da
Getty Images
Remédios, doenças
Medicamentos: o Reumatex é fabricado por empresa desconhecida

Brasília - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão da fabricação, distribuição, divulgação e comercialização do medicamento Reumatex, fabricado por empresa desconhecida.
A agência também determinou a apreensão e a inutilização dos produtos remanescentes no mercado.
A resolução foi publicada hoje (3) no Diário Oficial da União.
O medicamento estava sendo fabricado e comercializado irregularmente, já que não tem registro.
O produto tinha na embalagem o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica de uma empresa que desconhece o Reumatex e o registro no Ministério da Saúde de outro remédio.
Por causa da presença de corpo estranho em ampola do medicamento Contracep, um anticoncepcional injetável, a Anvisa também determinou a suspensão da distribuição e comércio do lote 601530.1.
O medicamento é fabricado pela empresa Germed Farmacêutica Ltda e o lote tem validade até 01/16. A empresa terá que recolher as unidades existentes no mercado relativas ao lote afetado.

5 medicamentos proibidos lá fora e comercializados no Brasil

Eles foram proibidos nos EUA ou em países europeus, mas continuam vendidos por aqui. Confira 5 medicamentos e substâncias cujas restrições no exterior não afetaram o comércio no Brasil


Loic Venance/AFP
São Paulo - Para um medicamento chegar às prateleiras das farmácias aqui no Brasil, ele passa por uma bateria de testes por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa
Cada país tem uma instituição semelhante. Nos Estados Unidos, a aprovação de novas drogas fica por conta da FDA (Food and Drug Administration). 
Para que um medicamento possa ser vendido, as farmacêuticas entram com processos independentes em cada país, gerando por vezes avaliações diferentes. Um medicamento proibido lá fora pode ser aprovado aqui, e vice-versa.
O problema é que isso gera temores nos pacientes. A Anvisa reconhece que podem haver situações controversas, mas defende que a fiscalização ocorre de maneira eficaz no Brasil. 
Em casos de alertas no exterior (mortes ligadas a um medicamento ou proibição dele em outros países), por exemplo, a agência pode retomar as análises e fazer novos testes.
todos os medicamentos têm contra-indicações e reações adversas, e o papel dos técnicos (médicos - farmacêuticos)  e da agência é verificar a relação entre os benefícios e malefícios das drogas.

O que é bom lá fora, muitas vezes não é bom aqui no Brasil e vice-versa

Pílulas Diane 35

País em que foi proibido: França
O caso mais recente de medicamento proibido no exterior, mas ainda à venda no Brasil. Na França, o medicamento, que tinha seu uso liberado para tratamento dermatológico, mas era largamente usado como pílula anticoncepcional, foi proibido após mortes ligadas ao seu consumo.
No Brasil, a proibição francesa gerou um alerta nas autoridades da Anvisa, e a pílula (que aqui também é indicada para acne, mas comumente usada como anticoncepcional) passou a ser monitorada, mas permanece disponível.

Sibutramina

País em que foi proibido: União Europeia, Estados Unidos, Austrália, Uruguai, Paraguai, entre outros
A sibutramina é indicada para pessoas obesas e pode ajudar a perder até 2kg em um mês. Há uma condição, porém: o paciente não pode sofrer de problemas cardíacos. Isso porque estudos mostram que o uso da substância aumenta os riscos de doenças cardiovasculares e alterações no sistema nervoso central.
Por conta desses riscos, a sibutramina já foi proibida na União Europeia e Estados Unidos, entre outros países. No Brasil, ela pode ser comprada com receita médica e assinatura de um termo de responsabilidade. Por aqui, a Anvisa  proibiu o medicamento e recebe forte  pressão de associações médicas e indústria farmacêutica.

Dipirona

País em que foi proibido: Estados Unidos, Suécia entre outros
Já tomou Neosaldina ou Novalgina? Dois dos principais remédios para dor de cabeça e gripe são proibidos nos Estados Unidos porque contêm uma substância chamada dipirona sódica. Por lá, só é possível comprar medicamentos  como Tylenol, que usam paracetamol como ingrediente ativo.
Para a FDA (Food and Drug Administration), a dipirona causa choques anafiláticos com mais frequência que seu concorrente. O caso é polêmico, já que a dipirona foi criada na Alemanha (onde a venda é permitida) e o paracetamol é mais utilizado por empresas americanas.

Avastin

País em que foi proibido: Estados Unidos
O Avastin é um medicamento que reduz o crescimento de novos vasos sanguíneos. Ele é comumente usado como uma droga para tratar diferentes tipos de câncer.
Nos Estados Unidos, a substância deixou de ser usada para o tratamento de câncer de mama, permanecendo aprovada para outros tumores, como colorretal. Segundo as autoridades americanas, não havia evidência de que o Avastin aumentasse ou melhorasse a qualidade de vida das pacientes. Por outro lado, os efeitos como pressão alta e hemorragias ainda eram comuns nas pacientes.
No Brasil e em diversos outros países, a droga permanece indicada para o tratamento de câncer de mama.

Hormônio do crescimento

País em que foi proibido: Estados Unidos, França, Alemanha entre outros
Esse caso é um pouco mais específico. O hormônio é usado para tratar crianças com deficiência no crescimento (alguns adultos também podem se beneficiar do tratamento). Por aqui, ele é usado em sua forma natural ou sintetizada, mas em países como Estados Unidos a versão natural é proibida por manter os possíveis danos colaterais (o hormônio pode prejudicar o sistema nervoso) sem necessariamente trazer os benefícios, já que ele pode não ser eficaz se houver algum problema na sua extração.
Fonte: Exame







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