Presidenciável do PSB ironizou evento programado por Lula e Dilma em defesa do pré-sal
Rio - No ato convocado nesta quinta-feira para “acabar com os boatos” sobre as posições de Marina Silva a respeito do pré-sal e dos royalties do Rio, a candidata do PSB não tratou de suas posições sobre a compensação aos estados produtores nem se alongou sobre o pré-sal. Ela preferiu destacar a corrupção “do PT à frente da Petrobras”. Chegou até a ironizar o evento, programado para segunda-feira, pela presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, em frente à sede da Petrobras, em defesa do pré-sal.
Aplaudida em vários momentos, foi alvo do protesto silencioso de ativistas LGBTs que mostraram cartaz pedindo a criminalização da homofobia. Ouviram dela que os programas de governo de Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Luciana Genro (Psol) dedicam apenas uma frase sobre o tema.
No encontro, o presidente do Clube de Engenharia, Francis Bogossian, entregou à ex-senadora documento no qual pede à presidenciável que revogue os leilões de exploração do pré-sal, dando exclusividade à Petrobras. Lá, pede ainda que Marina Silva invista no Programa de Energia Nuclear. Perguntada pela imprensa, afirmou que vai manter os empreendimentos em andamento, como Angra 3, mas disse que não vai ampliar o programa.
Já sobre os leilões dos novos campos de exploração do pré-sal, a candidata afirmou que os manterá, sem entrar em detalhes sobre em quais termos. Seus aliados e o próprio presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, criticaram, porém, os leilões. Ao seu lado, Amaral afirmou que o PT entregou “o patrimônio brasileiro” às multinacionais. Ele retomou o antigo grito de “o petróleo é nosso”. E disse que Getúlio Vargas teria vergonha de ver “o que estão fazendo com a Petrobras”. Amaral, no entanto, nada falou do programa de energia nuclear, que tanto defendeu, como ministro de Ciência e Tecnologia, durante o governo Lula.
Marina lembrou seu início na política, com 17 anos, no Acre, pelas mãos do ambientalista Chico Mendes e disse que viu seus companheiros serem assassinados. “Tive medo, mas não desisti pois acreditava nos motivos pelos quais eu lutava”, explicou. A ex-senadora afirmou que andava pelo estado defendendo o ex-presidente Lula das mentiras que seus adversários lançavam sobre ele. “Hoje, eles usam do mesmo artifício. Não são nem criativos”, provocou.
Candidata tem encontro com D. Orani
Evangélica fervorosa, Marina Silva tem como primeiro compromisso na agenda hoje um café da manhã com o cardeal-arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta. O encontro será a portas fechadas. Um dia antes de morrer, em 13 de agosto, o ex-governador Eduardo Campos se encontrou com Dom Orani.
Ainda pela manhã, a candidata reúne-se com o empresariado fluminense na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan-RJ), no Centro.
À tarde, ela embarca para o Ceará, onde fará comício com a candidata do PSB ao governo, Eliane Novais, que está na lanterna da disputa, com 4% das intenções de voto, segundo o Datafolha. À noite, Marina segue para Natal (RN).
Marina muda discurso sobre Belo Monte e se equivoca ao falar de projeto
Na tentativa de ampliar o eleitorado, a candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, tem cometido deslizes e dado declarações com posicionamentos contrários aos que mantinha poucos anos atrás.
Ontem, ao negar a fama de durona para liberar licenças quando era ministra do Meio Ambiente do governo Lula, ela afirmou ter concedido a licença ambiental para a construção da usina nuclear Angra 3. No entanto, foi o ministro Carlos Minc, seu sucessor e que estava no cargo havia dois meses, o responsável pela emissão do documento, em 23 de julho de 2008.
Marina também mudou de opinião em relação à construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Em 2011, a ex-senadora defendia a paralisação das obras até que “todos os impasses ambientais e sociais fossem resolvidos”.
Na ocasião, chegou a afirmar que os artistas que gravaram um vídeo contra a construção de Belo Monte estavam sendo ‘demonizados’. Ontem, foi mais moderada ao comentar a postura que adotará com relação ao empreendimento. “A licença foi dada num contexto de pressão política, e as condicionantes não estão sendo cumpridas. Agora, o empreendimento já está andando”, disse. Marina negou uma possível suspensão das obras da usina. “Vamos encaminhar as coisas da forma correta, mantendo o empreendimento, que é importante para o Brasil, mas não permitindo que se coloquem as questões sociais, ambientais e indígenas de fora do processo.”
Ao dizer que não mistura política com religião, Marina, que é evangélica, afirmou ter dado parecer contrário ao projeto de lei do deputado Filipe Pereira (PSC-RJ), que versava sobre a obrigatoriedade da manutenção de exemplares da Bíblia nos acervos das bibliotecas públicas. Na realidade, Marina foi relatora do projeto, mas não deu qualquer parecer sobre o texto. A ex-senadora recebeu o documento em março de 2009 e o devolveu em dezembro de 2010, por conta do fim de seu mandato no Senado.
Marina mostrou irritação ao ser perguntada sobre o recuo de seu partido com relação às propostas para o grupo LGBT. “Houve erro. Transcreveram ipsis litteris o texto que o grupo LGBT nos mandou. Quem está preocupado em fazer boato vai dizer que fui eu que mandei mudar.” ( Paulo Cappelli)
“Seria muito coerente o PT convidar o Paulo Roberto para o ato”, disse Marina. Ex-diretor da estatal, Paulo Roberto Costa denunciou esquema de corrupção e de propina na Petrobras.
Ao participar no Clube de Engenharia do seminário ‘O Rio de Janeiro no desenvolvimento do Brasil’, a candidata dedicou-se a desmentir os boatos e rebater as críticas de seus adversários, a quem acusou de usar o medo contra ela. A ex-senadora disse oferecer a outra face, preferindo “ser injustiçada a cometer injustiças”.
