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4.12.2014

Maré tem primeira morte desde chegada das Forças de Pacificação

Homem foi baleado na Vila do Pinheiro e morreu. Moradores dizem que ele foi vítima de bala perdida e protestam

Francisco Edson Alves e Tiago Frederico
Rio - Um homem foi baleado e morto na manhã deste sábado na Vila do Pinheiro, Complexo da Maré, Zona Norte da cidade. O homem, de cerca de 20 anos e conhecido como 'Parazinho' foi morto com um tiro no tórax. Segundo as Forças de Pacificação, o homem tentou escapar de uma patrulha e foi morto numa troca de tiros. Os moradores, contudo, dizem que ele foi atingido por uma bala perdida durante confronto entre militares e um grupo de bandidos.
Complexo da Maré teve sua primeira morte registrada desde que Força de Pacificação entrou no conjunto de favelas
Foto:  Carlos Moraes / Agência O Dia
De acordo com a Força de Pacificação, por volta das 8h, dois homens tentaram fugir de uma patrulha motorizada. Em seguida, eles foram abordados e começaram a atirar. Os militares revidaram.Ainda segundo os militares,. um jovem identificado apenas como Jeferson, 20 anos, foi atingido e outro conseguiu fugir, levando as armas. Com ele, foram encontrados um rádio comunicador e três cartuchos calibre 9 mm. O rapaz, segundo moradores, trabalhava em um lava-jato e era conhecido por “Parazinho".
Os militares relataram terem prestado os primeiros socorros ao ferido e acionaram o serviço do Samu, mas segundo eles, o rapaz não resistiu e morreu no local. A perícia chegou ao local por volta das 10h30min da manhã. Por volta das 9h40, o rabecão chegou ao local para retirar o corpo, mas foi obrigado a aguardar a perícia.
Segundo moradores, um carro passou pela patrulha da Força de Pacificação e não parou. Os militares dispararam contra o veículo e um dos disparos acertou o rapaz.
Esta é a primeira morte registrada no Complexo da Maré em confronto desde a chegada das Forças de Pacificação. De acordo com a Força de Pacificação, enquanto a tropa aguardava no local, houve um tumulto com alguns populares.
Revoltados com a morte, moradores da comunidade chegaram a fechar parcialmente a Avenida Brasil, no sentido Zona Oeste, mas foram dispersados pela polícia. Após, seguiram para a Linha Amarela, onde colocaram barricadas e atearam fogo, interditando uma faixa da pista sentido Barra da Tijuca.
População ficou revoltada e fez protestos na Avenida Brasil, Linha Amarela e Linha Vermelha
Foto:  Carlos Moraes / Agência O Dia
Os militares dispersaram os manifestantes, que seguiram para a Linha Vermelha, onde fecharam duas faixas da pista sentido Centro. Eles foram novamente dispersados pela polícia. Segundo o Centro de Operações da Prefeitura do Rio, não há mais interdições na Avenida Brasil, Linha Vermelha e Linha Amarela.
Esta é a segunda morte no Complexo da Maré, desde que começou o processo de pacificação. No dia 30 de março, o adolescente de 15 anos Vinícius Guimarães foi morto durante uma confusão na Rua Evanildo Alves, após ser baleado por um traficante conhecido como Caveirinha. Outros dois adolescentes ficaram feridos na confusão entre jovens das favelas Nova Holanda e Baixa do Sapateiro, no Complexo da Maré.

Britânico cria sorvete de Viagra

Sobremesa com sabor de champagne tem 25 mg do medicamento por colher

O Dia
Inglaterra - Um sorveteiro britânico inventou uma nova sobremesa que pode ajudar os homens que sofrem de disfunção erétil. Charlie Harry Francis criou o sorvete de Viagra. O sabor inusitado contem aproximadamente 25 mg de Viagra por colher.
Charlie criou a iguaria como um pedido específico de uma celebridade, que é cliente de sua empresa de sorvetes. A sobremesa, além do ingrediente especial, tem sabor de champagne para compor a receita, disse o sorveteiro ao jornal Daily Mail.
Viagra
Foto:  Reprodução Internet
O sorveteiro disse que a criação foi feita sob um acordo confidencial, e ele não pode revelar o nome do cliente, mas contou que o pedido foi especialmente para uma festa "Eu posso dizer que foi para uma festa, e que eles ficaram muito felizes com o resultado final, e que eu fiz a 'quantidade necessária'.
Francis, que ficou conhecido por ter inventado, no ano passado, o primeiro sorvete do mundo que brilha no escuro, a partir de uma proteína de uma água-viva luminosa, confessou que apesar de se divertir com a criação do sorvete de Viagra, ficou constrangido ao ter que procurar pelo medicamento.

MULHERES ENGRAVIDAM CADA VEZ MAIS TARDE

Seja pela correria da vida profissional ou por outros objetivos, a realidade é que a maioria das mulheres adia a maternidade.

Um levantamento inédito, elaborado pela Orizon, constata que uma em cada quatro grávidas está acima dos 35 anos. O estudo foi feito com 38.524 gestantes, que tiveram filhos ao longo do ano passado e revelou que 23,5% das gestantes estão acima dos 35 anos, 32% entre 30 e 34 anos, 41,5% entre 20 e 29 anos e apenas 3% abaixo dos 19 anos.
Segundo o trabalho, as cesarianas (89%) são muito mais frequentes do que os partos normais (11%), mas a incidência do parto natural é mais prevalente na faixa etária entre 20 e 29 anos com 44% do total, entre 30 e 34 anos é de 31% e acima dos 35 anos de 22%. Já no caso das cesarianas, as porcentagens ficam um pouco mais próximas: 39%, entre 20 e 29 anos, 33% entre 30 e 34 anos e 25% acima dos 35 anos.
Segundo outro estudo do Hospital das Clínicas de São Paulo, na década de 70, apenas 5,5% das gestantes estavam acima dos 35 anos. Para médicos ginecologistas e obstetras, o ideal, do ponto de vista anatômico e funcional e da fisiologia do aparelho reprodutor feminino, é uma gravidez entre os 20 e 29 anos.
A partir dos 35 anos já representa uma gestação de alto risco, com maior possibilidade de ter um filho com Síndrome de Down, maior incidência de hipertensão e diabetes, além de outras doenças pré-existentes.
"O estudo constata uma mudança de comportamento da mulher nos últimos 40 anos que, ao conquistar espaço no mercado de trabalho, passou a adiar a gravidez. Para gerentes de RH, administradores de carteiras de saúde, é um dado essencial para o planejamento, ações de prevenção e orientações de cuidados que a mulher deve ter ao optar pela gravidez mais tardia", completa o superintendente de Negócios Corporate da Orizon, Leopoldo Veras da Rocha.

