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11.03.2014

Mulher é condenada à prisão no Irã por tentar assistir a jogo de vôlei

Ghoncheh Ghavami é acusada de fazer propaganda contra o Estado

O Dia
Teerã - Ghoncheh Ghavami, de 25 anos, foi condenada por um tribunal do Irã a um ano de prisão por divulgar propaganda contra o Estado, após ter participado em Teerã de um protesto contra a proibição de mulheres irem a eventos esportivos masculinos. De acordo com o advogado dela, Alireza Tabatabaie, a jovem com dupla nacionalidade, iraniana e britânica, pode ter sua sentença reduzida devido a bons antecedentes.
Ghoncheh Ghavami participou de protesto no estádio Azadi
Foto:  Reprodução Facebook
Estudante de Direito na Universidade de Londres e graduada na Escola de Londres de Estudos Orientais e Africanos (SOAS), Ghavami foi detida em 20 de junho do lado de fora do estádio de Azadi, onde participava de um ato que reivindicava que mulheres pudessem entrar para assistir a uma partida de vôlei entre Irã e Itália.
Várias jovens foram detidas e liberadas sob fiança após poucas horas, mas Ghavami retornou à delegacia dez dias depois para reivindicar seus objetos pessoais e voltou a ser detida.
Ela é acusada de “propaganda contra o Estado” e passou parte de sua detenção em uma cela de isolamento na prisão de Evin. A jovem fez greve de fome por 14 dias.
A detenção de Ghavami provocou uma mobilização internacional exigindo sua libertação. Na internet, a campanha #FreeGhonchehGhavami (Libertem Ghoncheh Ghavami) já recolheu mais de 700 mil assinaturas. A Anistia Internacional também pede sua libertação.

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