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11.14.2014

Saiba quem são os foragidos e presos na sétima fase da Lava Jato (A maioria votou em Aécio Neves)



Entre detidos, estão ex-diretor da Petrobras e executivo da Mendes Júnior.
Até as 11h, haviam sido cumpridos 18 mandados de prisão no país.



Do G1, em Brasília


O ex-diretor de serviço da Petrobras, Renato Duque, chega a sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro (Foto: Márcia Foletto/Agência O Globo) 
O ex-diretor de Serviço da Petrobras Renato Duque chega à sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro (Foto: Márcia Foletto/Agência O Globo)
A sétima fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta sexta-feira (14) pela Polícia Federal (PF), cumpriu, até as 11h, quatro mandados de prisão preventiva, 14 de prisões temporárias e seis de condução coercitivas no Paraná, em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, em Pernambuco e no Distrito Federal. Entre os suspeitos presos pela PF estão ex-dirigentes da Petrobras e executivos de empresas que mantém contratos com a estatal.
Renato Duque
O ex-diretor de Serviços da Petrobras, onde trabalhou por 30 anos, foi preso em sua residência, no bairro da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e conduzido para a superintendência local da PF.

Durante depoimento prestado à Justiça Federal, o ex-diretor de Refino e Abastecimento da estatal do petróleo Paulo Roberto Costa, que fez acordo de delação premiada e cumpre prisão domiciliar, disse ter conhecimento de irregularidades praticadas na Diretoria de Serviços da empresa entre 2004 e 2012. À época, Duque comandava de Serviços da petroleira era Duque.

 
Segundo o delegado da PF responsável pela Lava Jato, Igor Romário de Paula, o ex-diretor de Serviços é investigado pela suposta participação na celebração de contratos oriundos de um "cartel de empreiteiras" e pelo suposto desvio de recursos para a corrupção de agentes públicos e políticos.
Nota oficial divulgada pela assessoria de Renato Duque confirmou que o ex-dirigente da Petrobras foi preso temporariamente. O texto, entretanto, destaca que não há "notícia de uma ação penal ajuizada contra ele". "Os advogados desconhecem qualquer acusação", diz o comunicado.
"A partir do momento em que tomarem ciência do motivo da prisão temporária, realizada para investigações, os advogados adotarão as medidas cabíveis para restabelecer a legalidade", acrescentou a nota de Duque.
Sérgio Cunha Mendes
O vice-presidente da construtora Mendes Júnior também foi preso nesta última fase da Lava Jato. Ele foi preso no Distrito Federal.

Segundo a PF, a construtora firmou contrato com a Petrobras na área que foi controlada por Paulo Roberto Costa.
O advogado Marcelo Leonardo, que representa a empreiteira Mendes Júnior, confirmou ao G1 que há um mandado de prisão contra o vice-presidente da construtora, Sérgio Cunha Mendes. O criminalista, no entanto, afirma que seu cliente ainda não havia sido preso até as 12h30 desta sexta.
“Foi divulgado que há um mandado contra ele, mas ele ainda não foi preso. Eu não tenho ciência, mas fiquei sabendo pela própria imprensa”, declarou Marcelo Leonardo.
Por meio de nota oficial, a Mendes Júnior disse que está colaborando com as investigações da Polícia Federal e contribuindo para o acesso às informações solicitadas. A empresa informou também que, até o final desta manhã, a empresa não tinha conhecimento sobre mandados de prisão e que nenhum de seus executivos havia sido preso.
Um avião da Polícia Federal deve decolar de Brasília nesta sexta para recolher os suspeitos presos na nova etapa da Lava Jato. Eles serão levados para a superintendência da PF em Curitiba, onde está sendo centralizada a operação.
Os envolvidos responderão, de acordo com suas participações no esquema, pelos crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro.
'Fernando Baiano'
Outro alvo da Polícia Federal é o lobista Fernando Soares, conhecido como "Fernando Baiano". A Justiça Federal do Paraná expediu mandado de prisão temporária contra Soares, mas os policiais federais ainda não o localizaram. Ele é considerado foragido.

Em depoimento em outubro à Justiça Federal, o doleiro Alberto Youssef mencionou que o lobista operava a cota do PMDB no esquema de corrupção que funcionava na Petrobras. Conforme o doleiro afirmou à Justiça, Soares fazia a ponte entre a construtora Andrade Gutierrez com a Petrobras.
Todos os investigados que ainda não foram encontrados, esclareceram os delegados, já tiveram seus nomes registrados no sistema da Polícia Federal e estão impedidos de deixar o país. Os nomes dos investigados com mandado de prisão preventiva também foram incluídos na lista de alerta vermelho da Interpol.
Veja parte da lista de mandados expedidos pela Justiça Federal do Paraná:
Mandados de prisão preventiva
Eduardo Hermelino Leite (Camargo Correa)
José Ricardo Nogueira Breghirolli (OAS)
Agenor Franklin Magalhães Medeiros (OAS)
Sérgio Cunha Mendes (Mendes Junior)
Gerson de Mello Almada (Engevix)
Erton Medeiros Fonseca (Galvão)

Mandados de prisão temporária
João Ricardo Auler (Camargo Correa)
Mateus Coutinho de Sá Oliveira (OAS)
Alexandre Portela Barbosa (OAS)
Ednaldo Alves da Silva (UTC)
Carlos Eduardo Strauch Albero (Engevix)
Newton Prado Júnior (Engevix)
Dalton dos Santos Avancini (Camargo Correa)
Otto Garrido Sparenberg (IESA)
Valdir Lima Carreiro (IESA)
Jayme Alves de Oliveira Filho
Adarico Negromonte Filho
José Aldemário Pinheiro Filho (OAS)
Ricardo Ribeiro Pessoa (UTC)
Walmir Pinheiro Santana (UTC)
Carlos Alberto da Costa Silva
Othon Zanoide de Moraes Filho (Queiroz Galvão)
Ildefonso Colares Filho (Queiroz Galvão)
Renato de Souza Duque
Fernando Antonio Falcão Soares

Mandados de condução coercitiva
Edmundo Trujillo (Camargo Correa)
Pedro Morollo Júnior (OAS)
Fernando Augusto Stremel Andrade (OAS)
Ângelo Alves Mendes (Mendes Júnior)
Rogério Cunha de Oliveira (Mendes Júnior)
Flávio Sá Motta Pinheiro (Mendes Júnior)
Cristiano Kok (Engevix)
Marice Correa de Lima (OAS)
Luiz Roberto Pereira

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