Brasileiras engravidam menos e cada vez mais tarde, diz IBGE


Taxa de fecundidade no país caiu quase 22% em um década. Maior acesso da mulher ao mercado de trabalho é uma das explicações
  As brasileiras estão tendo menos filhos e engravidando cada vez mais tarde, segundo os novos dados do Censo 2010 divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Esta­­tística (IBGE). A taxa de fecundidade no país caiu 21,9% na última década. Em 2000, a média de filhos por mulher era de 2,38. No ano passado, baixou para 1,86. A idade da primeira gestação também teve alteração. Há dez anos, metade das gestantes engravidava antes dos 24 anos e, em 2010, esse porcentual caiu para 45%.
O número de mulheres que tiveram o primeiro filho após os 30 anos passou de 27,5% para 31,3%, um aumento de 14%.

Emigrantes
491 mil brasileiros moram no exterior
O Censo 2010 revela que existem 491 mil brasileiros morando em 193 países ao redor do mundo. Esta é a primeira vez que o IBGE realiza esse tipo de levantamento, que aponta os Estados Unidos como principal destino dos emigrados. Os dados demonstram que há 45,8 mil paranaenses vivendo no exterior.
Em primeiro lugar como principal destino dos paranaenses também está os EUA, com 7,6 mil emigrantes. O segundo lugar fica com o Japão (7.019) e em terceiro aparece Portugal (6.331). Espanha, Reino Unido, Itália e Paraguai aparecem em seguida. Segundo o chefe do IBGE no Paraná, Sinval Dias dos Santos, as principais razões para a migração são a busca por melhores oportunidades de trabalho e estudo. As Regiões Noroeste e Norte são as que mais “exportam” moradores para o exterior. O órgão não perguntou se os migrantes eram legais ou ilegais.
A emigração foi um dos fatores que incentivou a redução do ritmo de crescimento populacional do estado. A média de crescimento do Brasil ficou em 1,17 ao ano enquanto o Paraná teve 0,89. Além de perder moradores para outros países, o Paraná também perde população para Santa Catarina, em função do crescimento industrial do interior catarinense.
Triplica o total de casas com computador
Folhapress
O número de residências com com­­putadores no Brasil triplicou em dez anos, aponta o IBGE. Se­­gun­­do o instituto, o porcentual de domicílios brasileiros com computador saltou de 10,6%, em 2000, para 38,3% em 2010. Ao todo, quase 22 milhões de domicílios ti­­nham computador em 2010, sendo 80% deles com acesso à internet. O IBGE afirma que o computador foi o bem durável que teve o maior crescimento de presença nos domicílios.
O Distrito Federal é a unidade da federação com o maior número de domicílios com computador: 63% do total. Em segundo lugar vem São Paulo (53%), seguido por San­­ta Ca­­tarina (50%) e Rio de Ja­­nei­­ro (49%). Maranhão (13%) e Piauí (15%) são os estados com menos computadores nas residências. En­­tre todos os bens duráveis, apenas a presença do rádio caiu, de 87,9%, em 2000, para 81,4%, em 2010.
O IBGE também aponta que, em 2010, 47,1% das residências tinham apenas telefone celular. O número de domicílios apenas com telefone fixo é muito menor: 4,7%. Segundo o levantamento, 36,1% dos domicílios tinham, em 2010, tanto telefone fixo quanto celular. O questionário do IBGE foi aplicado em 11% do total de domicílios do país (6.192.332, em números absolutos).
Morte de homens jovens no Paraná é alarmante
O Paraná aparece entre os estados brasileiros com proporção mais alarmante de mortes de rapazes de 20 a 24 anos em relação ao óbito de mulheres da mesma idade. A média nacional nesta faixa etária é de 421 mortes de homens para cada 100 mortes de mulheres – no Paraná chega a 481 casos. O estado fica a frente apenas de Alagoas, Paraíba e Sergipe.
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As regiões Norte e Nordeste foram as que mais tiveram redução da fecundidade, com quedas de 23,5% e 25,2%, respectivamente. Apesar disso, o Sudeste ainda é a região que tem a menor taxa, com média de 1,66 filho por mulher, enquanto no Norte a média é de 2,42 – a maior do país. No ranking dos estados, o “campeão” é o Acre, com 2,77, e o Rio de Janeiro aparece em último lugar, com 1,62. No Paraná, a média é de 1,88 – uma queda de 19% nos últimos dez anos.
Outra mudança nos arranjos familiares apontada pelo IBGE é o aumento de uniões consensuais. Enquanto o número de casamentos religiosos e civis teve uma redução de 13%, o número de casais “informais” aumentou quase 30%. Passou de 28,6% em 2000 para 36,4% em 2010.
Planejamento
A principal explicação para a diminuição do número de filhos entre as mulheres brasileiras é a ampliação do planejamento familiar. Professor de Geografia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Tony Moreira Sampaio explica que a tendência de queda vem sendo observada nas últimas décadas e ocorre também em outros países em desenvolvimento.
Com mais acesso à educação e progressiva participação no mercado de trabalho, as brasileiras estão planejando o tempo certo para a gravidez e o número de filhos. Apesar de haver propensão à queda em todas as classes sociais, ainda há diferenças entre mulheres pobres e ricas. Sampaio argumenta que o controle populacional ocorreu de forma gradual no país, mas não teve a influência direta do Estado, como na China, por exemplo, onde o governo impôs taxas para pais que têm mais de um filho.
Segundo o professor de Economia da Universidade de Brasília (UnB), Carlos Alberto Ramos afirma que o Brasil vai precisar se preparar para estas mudanças populacionais. “Neste momento o país vive o ‘bônus’ porque há crescimento da população economicamente ativa e haverá menos demanda em setores como educação”, explica. “Mas no futuro existirão outros desafios, como maiores investimentos em saúde e previdência.” Ramos lembra que já há países na Europa com dificuldades de “repor” a população em função das baixas taxas de fecundidade.
O aumento de renda e escolaridade também tem impacto direto no número de filhos, fator também relacionado ao mercado de trabalho e a questões culturais. “Se antes o projeto de vida das mulheres era casar e ter filhos, hoje há novas configurações”, diz a socióloga e professora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Samira Kauchakje. Ela afirma que há uma mudança em vigor desde os anos 50 em todo o mundo, que repercute inclusive na forma de união com o parceiro.
Desigualdade social cai, mas ainda é alta
Mesmo com a retirada de 28 milhões de pessoas da pobreza na última década, o Brasil ainda é um dos campeões do mundo em desigualdade. Os mais ricos do país têm renda 39 vezes maior que os mais pobres. Em nações desenvolvidas essa diferença fica abaixo de dez.
O índice de Gini – medida usada para quantificar a desigualdade de renda – no Brasil é de 0,53, o que coloca o país entre os dez mais “desproporcionais”. Na Noruega, o índice é de apenas 0,25 e não existem grandes discrepâncias de ganhos entre ricos e “pobres”. Os 10% dos brasileiros mais ricos concentram 44% de todo o rendimento do país, en­­quanto os 10% mais pobres ficam com apenas 1,1%. As diferenças de renda ocorrem também entre grupos populacionais. Homens ganham em média R$ 1.457 por mês e mulheres R$ 1.021. Os brancos têm rendimento médio de R$ 1.400 e pardos de R$ 853.
Presidente do Instituto Bra­­sileiro de Executivos de Finanças no Paraná (Ibef-PR), Luiz Antonio Giacomassi Cavet explica que a diminuição da desigualdade não está apenas relacionada ao aumento da renda e oportunidades de trabalho. “Há diferenças significativas no acesso à saúde e à educação. Igualar a renda significa também igualar a qualidade de vida”, diz.
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O PERIGO DOS SHAKES

