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12.05.2014

Usar antibióticos sem seguir prescrição agrava doenças

Bactéria fica resistente quando dose, horário e tempo de tratamento são equivocados

O Dia
Rio - O costume brasileiro de usar antibióticos sem se importar com prescrição médica causa sérios problemas à saúde. As chances de tornar as bactérias mais resistentes e, como consequência, sofrer da doença em uma versão mais forte no futuro é o maior perigo. A campanha ‘Com antibiótico não se brinca. Respeite sua receita’, do laboratório GSK, busca conscientizar a população sobre a importância de seguir as recomendações médicas.
Somente o médico pode dizer como usar este tipo deMEDICAMENTO
Foto:  Reprodução Internet
Segundo o pediatra e doutor em infectologia Edimilson Migowski, que apoia a campanha, apenas médicos podem determinar o tempo entre um comprimido e outro, a dose certa e a quantidade de dias que o paciente vai tomar o antibiótico.
O médico ainda lembra que as pessoas não sabem que tipo de infecção está causando os sintomas, se são bactérias (quando os antibióticos são indicados) ou se são vírus.
Os dois principais erros, na visão dele, são: não respeitar o horário do remédio e parar de tomá-lo quando o paciente passa a se sentir melhor. “Não é porque houve uma melhora clínica em três dias que a bactéria foi erradicada,” alerta Migowski.
Esses costumes, de acordo com o especialista, é que tornam os micróbios mais resistentes. “O nível do antibiótico fica baixo no sangue e a bactéria cria mecanismos para atacar a ação do remédio,” esclarece. Quando a inflamação retorna, ela é mais grave e demorada.
Em relação a crianças e idosos, o cuidado deve ser redobrado. O pediatra explica que, na infância, o sistema imunológico não está totalmente formado. Logo, os pequenos são mais vulneráveis. Já na terceira idade, o sistema não responde como antes e normalmente é mais fraco.

Comércio tem regras
Desde 2010, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária determina que antibióticos só podem ser vendidos em farmácias e drogarias mediante receita de controle especial. A primeira via fica retida na loja e a segunda é devolvida ao paciente com carimbo para comprovar o atendimento.
Na opinião do médico, o país avançou muito nesse sentido, mas ainda existem estabelecimentos que não respeitam as normas . “Além disso, as pessoas ainda guardam antibióticos ou usam caixas que foram receitadas para parentes, o que é estritamente proibido”, afirma o especialista.
No site www.respeitesuareceita.com.br, é possível assistir a vídeo da campanha com outros esclarecimentos sobre o tema.

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