Coube apenas ao deputado federal Alfredo Sirkis afirmar que os contratos dos royalties serão respeitados, numa referência à compensação a que o Rio tem direito, mas não foi além, acusando de serem “mentiras as notícias de que a ex-senadora quebraria os acordos”. Ao DIA , o chefe de comunicação da campanha de Marina, Nilson Oliveira, afirmou em reportagem na semana passada que a ex-senadora mantinha sua posição de 2010. Na época, ela defendia a redistribuição do dinheiro do estado com o restante do país.Aplaudida em vários momentos, foi alvo do protesto silencioso de ativistas LGBTs que mostraram cartaz pedindo a criminalização da homofobia. Ouviram dela que os programas de governo de Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Luciana Genro (Psol) dedicam apenas uma frase sobre o tema.
No encontro, o presidente do Clube de Engenharia, Francis Bogossian, entregou à ex-senadora documento no qual pede à presidenciável que revogue os leilões de exploração do pré-sal, dando exclusividade à Petrobras. Lá, pede ainda que Marina Silva invista no Programa de Energia Nuclear. Perguntada pela imprensa, afirmou que vai manter os empreendimentos em andamento, como Angra 3, mas disse que não vai ampliar o programa.
Já sobre os leilões dos novos campos de exploração do pré-sal, a candidata afirmou que os manterá, sem entrar em detalhes sobre em quais termos. Seus aliados e o próprio presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, criticaram, porém, os leilões. Ao seu lado, Amaral afirmou que o PT entregou “o patrimônio brasileiro” às multinacionais. Ele retomou o antigo grito de “o petróleo é nosso”. E disse que Getúlio Vargas teria vergonha de ver “o que estão fazendo com a Petrobras”. Amaral, no entanto, nada falou do programa de energia nuclear, que tanto defendeu, como ministro de Ciência e Tecnologia, durante o governo Lula.
Marina lembrou seu início na política, com 17 anos, no Acre, pelas mãos do ambientalista Chico Mendes e disse que viu seus companheiros serem assassinados. “Tive medo, mas não desisti pois acreditava nos motivos pelos quais eu lutava”, explicou. A ex-senadora afirmou que andava pelo estado defendendo o ex-presidente Lula das mentiras que seus adversários lançavam sobre ele. “Hoje, eles usam do mesmo artifício. Não são nem criativos”, provocou.
Candidata tem encontro com D. Orani
Evangélica fervorosa, Marina Silva tem como primeiro compromisso na agenda hoje um café da manhã com o cardeal-arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta. O encontro será a portas fechadas. Um dia antes de morrer, em 13 de agosto, o ex-governador Eduardo Campos se encontrou com Dom Orani.
Ainda pela manhã, a candidata reúne-se com o empresariado fluminense na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan-RJ), no Centro.
À tarde, ela embarca para o Ceará, onde fará comício com a candidata do PSB ao governo, Eliane Novais, que está na lanterna da disputa, com 4% das intenções de voto, segundo o Datafolha. À noite, Marina segue para Natal (RN).
Marina muda discurso sobre Belo Monte e se equivoca ao falar de projeto
Na tentativa de ampliar o eleitorado, a candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, tem cometido deslizes e dado declarações com posicionamentos contrários aos que mantinha poucos anos atrás.
Ontem, ao negar a fama de durona para liberar licenças quando era ministra do Meio Ambiente do governo Lula, ela afirmou ter concedido a licença ambiental para a construção da usina nuclear Angra 3. No entanto, foi o ministro Carlos Minc, seu sucessor e que estava no cargo havia dois meses, o responsável pela emissão do documento, em 23 de julho de 2008.
Marina também mudou de opinião em relação à construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Em 2011, a ex-senadora defendia a paralisação das obras até que “todos os impasses ambientais e sociais fossem resolvidos”.
Na ocasião, chegou a afirmar que os artistas que gravaram um vídeo contra a construção de Belo Monte estavam sendo ‘demonizados’. Ontem, foi mais moderada ao comentar a postura que adotará com relação ao empreendimento. “A licença foi dada num contexto de pressão política, e as condicionantes não estão sendo cumpridas. Agora, o empreendimento já está andando”, disse. Marina negou uma possível suspensão das obras da usina. “Vamos encaminhar as coisas da forma correta, mantendo o empreendimento, que é importante para o Brasil, mas não permitindo que se coloquem as questões sociais, ambientais e indígenas de fora do processo.”
Ao dizer que não mistura política com religião, Marina, que é evangélica, afirmou ter dado parecer contrário ao projeto de lei do deputado Filipe Pereira (PSC-RJ), que versava sobre a obrigatoriedade da manutenção de exemplares da Bíblia nos acervos das bibliotecas públicas. Na realidade, Marina foi relatora do projeto, mas não deu qualquer parecer sobre o texto. A ex-senadora recebeu o documento em março de 2009 e o devolveu em dezembro de 2010, por conta do fim de seu mandato no Senado.
Marina mostrou irritação ao ser perguntada sobre o recuo de seu partido com relação às propostas para o grupo LGBT. “Houve erro. Transcreveram ipsis litteris o texto que o grupo LGBT nos mandou. Quem está preocupado em fazer boato vai dizer que fui eu que mandei mudar.” ( Paulo Cappelli)
Não sei porque o discurso da Marina me faz lembrar do Fernando Collor. O perigo da Marina ganhar e as forças reacionárias e econômicas dominarem o governo, corremos o risco de choques econômicos como confisco da poupança ou algo parecido, pois o governo da Marina pode ser manipulado por esses salvadores da pátria
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