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11.17.2014

SEDENTARISMO E OBESIDADE ANDAM JUNTOS


Sedentarismo e obesidade andam juntos


O período mais crítico para o desenvolvimento da obesidade é a primeira infância. Estudos populacionais mostram que as crianças obesas têm 50% de chance de se tornarem adultos obesos.
Já está mais do que comprovado que o excesso de peso pode trazer inúmeros riscos à vida das pessoas. No entanto, pesquisas populacionais realizadas pelo IBGE a partir da década de 1970 mostraram que o excesso de peso triplicou entre os homens e duplicou na população feminina. Projeções baseadas em inquéritos nacionais feitos nas últimas décadas estimam que a obesidade atinja cifras alarmantes em 2025, chegando a 20% da população brasileira.

Porém, o período mais crítico para o desenvolvimento da obesidade é a primeira infância. Estudos populacionais mostram que as crianças obesas têm 50% de chance de se tornarem adultos obesos, enquanto o risco é menor que 10% em crianças com peso adequado. A conscientização e participação das famílias são, portanto, fundamentais.

“A obesidade em adultos está associada ao desenvolvimento de inúmeras doenças crônicas, como diabetes, doenças cardiovasculares, câncer, osteoartrose, doenças do trato e apneia do sono, além de estar relacionada com a mortalidade precoce. Entre as causas da obesidade destacamos o sedentarismo e uma dieta rica em calorias, como gorduras e açúcares”, alerta a endocrinologista do Bronstein Medicina Diagnóstica, Yolanda Schrank.

Portanto, torna-se fundamental envolver toda a sociedade (pais, crianças e educadores) na conscientização da importância de se evitar o sedentarismo, estimulando grandes e pequenos a aumentarem o nível de atividade física, assim como oferecer orientação para a prática de boas escolhas alimentares. Veja algumas dicas preciosas da dra. Yolanda para as pessoas sedentárias começarem a se movimentar mais.

Avalie o seu físico
Passar por uma avaliação de flexibilidade, fôlego, força muscular e composição corporal é importante para medir o progresso que virá com a prática de exercícios. Já pessoas sedentárias com mais de 40 anos ou que tenham algum fator de risco, como sobrepeso e hipertensão, devem agendar uma consulta com um médico antes de iniciar uma atividade física.

Estabeleça metas realistas
Ter objetivos ao iniciar uma atividade física é motivador, desde que eles sejam realistas. “Uma pessoa que decidir perder 10 quilos em dois meses dificilmente vai conseguir alcançar a meta e, decerto, vai desistir do compromisso”, explica a médica. O ideal é estabelecer objetivos de curto (um a três meses), médio (quatro a seis meses) e longo prazo (um a dois anos). “Metas possíveis para um sedentário são, por exemplo, emagrecer 1 quilo em dois meses ou, em um mês, correr 10 minutos ou subir um lance de escada sem se sentir tão cansado”, esclarece a médica.

Escolha um exercício prazeroso

É comum que corrida e musculação, pela difusão e pela praticidade, sejam as primeiras opções na hora de escolher um exercício. Mas isso não quer dizer que elas sejam prazerosas para todo mundo. A regra é experimentar diferentes modalidades até encontrar a mais agradável.

Comece devagar
Pessoas que não estão acostumadas a se exercitar devem começar uma atividade física aos poucos, com uma intensidade leve e respeitando os limites do corpo. Isso ajudará a evitar lesões e diminuirá as chances de o indivíduo se sentir desestimulado com o exercício. Variar as modalidades também é uma medida que ajuda a espantar o desânimo.

Persista nos novos hábitos
É normal que uma pessoa decida se exercitar duas vezes por semana, mas, logo no início, um imprevisto a impeça de cumprir esse objetivo. Ela não pode desanimar por causa disso. Se não deu, deve tentar de novo na outra semana.

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