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1.27.2015

90% da população sabem que falta d’água é culpa do governo Alckmin

 
Decididamente o governador tucano de São Paulo, Geraldo Alckmin, e seus estrategistas políticos, ao elaborarem a tática do silêncio absoluto sobre a crise da falta  d’água, não leram aquela máxima de Abraham Lincoln, segundo a qual “pode-se enganar a todos por algum tempo; pode-se enganar alguns por todo o tempo; mas não se pode enganar a todos todo o tempo”. Tática, aliás, que o Dr. Geraldo seguiu em toda a campanha eleitoral, tomou posse para ser governador do Estado pela 4ª vez e continua até agora sumindo e evitando entrevistas para não ter de admitir o racionamento.
Não adiantou nada, governador! Nada menos que  90% dos moradores da cidade de São Paulo culpa o governo do Estado – o seu governo, dr. Geraldo – e a Companhia de Saneamento Básico (SABESP) pela falta de água na capital e na região da Grande São Paulo. Não adiantou botar a culpa inicialmente em São Pedro e na seca.
Hoje, conforme atesta pesquisa, praticamente todo paulistano e morador dos mais de 40 municípios que compõem a área metropolitana da capital – 9 em cada 10 – sabe que a falta de água é responsabilidade do governo tucano do Estado. José Serra, agora senador eleito pelo PSDB no Estado, não adotou as providências recomendadas em 2009 quando ele era governador para a situação não chegar a esse ponto. Já Alckmin o sucedeu fingindo que não era com ele, não tomou conhecimento do problema.
Para 42% simplesmente faltou planejamento e situação chegou a esse ponto
O levantamento atestou que 90% dos moradores da capital e entorno sabem que a culpa pela crise é do governo do Estado. Ele está na 6ª edição da pesquisa Indicadores de Referência de Bem Estar no Município (IRBEM), feita pela Rede Nossa São Paulo e pela FECOMÉRCIO – ONG e entidade sobre as quais ninguém põe em dúvida a independência. Realizada entre os dias 24 de novembro e 8 de dezembro de 2014 com 1.512 pessoas residentes em São Paulo, a margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Tem mais: 42% dos entrevistados na pesquisa julgam que a escassez de água chegou a esse ponto por falta de planejamento do governo tucano. O levantamento da Rede Nossa São Paulo/FECOMÉRCIO mostra, ainda, que 8 em cada 10 paulistanos veem uma grande chance de acabar a água na cidade. Diante desse cenário assustador, 57% dos cidadãos afirmam que deixariam a capital paulista, se pudessem. É um índice que vem aumentando: na mesma pesquisa realizada no ano passado, o percentual de pessoas dispostas a deixar a capital paulista era de 55%.
Diante do cenário desolador, do medo que já toma conta da população e da falta de perspectivas, dada a inércia do governo tucano de Alckmin, o prefeito da capital paulista, Fernando Haddad, articula uma reunião entre prefeitos das cidades abastecidas pela SABESP na Grande São Paulo com o secretário estadual de Recursos Hídricos, Benedito Braga.
Haddad toma a frente e busca alternativas
Espera-se que no encontro surjam alternativas para combater a crise hídrica do Estado.  “Não tivemos oportunidade de sentar com o secretário e os prefeitos de cidades abastecidas pela SABESP para alinhar os esforços”, adiantou o prefeito paulistano em entrvista à Agência Brasil.
Também na 6ª feira pp o governo federal promoveu reunião entre oito ministros para tratar da iminente falta de água em São Paulo e em outros Estados. A ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente) saiu do encontro pedindo à população que adote imediatamente práticas de economia do consumo de água.

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