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12.30.2014

Cuidados ajudam a evitar estresse em cães durante queima de fogos


30/12/2014

Veterinário dá dicas de como proteger cães e gatos na hora da virada.
Animais têm maior sensibilidade auditiva e sofrem com barulho de fogos.

Cassio Albuquerque Do G1 AP
Natália Campos, acompanhada do yorkshire Léo (Foto: Natália Campos/Arquivo Pessoal)Natália Campos acompanhada do yorkshire Léo (Foto: Natália Campos/Arquivo Pessoal)
No Réveillon, cães e gatos sofrem com a tradicional queima de fogos de artifício, comum nas festas de fim de ano. O barulho dos explosivos causa estresse, pânico e em muitos casos resulta até na morte de animais. Tudo porque eles têm o sistema auditivo mais sensível que o dos humanos. O G1 entrevistou um especialista que falou sobre o problema e deu dicas de como proteger o seu 'pet' na hora da virada.
Segundo o veterinário Jorge Cruz, é nesse período que as clínicas recebem um maior número de animais que apresentam sintomas de euforia, nervosismo e sensibilidade causados pela barulho dos fogos.
Veterinário amapaense Jorge Cruz (Foto: Cassio Albuquerque/G1)Veterinário amapaense Jorge Cruz
(Foto: Cassio Albuquerque/G1)
"Eu chego a atender de quatro a seis ocorrências deste tipo no fim de ano. A maioria ocorre em cães, de pequeno porte, que andam no interior das casas e convivem com as pessoas como se fossem da família", falou.
O som incomoda os cães porque eles têm a audição mais potente que a dos humanos, de acordo com o especialista. Ele acrescenta que muitas vezes a própria euforia dos donos pode causar a sensação de agitação no animal.
"Isso ocorre na comemoração de jogos, onde as pessoas também usam fogos de artifício. Eles se sentem aterrorizados com o barulho e tentam fugir, colidindo com muros e paredes. Isso faz parte do instinto de buscar proteção. Tive um caso específico de um cão que quase teve uma parada cardíaca em 2012 e até hoje está recebendo tratamento para ficar mais relaxado", reforçou.
Yorkshire Léo, de 4 anos, sofre com os fogos de artifício (Foto: Natália Campos/Arquivo Pessoal) 
Yorkshire Léo, de 4 anos, sofre com os fogos de
artifício (Foto: Natália Campos/Arquivo Pessoal)
A jornalista Natália Campos tem dois cães, um yorkshire chamado Léo, de 4 anos, e Maya, uma fêmea da raça pastor alemão, de 3 anos. Ela diz que ambos ficam agitados com os fogos.
"O meu pequenino sofre mais, pois com a agitação, o coração dele dispara muito. E em consequência, ele chega a se engasgar como uma crise de taquicardia. Já cheguei a utilizar um spray à base de eucalipto para deixá-lo mais tranquilo, mas me preocupo também com as consequências que os fogos possam causar à audição dele", disse.
Além dos cães, o veterinário explica que o problema também atinge gatos e aves de estimação.
"Infelizmente, as aves sofrem desorientação com esses sons e por conta do susto se deslocam sem rumo, chegando a se machucar. No caso dos gatos, eles tendem a se isolar e fogem com mais facilidade", reforçou o veterinário.
Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de São Paulo faz campanha de adoção de cães e gatos idosos (Foto: Renata Assumpção) 
Gatos também podem sofrer problemas causados
por barulhos de fogos (Foto: Renata Assumpção)
Dicas
Para proteger seu animal na hora da queima de fogos, a primeira dica dada por Jorge Cruz é deixá-lo em local fechado, onde o som é mais abafado e haja espaço para ele se esconder. Também não é recomendado deixá-los sozinhos nesta hora.

Protetores de ouvido também são indicados e podem ser comprados em lojas especializadas. Outra alternativa para os donos é usar um tampão que pode ser feito com algodão embebido com solução otológica, que pode ser comprada em pet shops.

O passeio e as caminhadas com o animal de estimação feitos regularmente podem deixá-los mais relaxados. Música e prática de exercícios também ajudam.

O especialista diz que o uso de calmantes naturais, conhecidos como florais, são outra alternativa para relaxar o animal. O produto pode ser comprado em farmácias de manipulação e a dosagem do relaxante precisa ser dada após a orientação de um veterinário.

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