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1.30.2015

A Globo não ataca o Governo, ataca o Estado nacional


O noticiário da Globo é tendencioso. Ninguém que seja medianamente informado pensará diferente. Entretanto, não sei se as vítimas desse noticiário perceberam que no afã de denegrir o Governo, o que está perfeitamente dentro de suas prerrogativas de imprensa livre, a Tevê Globo, sobretudo nas pessoas dos comentaristas William Wack e Carlos Sardenberg, passaram a atacar o Estado brasileiro, o que sugere crime de lesa-pátria.

Por J. Carlos de Assis*


   
Não sei porque, mas acho que esse cara é mágico

O Jornal da Globo de terça-feira (27), ultrapassou todos os limites da manipulação no sentido de execrar com a Petrobras através de uma análise distorcida de fatos e estatísticas. Os dois comentaristas tomaram por base valor de mercado, comparando-o com dívidas, para sugerir que a empresa está quebrada. É puro charlatanismo, economia de botequim, violação das mais elementares regras de jornalismo sério.

Valor de mercado não mede valor de empresa; é simplesmente um indicador de solvência de ações num dia no ambiente ultra-especulativo de bolsas de valores. O que mede o valor real de uma empresa é seu patrimônio comparado com seu endividamento. As dívidas que a Petrobras contraiu para suas atividades produtivas, notadamente do pré-sal, são muitíssimo inferiores a seu patrimônio, no qual se incluem bilhões de barris medidos de óleo do pré-sal.

Evidentemente que os dois comentaristas da Globo torcem para que o petróleo fique por tempo indefinido abaixo dos 45 dólares para inviabilizar o pré-sal brasileiro. Esqueçam isso. É uma idiotice imaginar que a baixa do petróleo durará eternamente: a própria imprensa norte-americana deu conta de que os poços em desenvolvimento do óleo e do gás de xisto, os vilões dos preços baixos, tem um tempo de vida muito inferior ao que se pensava antes.

É claro que o preço baixo do petróleo tem um forte componente geopolítico a fim de debilitar, de uma tacada, a economia russa, a economia venezuelana e a economia iraniana – e muito especialmente a primeira. Mas o fato é que atinge também empresas americanas que entraram de cabeça no xisto, assim como países “aliados” que produzem petróleo. No caso do pré-sal, ele só se tornaria inviável no mercado internacional com o barril abaixo de 45 dólares.

Os ataques dos dois comentaristas da Globo à Petrobras têm endereço certo: é parte de uma campanha contra o modelo de partilha de produção do pré-sal sob controle único da Petrobras, contra a política de conteúdo nacional nas encomendas da empresa e contra a contratação das grandes construtoras brasileiras para os serviços de construção de plataformas e outras obras civis, principalmente de refinarias.

Esses três pontos foram assinalados no discurso de Dilma como inegociáveis. É uma decisão de Estado, não apenas de Governo. Sintomaticamente, os dois comentaristas da Globo sequer mencionaram esses pontos. Preferiram dar destaque maior ao noticiário pingado da Lava Jato, que, cá pra nós, já está ficando chato na medida em que não tem nada realmente novo, mas simples repetição à exaustão de denúncias anteriores.

P.S. Talvez os dois comentaristas teriam maior simpatia pela Petrobras se parassem para dar uma olhada nos anúncios televisivos sobre a performance vitoriosa da empresa, e que ela está pagando para serem exibidos na Globo, para mim de forma absurda e injustificável.
http://redeglobo.globo.com/

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    Demissões abrem temporada de medo no Jornalismo da Rede Globo

    Globo reconhece que está fazendo "demissões pontuais", mas o clima nas redações é de tensão