O perigo dos shakes
Aprenda a tirar proveito dos shakes e não o transforme em um vilão de sua saúde.

Os shakes se tornaram uma opção para quem busca perder peso. Os produtos, que viraram moda, prometem emagrecimento rápido e saudável, e visam a substituir as refeições diárias. Porém, as substâncias contidas nestes preparados podem oferecer riscos à saúde. 
O Dr. João Eduardo Nunes Salles, professor da disciplina de Endocrinologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, afirma que o emagrecimento prometido pelas bebidas pode vir acompanhado da redução de nutrientes, minerais e vitaminas importantes para o corpo.
“Devido à falta de substâncias, o consumo do shake pode causar desnutrição e a perda, não só de massa gorda, mas também da massa muscular. Existem muitos produtos no mercado que não contemplam os macronutrientes, compostos por carboidratos, proteínas e gorduras. Além disso, eles podem ocasionar diminuição dos micronutrientes, que são as vitaminas e os minerais”, declara.
Segundo o especialista, esses nutrientes não podem ser suspensos ou substituídos da dieta. Para ele, os shakes constituem uma opção de perda de peso, desde que não sejam, exclusivamente, o único plano alimentar.
“Antes de consumir o produto, o indivíduo deve verificar quais são os componentes dessa bebida e se a mesma oferece as substâncias necessárias para o corpo humano. Outra questão é que ela não deve substituir todas as refeições. O interessante é substituir, no máximo, uma refeição. Afinal, uma dieta saudável não deixa de lado a pirâmide alimentar”, explica.
A pirâmide alimentar é composta por: 
• Carboidratos - pães, massas, arroz, batata, cereais, entre outros.
• Verduras e legumes – são alimentos que contêm ferro, fibras, sais minerais e vitaminas.
• Frutas - são ricos em várias vitaminas.
• Carnes, ovos e grãos - feijão, lentilha, grão-de-bico, nozes, castanhas, entre outros.
• Laticínios (leite e derivados) - são ricos em minerais e proteínas.
• Lipídios (óleos e gorduras) e açúcares - manteigas, maionese, creme de leite, doces em geral, entre outros.
O endocrinologista indica o shake para aqueles que não conseguem tomar café da manhã, ou têm dificuldades em almoçar por causa do tempo e acabam ingerindo alimentos não saudáveis. “Existem pessoas que substituem o almoço por um salgado ou fast food, então, por que não tomar um shake? Há produtos no mercado que contemplam os macronutrientes, basta saber escolher”.

4.11.2014

COPA PARA TODOS

A ‪#‎CopaDasCopas‬ vai driblar o preconceito e marcar mais um gol de placa: o da inclusão social.
Para os deficientes visuais, a palavra “impedimento” só vai existir no vocabulário do futebol quando o juiz apitar.
Cegos e pessoas com baixa visão terão a oportunidade, de forma inédita, de ouvir os jogos por meio de uma narração áudiodescritiva nos estádios de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília.
A transmissão especialmente feita para eles vai oferecer detalhes minuciosos e diferenciados sobre a partida de futebol.
Linguagem corporal, expressão facial, cores dos uniformes, reação da torcida e até mesmo características pessoais dos jogadores serão destacadas para que o espectador fique por dentro de tudo que rola dentro e fora do campo.
A narração será transmitida por radiofrequência e captada em fones de ouvidos, em qualquer lugar do estádio.
Quer entender mais sobre o projeto? Veja aqui http://fifa.to/1n11tTD

