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12.17.2014

Retração glútea



Condição que forma depressão na superfície das nádegas, a retração glútea pode ser solucionada com o auxílio da medicina.

Com o verão se aproximando, o sonho de ter o bumbum perfeito vem ainda mais à tona – mas nem sempre é fácil conquistar esse tão desejado objetivo. Em alguns casos, a boa alimentação aliada aos exercícios físicos não são o suficiente para chegar ao resultado esperado, e isso se torna ainda mais difícil para pessoas que sofrem com problemas pré estabelecidos, como a retração glútea.
 
A retração glútea é uma depressão na superfície das nádegas que pode ser causada por inúmeros problemas, desde alterações patológicas no tecido subcutâneo, até alterações no músculo ou atrofias. “A maior parte das retrações glúteas são caracterizadas por pequenas depressões, pouco aparentes, frequentemente múltiplas, no terço inferior da nádega, mas, em algum casos, podem ser severas e vir acompanhadas de fibroses e atrofias acentuadas, com grande prejuízo estético e até funcional”.
 
Processos inflamatórios causados por infecções na infância explicam a maior parte dos casos das retrações. “Porém, alterações encontradas dentro da musculatura aparentam ter um caráter congênito, já que é comum que haja comprometimento bilateral padrão idêntico em ambos os lados, o que dificilmente seria ocasionado por infecções”, que lembra que, apesar de ainda não existir uma explicação convincente até o momento, o problema da retração glútea é algo raro no sexo masculino.
 
As retrações são classificadas em quatro grupos, levando-se em conta qual a estrutura comprometida: subcutâneo, fáscia ou músculo. Esses três primeiros têm sinais particulares no exame físico, o que facilita a identificação de cada um. No quarto grupo são agrupadas as diferentes associações entre os tipos, e os sinais encontrados no exame físico de cada um se apresentam combinados, além disso, todos os tipos podem ser uni ou bilaterais.
 
Essa classificação auxilia na hora de diagnosticar corretamente o tipo e a localização do problema, definindo a abordagem a ser realizada e permitindo uma compreensível orientação do caminho a ser tomado. A partir disso, o tratamento é feito conforme a classificação em que cada caso se enquadra - por isso é importante diagnosticar previamente o tipo de lesão.
 
Segundo Pacheco, os tratamentos podem ser feitos por meio de lipoenxertia ou de liberação das fibroses, dependendo dos casos. “A lipoenxertia é feita nos casos de atrofia, e a liberação das fibroses no caso de retração fibrótica. Além disso, quando trata-se de um caso de retração mista, os procedimentos podem ser usados em conjunto”.
 
A técnica de lipoenxertia resume-se a lipoaspiração e coleta de gordura, que depois deve ser injetada no local desejado. “Mas sempre lembro que podem ser necessárias múltiplas sessões de lipoenxertia, já que nem sempre é possível injetar a quantidade suficiente para corrigir o defeito em uma única sessão – e o médico deve deixar isso esclarecido previamente para o paciente”.
 
Já a técnica de liberação da fibrose é indicada nos casos de menor dimensão. “O processo é feito com uma agulha de grosso calibre, liberando as fibroses com a ponta da agulha, em movimentos paralelos a pele. Porém, é preciso cuidado, pois se há a liberação exagerada da pele, é possível que haja uma perda de conexão da derme com o subcutâneo, ocasionando uma hipercorreção em forma de abaulamento, - e isso sim é de difícil ajuste”.
 
O período após os procedimentos exige repouso e cuidados específicos. “Mas, no geral, é preciso evitar ficar sentada por muito tempo e, dependendo do procedimento, é recomendado utilizar fitas modeladoras por dez dias, já que a forma que as nádegas vão adquirir dependem muito dessa modelagem”.
Alderson Luiz Pacheco

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