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10.21.2014

Falta d’água: o que faz um grande jornalão para ajudar Alckmin e Aécio…

É de doer, coisa das mais estapafúrdias já vista nos últimos tempos em matéria de levantamento de opinião pública, essa pesquisa que o Datafolha fez e a Folha de S.Paulo publica hoje, sobre o racionamento, o rodízio (termos que nem de longe o Instituto mencionou aos pesquisados e nem o jornal trata hoje) a falta de água, enfim no Estado de S.Paulo.
A pesquisa mostra que a falta de água já atinge e prejudica a maioria da população de São Paulo: 60% dos paulistanos dizem ter ficado sem água em casa em algum momento nos últimos 30 dias. O levantamento mostra pela 1ª vez que mais de metade dos paulistanos ficou sem água – as pesquisas anteriores, feitas em junho e agosto, mostravam que 35% e 46%, respectivamente haviam sido atingidos pelo problema.
O Datafolha perguntou, também, sobre a duração da falta d’água. Resposta: 3 em cada 4 atingidos disseram que na última vez em que o problema ocorreu a interrupção foi de mais de seis horas. A situação é mais grave para quem mora em casa: 67% dizem ter ficado sem água alguma vez nos últimos 30 dias. Entre os paulistanos que vivem em apartamentos, em  condomínios com caixa d’água maior, o índice é de 26%.
Assim, só agora, depois da reeleição de Alckmin, os jornalões passaram a destacar a crise da falta de água e ainda sem mencionar racionamento, rodízio ou a responsabilidade do Estado por essa situação, o que soa como música para o dr. Geraldo Alckmin. Curioso, só agora, depois do 1º turno em que ele se reelegeu fugindo do assunto, no mais absoluto silêncio a a respeito, os jornais dão de duas a três páginas por dia sobre o assunto, que é gravíssima desde o 1º semestre (todo), mas que os jornalões sequer mencionavam.
Não informam aos cidadãos/leitores quem é o responsável pela falta de água
A pesquisa Datafolha é publicada nessa linha, assim, secamente, com uma imensidão de números e índices, mas sem tocar nas consequências preocupantes dessa situação, já gravíssima e que tente a piorar ainda mais nos próximos dias, e sem falar da responsabilidade político-administrativa do governo do Estado.
A Folha – seu Datafolha -  pergunta ao universo de pesquisados representativo dos mais de 40 milhões de moradores no Estado sobre a falta d´água sem informar ao cidadão de quem é a responsabilidade pelo fornecimento de água em São Paulo, sem dizer que ela é da SABESP e do Estado, do governo Geraldo Alckmin, e não da Prefeitura da Capital ou do governo federal.
Não disse aos cidadãos paulistanos consumidores que todos os órgãos de controle federais e municipais alertaram o governo tucano de São Paulo sobre os riscos e cobraram a realização de obras para, dado o esgotamento do sistema Cantareira, que tem o maior reservatório de abastecimento da capital e de sua região metropolitana.
Tampouco, e nem de longe, a Folha/Datafolha esclareceram aos pesquisados sobre a série de sugestões de obras e medidas preventivas sugeridas aos governos tucanos nos últimos cinco anos (desde 2009) e nem sobre o relatório em que há três anos (2011) a própria SABESP já alertava sobre o risco da falta de água caso providências não fossem então adotadas. Sugestões e relatório engavetados pelos governos tucanos de José Serra e geraldo Alckmin.
Aécio também passou a campanha inteira fugindo do tema
Note-se, também, que o candidato tucano ao Planalto, senador Aécio passou batido sobre esse tema no debate da Rede Record de TV ontem – como de resto passou batido sobre ele ante as cobranças que lhe foram feitas a respeito em debates anteriores e ao longo de toda a campanha. Aécio ontem no debate e nesses meses todos fez que não é com ele, que não tem nada a ver nem deveria discutir a questão, quando a crise foi gerada por governadores de seu partido, seus aliados. Como se a questão não afetasse simplesmente a vida da maior cidade do país. Agiu como fez quando governou Minas tangenciando os principais problemas do Estado
Agiu como age a mídia nacional, a Rede Globo principalmente. Aécio, a exemplo da grande e tradicional mídia conservadora que tenta ajudá-lo, escondeu do país e de São Paulo, não apenas a gravidade da situação mas particularmente as responsabilidades de Alckmin. Como fazem o Instituto Datafolha com essa pesquisa e a Folha ao publicá-la.
À denúncia da gravidade da situação da falta de água em São Paulo e suas consequências, preferiram todos, Aécio, jornalões, grande mídia Rede Globo à frente, durante meses, preferiram passar o ano todo fazendo terrorismo com um improvável e mesmo impossível apagão elétrico no país, numa verdadeira campanha beirando a ilegalidade.
Fazem de conta que não está acontecendo nada  em São Paulo
Agora todos os personagens envolvidos nessa omissão criminosa fazem de conta que não esta acontecendo nada em São Paulo. Nada de grave, quando a capital, sua região metropolitana e o Estado vivem sim um apagão de água com consequências não apenas no conforto dos cidadãos, das famílias, mas também na saúde pública.
Sem contar as consequências econômicas imprevisíveis ou iguais ao do apagão elétrico de 2001, gerado pela falta de planejamento e investimento dos governos tucanos de FHC (1995-2002) e que provocou o último racionamento de energia elétrica decretado no país, de quase um ano, de novembro de 2000 a setembro de 2001.

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