Bebês choram à noite para... impedir noite romântica dos pais

  • Segundo estudo, filhos são 'programados' para monopolizar atenção dos pais e impedir que tenham forças para tentar outra gravidez
  • De acordo com autor da pesquisa, nascimento de irmãos mais novos em pouco tempo está ligado a aumento da mortalidade infantil
O GLOBO


Bebês choram para impedir que pais tenham energia para tentar outra gravidez
Foto: StockPhoto

Bebês choram para impedir que pais tenham energia para tentar outra gravidez StockPhoto
CAMBRIDGE - Pais com bebês pequenos ficam tão cansados que, quando estão na cama, sozinhos, só pensam em dormir. Isso não é novidade e acontece com casais de todas as classes sociais. A novidade é que os bebês fazem tudo de caso pensado. Segundo estudo americano, eles são "programados" para chorar à noite e deixar seus pais exaustos. O motivo? Eles não querem a concorrência de irmãozinhos mais novos.
A pesquisa da Universidade de Harvard afirma que a questão é biológica. O nascimento de um irmão mais novo em curto período de tempo está associado ao aumento da mortalidade infantil, especialmente em famílias com poucos recursos e em locais com surtos de doenças infecciosas.
De acordo com os cientistas, a amamentação durante a noite também é uma adaptação dos bebês na estratégia de não permitir a nova gravidez. Mulheres que dão de mamar de madrugada têm um período de infertilidade maior.
- Noites de vigília aumentam na segunda metade do primeiro ano de vida infantil e são mais comuns em bebês alimentados com leite materno - disse David Haig, biólogo evolucionista e autor do estudo, ao “Daily Mail”. - A seleção natural é preservada ... o comportamento de crianças que suprimem a função ovariana das mães acontece pois elas se beneficiam com o atraso do próximo nascimento.
Haig afirma que, apesar de saberem os benefícios da amamentação, muitas mães desconhecem que o fato de dormirem pouco também pode ajudar:
- A fadiga materna pode ser vista como parte integrante da estratégia de uma criança para estender o intervalo entre nascimentos.
Segundo Siobhan Freegard, fundador de um dos maiores sites de paternidade da Inglaterra, é tudo um plano da Mãe Natureza.
- O espaçamento entre irmãos daria mais tempo para a mãe se recuperar do parto e também para a criança se tornar mais independente da amamentação, aumentando suas chances de sobrevivência. Por isso esta pesquisa faz todo o sentido - Analisou Freedard. - A última coisa que novas mães esgotadas querem é pensar em outra gravidez.

Pacientes que nasceram sem vagina ganham órgão feito com suas células

Vaginas artificiais foram implantadas em quatro garotas nos EUA.
Tratamento convencional envolve enxertos de tecido intestinal ou da pele.

Reuters
 Yuanyuan Zhang, professor do Instituto de Medicina Regenerativa Wake Forest, demonstra o processo de criação em laboratório de um órgão vagina com células das próprias pacientes  (Foto: Reuters/Wake Forest Institute for Regenerative Medicine) 
Pesquisador demonstra processo de criação em laboratório de vagina com células das próprias pacientes (Foto: Reuters/Wake Forest Institute for Regenerative Medicine)
Quatro jovens que nasceram sem vagina ou com vagina anormal receberam implantes de material cultivado em laboratório feito a partir de suas próprias células, no mais recente caso de sucesso para criação de órgãos de substituição, o que até agora inclui também traqueias, bexigas e uretras.
Testes de acompanhamento mostraram que as novas vaginas não se diferenciaram do próprio tecido das mulheres, e o tamanho dos órgãos aumentou à medida que as pacientes – que receberam os implantes na adolescência –  amadureceram.
Todas as jovens já são sexualmente ativas e relatam ter uma função vaginal normal. No momento das cirurgias, feitas entre junho de 2005 e outubro de 2008, elas tinham entre 13 e 18 anos de idade.
Duas das mulheres, que nasceram com útero funcional, mas sem vagina, agora também menstruam normalmente. Ainda não está claro se elas poderão ter filhos, mas o fato de estarem menstruando sugere que seus ovários estão funcionando direito – razão pela qual uma gravidez é possível, explicou o cirurgião urologista pediátrico Anthony Atala, diretor do Instituto de Medicina Regenerativa Wake Forest, na Carolina do Norte.
A façanha, que Atala e colegas mexicanos descrevem na revista britânica "The Lancet", é a mais recente demonstração do crescente campo da medicina regenerativa, uma disciplina em que se tira proveito do poder do corpo para regenerar e substituir células.
Yuanyuan Zhang, professor do Instituto de Medicina Regenerativa Wake Forest, trabalha na produção da vagina artificial (Foto: Reuters/Wake Forest Institute for Regenerative Medicine)Yuanyuan Zhang, professor do Instituto de Medicina
Regenerativa Wake Forest, trabalha na produção da
vagina artificial (Foto: Reuters/Wake Forest Institute
for Regenerative Medicine)
Em estudos anteriores, a equipe de Atala usou a técnica para fazer bexigas sobressalentes e tubos de urina ou uretra em meninos.
Segundo o médico, esse estudo-piloto é o primeiro a demonstrar que vaginas cultivadas em laboratório com as próprias células das pacientes podem ser usadas com sucesso em humanos, oferecendo uma nova opção para mulheres que precisam de cirurgias reconstrutivas.
Síndrome MRKH
Todas as participantes da pesquisa nasceram com a síndrome de Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser (MRKH), uma condição genética rara em que a vagina e o útero são subdesenvolvidos ou ausentes. O tratamento convencional envolve o uso de enxertos feitos de tecido intestinal ou da pele, mas essas duas opções têm inconvenientes, segundo Atala. Isso porque o tecido intestinal produz excesso de muco, o que pode causar odores. Já a pele convencional pode arrebentar.

