O Brasil pedirá que os países avançados se esforcem para aumentar o crescimento
econômico global, disse hoje o ministro da Fazenda, Guido Mantega. O
tema será discutido na reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI),
em Washington, no próximo fim de semana.
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Fazenda, Carlos Cozendey, representarão o país no encontro, que ocorrerá de quinta-feira (9) a domingo (12). Mantega não viajará para os Estados Unidos.
De acordo com Mantega, os países haviam se comprometido a discutir medidas para estimular a economia mundial na última reunião do FMI, em abril. “Agora, cada país vai dizer ao fundo como pretende contribuir para elevar o crescimento do PIB [Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas no país]. A agenda foi colocada porque falta crescimento na economia mundial”, explicou.
Mantega disse esperar que os países desenvolvidos tomem medidas mais eficientes para reativar a produção e o consumo, principalmente das economias europeias. “A Europa tem duas saídas. Ou faz o mesmo que os Estados Unidos, que adotaram uma política monetária forte [injetando dólares para estimular a economia], ou adotam medidas fiscais [aumentando os gastos públicos]. O continente representa um terço da economia mundial, e não dá para ficar sem uma perna”, afirmou o ministro.
Segundo o ministro, a estagnação da Europa tem impacto sobre todo o planeta, sendo parcialmente responsável pela desaceleração da China e das demais economias asiáticas, que exportam bastante para a União Europeia. Mantega ressaltou que, das economias avançadas, estão crescendo apenas os Estados Unidos, com atraso no mercado consumidor, e o Reino Unido, com sinais contraditórios.
“Até a Alemanha, que é competitiva e grande exportadora, está em dificuldades. A produção industrial e a confiança do empresário estão caindo no país [maior economia da Europa]. As curvas da produção industrial da Alemanha são semelhantes às do Brasil. É um fenômeno mundial [o recuo da indústria]”, destacou.
Na avaliação do ministro, o Brasil tornou-se exemplo para o mundo ao aumentar os gastos públicos para manter o emprego e o consumo após o início da crise econômica mundial. Para ele, a redução do superávit primário – economia de recursos para pagar os juros da dívida pública – impediu o agravamento da crise no país.
“Antes de a crise começar, fui o primeiro a subir superávit. Em 2008, fizemos superávit de 3,5% do PIB mais 0,5% do Fundo Soberano. Quando a economia está em condições favoráveis, podemos fazer superávit primário maior. Quanto tem crise, gastamos mais para que a economia não seja derrubada”, defendeu Mantega. De acordo com o Banco Central, nos últimos 12 meses, o superávit primário soma apenas 0,94% do PIB.
A política fiscal, alegou o ministro, fez o Brasil ser um dos países do G20, grupo das 20 maiores economias do planeta, com maior expansão do PIB entre 2011 e 2014, apesar dos baixos índices de crescimento no período. “A política anticíclica diminui o superávit primário, mas mantém o crescimento”, justificou.
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Fazenda, Carlos Cozendey, representarão o país no encontro, que ocorrerá de quinta-feira (9) a domingo (12). Mantega não viajará para os Estados Unidos.
De acordo com Mantega, os países haviam se comprometido a discutir medidas para estimular a economia mundial na última reunião do FMI, em abril. “Agora, cada país vai dizer ao fundo como pretende contribuir para elevar o crescimento do PIB [Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas no país]. A agenda foi colocada porque falta crescimento na economia mundial”, explicou.
Mantega disse esperar que os países desenvolvidos tomem medidas mais eficientes para reativar a produção e o consumo, principalmente das economias europeias. “A Europa tem duas saídas. Ou faz o mesmo que os Estados Unidos, que adotaram uma política monetária forte [injetando dólares para estimular a economia], ou adotam medidas fiscais [aumentando os gastos públicos]. O continente representa um terço da economia mundial, e não dá para ficar sem uma perna”, afirmou o ministro.
Segundo o ministro, a estagnação da Europa tem impacto sobre todo o planeta, sendo parcialmente responsável pela desaceleração da China e das demais economias asiáticas, que exportam bastante para a União Europeia. Mantega ressaltou que, das economias avançadas, estão crescendo apenas os Estados Unidos, com atraso no mercado consumidor, e o Reino Unido, com sinais contraditórios.
“Até a Alemanha, que é competitiva e grande exportadora, está em dificuldades. A produção industrial e a confiança do empresário estão caindo no país [maior economia da Europa]. As curvas da produção industrial da Alemanha são semelhantes às do Brasil. É um fenômeno mundial [o recuo da indústria]”, destacou.
Na avaliação do ministro, o Brasil tornou-se exemplo para o mundo ao aumentar os gastos públicos para manter o emprego e o consumo após o início da crise econômica mundial. Para ele, a redução do superávit primário – economia de recursos para pagar os juros da dívida pública – impediu o agravamento da crise no país.
“Antes de a crise começar, fui o primeiro a subir superávit. Em 2008, fizemos superávit de 3,5% do PIB mais 0,5% do Fundo Soberano. Quando a economia está em condições favoráveis, podemos fazer superávit primário maior. Quanto tem crise, gastamos mais para que a economia não seja derrubada”, defendeu Mantega. De acordo com o Banco Central, nos últimos 12 meses, o superávit primário soma apenas 0,94% do PIB.
A política fiscal, alegou o ministro, fez o Brasil ser um dos países do G20, grupo das 20 maiores economias do planeta, com maior expansão do PIB entre 2011 e 2014, apesar dos baixos índices de crescimento no período. “A política anticíclica diminui o superávit primário, mas mantém o crescimento”, justificou.
Antes do governo Lula o Brasil estava fazendo uma carta de intenções ao FMI para pagar a dívida ao FMI. Hoje o quadro é outro o Brasil repassa dinheiro ao FMI para emprestar a outras nações que participam do fundo.
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