O médico esclareceu que mulheres com essa condição geralmente procuram tratamento durante a puberdade. "Elas não podem menstruar, especialmente quando têm um defeito grave, quando não têm uma abertura", afirmou. Isso pode causar dor abdominal, com a presença de sangue menstrual no abdômen.

Saiba mais

Papa pede perdão por abusos cometidos por padres pedófilos

Pontífice ressaltou, no entanto, queeligiosos que erraram são minoria

AFP

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O papa Francisco pediu perdão nesta sexta-feira em nome da Igreja, pela primeira vez desde sua eleição ano passado, pelos abusos cometidos por padres pedófilos.

"Sinto-me na obrigação de assumir todo o mal cometido por alguns padres, um pequeno número em relação a todos os padres, e de pedir pessoalmente perdão pelo dano que causaram ao abusar sexualmente de crianças", declarou o pontífice ao receber representantes do Escritório Internacional Católico para a Infância (BICE) no Vaticano.

Seu antecessor, Bento XVI, havia pedido pessoalmente perdão pelos abusos, mas esta é a primeira vez que Francisco faz o pedido, apesar de ter denunciado o crime em diversas oportunidades.

"A Igreja é consciente deste mal. Não queremos recuar no que diz respeito a este problema e às sanções que devem ser adotadas".

"Penso que devem ser muito fortes! Não se brinca com as crianças", completou o papa.

Graça Foster presidenta da Petrobras falará ao Senado na terça-feira

Presidenta da Petrobras falará sobre a  compra da Refinaria de Passadena


A presidenta da Petrobras, Graça Foster, confirmou seu comparecimento na próxima terça-feira, 15, às 10 h, no Senado Federal para falar sobre  a compra  estatal do petróleo  que trata da compra da Refinaria de Pasadena (EUA) pela Petrobras .
Graça Foster comparecerá à audiência pública conjunta das comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e do Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle.
A presidente da Petrobras, Graça Foster, teria se oferecido para falar no Senado Foto: Nacho Doce / Reuters
A presidente da Petrobras, Graça Foster,
vai falar no Senado
Foto: Nacho Doce / Reuters

O presidente da CAE, senador Lindbergh Farias (PT-RJ), cuidou da organização da audiência, uma vez que Graça Foster, segundo ele, teria manifestado desejo de conversar com os senadores.  "Tomei a iniciativa de organizar a audiência depois de falar com a presidenta da Petrobras, que manifestou a vontade de conversar com aos senadores", informou o senador.

A audiência vai ocorrer exatamente no dia em que o plenário do Senado deverá decidir se será criada uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) mais ampla para investigar, além das denúncias envolvendo a Petrobras, denúncias sobre os metrôs de São Paulo e do Distrito Federal e relativas ao Porto de Suape (PE).

Também na terça-feira, deverão ser lidos, em sessão do Congresso Nacional, os dois pedidos de comissões parlamentares mistas de inquérito destinadas a investigar os mesmos fatos constantes das CPIs do Senado: Petrobras, metrôs e Porto de Suape. Em função das articulações da oposição para a criação de CPI para investigar a Petrobras, chegaram a ser canceladas audiências previstas com Graça Foster.

Alinhamento entre Terra, Sol e Marte antecipa 'fim do mundo'

Um evento cósmico raro é esperado para esta noite, antecedendo as 'quatro luas de sangue' que alguns acreditam ser presságio do fim do mundo

Para alguns fiéis, as luas de sangue são mais que um evento cósmico raro, mas sim, um presságio para o fim do mundo  Foto: Nasa / Divulgação
Para alguns fiéis, as luas de sangue são mais que um evento cósmico raro, mas sim, um presságio para o fim do mundo
Foto: Nasa / Divulgação
Marte, Terra e Sol vão se alinhar no Espaço na noite desta terça-feira, um evento conhecido também como “oposição de Marte” que só acontece uma vez a cada 778 dias. Porém, o que faz o acontecimento cósmico marcante é ele antecede as "luas de sangue", um fenômeno que poderá ser visto da terra na próxima semana e que é interpretado por muitos como um sinal bíblico do fim dos tempos. 
De acordo com a Nasa, a rara sequência de quatro eclipses lunares (as ”luas de sangue”) é conhecida como tétrade, e será seguida por seis luas cheias. O ciclo começa na semana que vem, no dia 15 de abril, e terminará apenas em 28 de setembro deste ano. 
Confira diferentes datas e teorias para o fim do mundo<a data-cke-saved-href="http://vidaeestilo.terra.com.br/horoscopo/fim-do-mundo/" href="http://vidaeestilo.terra.com.br/horoscopo/fim-do-mundo/">veja o infográfico</a>
Ainda segundo a Nasa, as quatro luas de sangue só foram vistas por três vezes em mais de 500 anos: a primeira vez na Idade Média, em 1493, quando os judeus foram expulsos pela Inquisição Católica na Espanha; a segunda, em 1949, quando o Estado de Israel foi estabelecido na Palestina, e a terceira em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias entre Árabes e Israelenses.
Para alguns fiéis, as luas de sangue significam mais que um evento cósmico raro: são um presságio para o “fim do mundo” e o retorno de Cristo à Terra para o Juízo Final. Na passagem bíblica do Livro de Joel, no Antigo Testamento, diz: “O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor” (Joel, 2:31). 
Fim do mundo: Formas que o mundo pode acabar
Terra

Rivotril é o medicamento mais receitado por médicos no país


Rivotril ultrapassa fármacos para hipertensão e diabetes em número de receitas


O Dia
Rio - Rivotril é o medicamento mais receitado no Brasil, e ultrapassa fármacos para tratar hipertensão e diabetes em número de prescrições. Além disso, no ranking dos 20 medicamentos mais indicados por médicos, há outros três relacionados à saúde mental. Especialistas alertam que o uso indiscriminado de ansiolíticos pode causar dependência e trazer efeitos colaterais ao paciente.
Os números são de pesquisa inédita da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos). Os medicamentos que constam no levantamento foram prescritos entre fevereiro de 2013 e o mesmo mês deste ano. Foram 1,38 milhão de prescrições do Rivotril. Atrás dele, estão Losartana Potássica, usada para hipertensão arterial (1,37 milhão), e o Glifage (metilformina), utilizado para tratamento de diabetes (1,13 milhão).

Segundo especialistas, ocorre no Brasil prescrição excessiva e, em alguns casos, sem necessidade
Foto:  Divulgação

Para a psiquiatra da Associação Brasileira de Psiquiatria Katia Mecler, ocorre, no país, prescrição excessiva e, em alguns casos, sem necessidade. Ela alerta que o Rivotril pertence a uma classe de medicamentos que pode causar dependência física e até crise de abstinência quando o uso é interrompido. “A pessoa pode desenvolver tolerância, igual ao álcool, e precisar de doses cada vez maiores”, explica. “Eu prescrevo Rivotril, mas é preciso critério”.
Segundo Katia, o fármaco é indicado a pacientes com casos acentuados de ansiedade, normalmente associados a sinais como sudorese, medo, angústia e tontura. Entre os efeitos colaterais, estão sonolência ao longo do dia. “Somente o médico pode prescrever. Não se deve aceitar ‘recomendação’ de amigos”, disse. Os outros medicamentos para tratar ansiedade ou depressão foram: Alprazolam, Clinazepam e Sertralina.

Rivotril, a Segunda Droga mais vendida no Brasil

Rivotril: por que o medicamento é o segundo mais vendido no país? [1]
Uma droga barata, mas de tarja preta, contra a ansiedade vende mais do que os tradicionais Tylenol e Hipoglós
Rivotril
Rivotril
Alguma coisa estranha deve estar acontecendo quando um remédio contra a ansiedade – tarja preta, vendido apenas com retenção de receita – se torna o segundo medicamento mais consumido no Brasil. Esse remédio é o velho Rivotril, que tem 35 anos de mercado, mas nos últimos cinco escalou rapidamente o ranking dos mais vendidos até chegar ao segundo lugar. Em 2008, os brasileiros compraram nas farmácias 14 milhões de caixinhas do ansiolítico (o campeão de vendas é o anticoncepcional Microvlar, com 20 milhões de unidades). O Rivotril bate remédios de uso corriqueiro, segundo o IMS Health, instituto que audita a indústria farmacêutica. Vende mais que a pomada contra assaduras Hipoglós, o analgésico Tylenol e outros produtos que os consumidores colocam na cestinha sem saber se algum dia vão usar.
O sucesso espetacular do Rivotril no Brasil não ocorre com outros medicamentos da mesma categoria. A classe dos tranquilizantes é a sétima mais vendida no país – vende menos que anticoncepcionais, analgésicos, antirreumáticos e outros tipos de remédio. A clara preferência pelo Rivotril é um fenômeno brasileiro, que não se repete em outros países.
A escalada desse ansiolítico na lista dos mais vendidos sugere que a população em sofrimento psíquico pode ser maior do que se imagina. Transtornos de ansiedade e depressão são comuns nas grandes cidades, castigadas pela violência, pelo trânsito e pelo desemprego. Mas a pesquisa São Paulo Megacity, uma parceria do Hospital das Clínicas de São Paulo com a Organização Mundial da Saúde, revela que cerca de 40% dos moradores da região metropolitana sofre de algum tipo de transtorno psiquiátrico. É um porcentual que os próprios psiquiatras consideram “assustador” – e que depõe frontalmente contra a imagem de “nação feliz” que os estrangeiros e nós mesmos, brasileiros, gostamos de cultuar.
O segundo problema que leva à indicação excessiva do Rivotril é a precariedade do atendimento de saúde brasileiro, sobretudo de saúde mental. Há falta de psiquiatras no país. Consequentemente, as pessoas não recebem diagnóstico correto e não têm tratamento adequado de seus problemas. Quando o paciente chega ao consultório com enxaqueca, gastrite ou qualquer outra queixa que possa ter alguma relação com ansiedade, frequentemente ganha uma receita de Rivotril. “Os médicos fazem isso porque o remédio é barato (a caixinha mais cara custa R$ 13), antigo e seguro”, diz Luiz Alberto Hetem, vice-presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria. “Mas ele pode mascarar quadros mais graves.” O ansiolítico acalma e atenua a ansiedade, mas os problemas subjacentes não são diagnosticados. “Grande parte das pessoas nem sequer sofre de ansiedade. A depressão é muito comum”, afirma a psiquiatra Mônica Magadouro. “Mas o atendimento é tão precário que nem se nota a diferença.”
O terceiro fator que contribui para a venda de Rivotril é o que o psicanalista Plínio Montagna chama de “glamorização do ato de medicar-se”. No passado havia preconceito contra os remédios psiquiátricos. Recentemente, houve uma guinada cultural e eles passaram a ser vistos como resposta a todos os problemas da existência. Os médicos (sobretudo os que não são psiquiatras) receitam remédios psiquiátricos com total desenvoltura. Da parte dos pacientes, também existe a expectativa de que isso aconteça.Todos têm pressa.
“Emoções normais e importantes para a mente, como tristeza ou ansiedade em situação de perigo, são eliminadas porque incomodam”, diz Montagna, que é presidente da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo. Questões existenciais são tratadas como sintomas médico-psiquiátricos, com a colaboração de “uma avassaladora quantidade de dólares” gastos em publicidade pela indústria farmacêutica. “É frequente eu receber para tratamento pacientes com dosagens excessivas de medicação ou coquetéis de diversas substâncias, sem que os aspectos psicológicos tenham sido levados em consideração”, afirma o psicanalista, que também é formado em psiquiatria.
Por trás da precariedade do sistema de saúde e do modismo da medicação, existe a crescente incapacidade das pessoas – e dos médicos – em conviver com um dos sentimentos mais enraizados da psique humana, a ansiedade. Ela está lá desde os primórdios do homem, associada a temores e ameaças indefiníveis. Embora desagradável, é um dos motores da existência. Faz parte da nossa constituição evolutiva. “Ela é um estado de alerta, um estímulo para produzir. O contrário da ansiedade é a apatia”, diz o psicanalista Eduardo Boralli Rocha. Totalmente diferente dessa ansiedade benigna é a combinação explosiva de urgência, competição e sentimento de exclusão que caracteriza o nosso tempo.
“As pessoas sentem que em algum lugar está havendo uma festa para a qual elas não foram convidadas e têm de correr atrás”, diz Boralli. Sigmund Freud, o criador da psicanálise, dizia que a ansiedade era o sintoma de algo que não estava bem resolvido interiormente. Ele diferenciava entre a ansiedade produzida por uma situação externa real e aquela imaginada ou brutalmente amplificada por nossos medos interiores. A primeira não deveria ser medicada, mas ela tornou-se tão presente, tão avassaladora, que é isso que tem sido feito, em larga escala.
Um exemplo está na coleção de propagandas de ansiolíticos acumulada pelo professor Elisaldo Carlini, coordenador do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) da Universidade Federal de São Paulo. São folhetos promocionais que os laboratórios deixam nos consultórios médicos. Um deles mostra uma mulher com um largo sorriso depois de tomar um remédio que corrigiu a ansiedade gerada por três bilhetes recebidos ao mesmo tempo: um do marido, avisando que chegará tarde para o jantar; outro do filho, dizendo que vai trazer o time de basquete para o lanche; e o terceiro da empregada, avisando que faltou ao trabalho porque foi a um posto de saúde. “Viver dá ansiedade, mas criou-se a cultura de que problemas cotidianos devem ser enfrentados com remédios”, diz Carlini. “As mulheres, principalmente, aprendem que precisam ser magrinhas e calminhas.”
Quando indicado segundo os melhores critérios, o Rivotril pode ser bastante útil no tratamento da ansiedade generalizada. O paciente vive angustiado, preocupado, nervoso. Dorme mal, não se concentra e se irrita por qualquer coisa. Sozinho, no entanto, o remédio não resolve o problema. O tratamento depende também do uso de outros recursos, como antidepressivos, psicoterapia e atividade física. O mesmo vale para o tratamento de outros transtornos, como síndrome do pânico, fobias e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Enquanto os antidepressivos demoram cerca de duas semanas para começar a agir, o Rivotril age rápido, assim como outros ansiolíticos (Lexotan, Valium, Frontal etc.). A função desses remédios é ser uma ponte temporária até o início da ação dos antidepressivos. Ou um apoio. A síndrome do pânico, por exemplo, é tratada com antidepressivos. Quando o paciente enfrenta situações que podem provocar recaídas, é comum que o médico recomende que tenha o Rivotril sempre à mão.
rivotril (2)
Esses remédios, no entanto, não devem ser usados por muito tempo e sem rigoroso acompanhamento médico. Eles podem causar dependência. Há pessoas que desenvolvem dependência em cinco anos. Outras se viciam em menos de 30 dias. Podem ocorrer crises de abstinência com a interrupção da droga. Os sintomas mais comuns são insônia, irritabilidade excessiva e tremores. Não há dose segura contra o vício. “Rivotril não deve ser remédio de uso contínuo. Deve ser reservado para as crises agudas e usado por no máximo seis semanas”, diz o psiquiatra Joel Rennó Jr., coordenador do Projeto de Saúde Mental da Mulher do Hospital das Clínicas, em São Paulo. Na prática, muitos pacientes recebem a receita de Rivotril e passam meses sem ser vistos por um médico. Quando voltam a consultar um profissional de qualquer especialidade, dizem que o anterior receitou o remédio e se sentiram bem. Acabam saindo do consultório com uma nova receita.
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A professora gaúcha Carmen Paula Pinto, de 40 anos, toma Rivotril há cinco, como parte do tratamento de transtorno bipolar. Reclama de efeitos colaterais como sonolência e boca seca. Mas o que mais a incomoda é o enfraquecimento da memória. “Quando leio um livro, muitas vezes tenho de voltar à mesma frase, ao mesmo parágrafo. Uma vez até cheguei a esquecer o que havia almoçado”, diz. Há três anos, decidiu parar de tomar o remédio por conta própria. Sentiu sintomas de abstinência, como tontura e falta de equilíbrio. Depois de alguns meses, decidiu voltar ao remédio. “Estou conformada em ter de depender do remédio por um bom tempo ou até para sempre.”
Carmen é acompanhada por um psiquiatra e compra o remédio de acordo com a orientação dele. Uma parcela dos consumidores chega ao remédio por meio de outros expedientes. “Muita gente consegue adquirir ansiolítico pela internet ou compra receitas em consultórios de quinta categoria”, afirma Rennó Jr. Em uma das pesquisas coordenadas por Elisaldo Carlini, do Cebrid, descobriu-se que um único médico fez mais de 7 mil prescrições de ansiolítico por ano. Houve casos também de falsificação dos receituários. As receitas que ficavam retidas nas farmácias continham o mesmo número de série ou o CRM de médicos mortos ou inexistentes. Formas ilícitas de acesso ao remédio alimentam o uso recreativo de Rivotril. Ele virou um clássico nas baladas entre jovens que o misturam com ecstasy ou álcool. Há várias comunidades no site de relacionamento Orkut criadas por usuários dessa combinação. O Rivotril potencializa a função do álcool. Em doses excessivas, a mistura pode levar ao coma. Há outro tipo de uso, associado ao ecstasy e à cocaína, drogas que deixam as pessoas ansiosas. Elas tomam Rivotril para tentar neutralizar esse efeito. Segundo os especialistas, não adianta.
Por trás do crescimento das vendas do Rivotril há uma história de marketing que merece ser contada. Até 1999, o remédio era promovido entre os médicos apenas como um anticonvulsivante. Era um mercado restrito. Nos últimos anos, surgiram estudos que comprovaram que ele funcionava contra a ansiedade. O fabricante passou a divulgar essa aplicação entre psiquiatras, cardiologistas, neurologistas, geriatras etc. “O sucesso do Rivotril é decorrência do aumento dos casos de transtornos psiquiátricos e do perfil único do nosso produto: ele é seguro, eficaz e muito barato”, diz Carlos Simões, gerente da área de produtos de neurociência e dermatologia da Roche. “E o baixo preço protege o produto.” O Rivotril é 600% mais barato que o seu principal concorrente, o Frontal, da Pfizer. Outra característica ajuda a explicar por que ele vende tanto. É o único de sua categoria disponível também na apresentação sublingual – gotas que agem rápido se colocadas embaixo da língua.
Na casa da aposentada Ecleide Moreira Rodrigues, de 60 anos, não pode faltar Rivotril. Ele é usado com duas finalidades distintas: o filho de Ecleide sofre de epilepsia e não fica sem o remédio. Há um ano, ela também virou adepta do medicamento. Não consegue dormir sem ele. Descobriu que a causa da insônia era estresse e depressão. Chegou a fazer psicoterapia e percebeu que passou a dormir melhor. Mas parou antes de receber alta. “Por relaxo”, diz ela. Em casos como o de Ecleide, a psicoterapia pode dar ótimos resultados. Mas não costuma ser um percurso fácil. Para vencer a ansiedade não basta recorrer a umas gotinhas de Rivotril a cada crise. É preciso reorganizar a vida.
A escalada do ansiolítico no Brasil
Em dez anos, o Rivotril galgou a lista dos campeões
1998
O Rivotril nem aparecia entre os dez mais vendidos
1 - Cataflam (analgésico e anti-inflamatório)
2 - Novalgina (analgésico e antitérmico)
3 - Hipoglós (pomada contra assaduras)
4 - Neosaldina (analgésico e antiespasmódico)
5 - Voltaren (antirreumático, anti-inflamatório e analgésico)
6 - Lexotan (ansiolítico)
7 - Redoxon (vitamina C)
8 - Buscopan Composto (antiespasmódico e analgésico)
9 - Sorine (descongestionante nasal)
10 - Vick Vaporub (unguento descongestionante)
2004
Ele conquista o sexto lugar no ranking
1 – Microvlar (anticoncepcional)
2 - Neosaldina (analgésico e antiespasmódico)
3 - Hipoglós (pomada contra assaduras)
4 - Buscopan Composto (antiespasmódico e analgésico)
5 - Novalgina (analgésico e antitérmico)
6 - RIVOTRIL (ansiolítico e anticonvulsivante)
7 - Tylenol (analgésico e antitérmico)
8 - Cataflam (analgésico e anti-inflamatório)
9 - Neovlar (anticoncepcional)
10 - Luftal (antigases)
2008
O Rivotril é o segundo mais vendido
1 - Microvlar (anticoncepcional)
2 - RIVOTRIL (ansiolítico e anticonvulsivante)
3 - Puran T4 (hormônio tireoidiano)
4 - Hipoglós (pomada contra assaduras)
5 - Neosaldina (analgésico e antiespasmódico)
6 - Buscopan Composto (antiespasmódico e analgésico)
7 - Salonpas (analgésico e anti-inflamatório)
8 - Tylenol (analgésico e antitérmico)
9 - Novalgina (analgésico e anti-inflamatório)
10 - Ciclo 21 (anticoncepcional )
Fonte: IMS Health
[1]CRISTIANE SEGATTO E IVAN MARTINS COLABORARAM DANILO SOARES E MARCELA BUSCATO
[http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI27270-15257,00-RIVOTRIL+POR+QUE+O+MEDICAMENTO+E+O+SEGUNDO+MAIS+VENDIDO+NO+PAIS.html]

Mulher joga sapato em Hillary Clinton durante discurso em Las Vegas

Mulher que atirou calçado não tinha convite para conferência.
Hillary desviou e brincou: 'Isso faz parte do Cirque du Soleil?'

Do G1, em São Paulo
Hillary Clinton escapa de sapato atirado da plateia de hotel em Las Vegas (Foto: Isaac Brekken/Getty Images/AFP)Hillary Clinton escapa de sapato atirado da plateia de hotel em Las Vegas (Foto: Isaac Brekken/Getty Images/AFP)
Uma mulher jogou um sapato contra a ex-secretária de Estado dos Estados Unidos Hillary Clinton nesta quinta-feira (10), enquanto ela fazia um discurso em um hotel em Las Vegas. Hillary desviou e continuou com seus comentários, segundo George Ogilvie, porta-voz do serviço secreto dos Estados Unidos. Veja ao lado o vídeo da agência AP.
Ogilvie disse que a mulher que jogou o sapato não tinha convite para participar da conferência no Hotel Mandalay Bay e estava sendo observada por agentes do serviço secreto e seguranças do hotel antes do incidente.
“Quando os agentes e seguranças do hotel a abordaram, ela jogou o sapato e foi imediatamente levada pelo Serviço Secreto e a segurança do hotel”, disse Ogilvie. As imagens do incidente mostram Hillary, de 66 anos, se esquivando de um objeto em cima do palco.
Segundo o jornal "Las Vegas Review-Journal", a ex-secretária brincou sobre o incidente ao continuar seu discurso para a plateia de mil pessoas, participantes de uma conferência sobre reciclagem de metal.
“Isso é alguém jogando alguma coisa em mim?”, perguntou, de acordo com o jornal. “Isso faz parte do Cirque du Soleil?”
O jornal afirma que Hillary disse “Meu Deus, não sabia que a gestão de resíduos sólidos fosse tão controversa”.
Hillary Clinton olha para a plateia de hotel em Las Vegas depois que mulher atira sapato em direção a ela (Foto: Isaac Brekken/Getty Images/AFP)Hillary Clinton olha para a plateia de hotel em Las Vegas depois que mulher atira sapato em direção a ela (Foto: Isaac Brekken/Getty Images/AFP)