    Não é só os atos falhos durante transmissões ao vivo que estão sendo passíveis de demissões. Com desligamentos realizados em doses homeopáticas no setor, a emissora reconhece que está fazendo “demissões pontuais”, mas o clima nas redações é de tensão.
    De acordo com a colunista da Folha de S. Paulo Keila Jimenez, a emissora já teria inclusive enviado aos seus funcionários um boletim interno assinado pelo diretor-geral Carlos Henrique Schroder com o título de “Essência”. Nele, Schroder teria convidado os funcionários (isso inclui os jornalistas) a refletirem sobre o futuro da empresa, o que só colaborou para a atmosfera de medo.
    Recentemente, a emissora anunciou que irá cancelar as edições diárias do tradicional “Globo Rural” para dar lugar a um novo jornal, de edição nacional. Apesar de ter anunciado que os apresentadores do “Rural” serão realocados para o novo produto, os profissionais da casa seguem apreensivos, já que estariam acostumados com outro ritmo de trabalho (o “Globo Rural” é bem menos hard news que um jornal nacional, como foi anunciado, por exemplo).
    Motivos para medo não faltam. Figura conhecida de várias redações, o “passaralho” é o nome que os jornalistas dão para os momentos em que os jornais demitem grande parte de seus funcionários, geralmente por conta de dificuldades financeiras. A Globo tem feito isso aos poucos, com cerca de cinco profissionais demitidos nos últimos dias.
    Nota: Sugestão para demissão:  Bonner, Merdal, o cineasta fracassado Arnaldo Jabor, Mirian Leitão, Leilane, todos do Jornal da Globo, as meninas do Jô, os comentaristas políticos e de economia e mais alguns coxinhas puxa-sacos. 

Globo inicia demissões no jornalismo

O clima de insegurança e apreensão está instaurado na TV Globo. As demissões, que antes estavam restritas ao Projac, central de estúdios da emissora, acabam de chegar à sede do Jardim Botânico, onde fica o jornalismo. Esta semana, começaram os cortes na equipe técnica dos telejornais. O ‘RJTV Segunda Edição’, que, normalmente, trabalha com três operadores de câmera no estúdio de vidro, agora passa a ter apenas dois profissionais. A outra câmera passa a ficar fixa, sem a necessidade de um funcionário.
Na Globo News, está oficialmente extinto o cargo de auxiliar de câmeras nos estúdios de transmissão dos noticiários. A função do auxiliar é sinalizar ao apresentador todas as mudanças de câmera que acontecem durante a transmissão. As demissões partiram de Silvia Faria, diretora da Central Globo de Jornalismo, subordinada a Ali Kamel, diretor geral de Jornalismo e Esportes da Globo.
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"O Globo" faz cortes na redação, demite Artur Xexéo e outros jornalistas

Vanessa Gonçalves, Jéssica Oliveira e Lucas Carvalho* | 08/01/2015 15:15
Atualizado às 10h38 de 9/1/2015

Nesta quinta-feira (8/1), o jornal carioca O Globo realizou uma série de demissões. IMPRENSA apurou que 30 funcionários integram a lista de dispensas, incluindo repórteres, editores e colunistas.

Jornal realiza cortes na redação no início de 2015

Segundo o Jornal Opção, o número de demitidos na Infoglobo - empresa que administra os meios de comunicação do Grupo Globo - teria chegado a 160 pessoas. Ao menos 30 na redação, e o restante entre os setores administrativo e comercial.

Entre os demitidos estão Fernanda Escóssia, ex-editora de "País"; os colunistas Jorge Luiz ("Esporte"), Artur Xexéo ("Cultura") e Agostinho Vieira ("Meio Ambiente"); e a ex-editora de "Rio", Angelina Nunes. Esta última fez o anúncio em seu Facebook: "A partir de hoje não estou mais no Globo. Vou concluir o mestrado e me preparar para quando o Carnaval chegar", escreveu.

Estariam também entre os dispensados as repórteres Carla Alencastro, Isabela Bastos, Laura Antunes e Paula Autran, além dos diagramadores Claudio Rocha e Télio Navega. Fernanda Escóssia já havia sido "rebaixada" da função de editora em 2014 e foi demitida na última terça-feira (6/1).

Procurado, o diretor de redação do jornal, Ascânio Seleme, não foi encontrado para comentar o assunto. Já o Sindicato dos jornalistas do Rio de Janeiro publicou uma nota de repúdio às demissões na Infoglobo. "Hoje é um dia triste para o jornalismo brasileiro", escreveu.

"Otimização, revisão de processos, reestruturação. Eufemismos corporativos foram usados pela Infoglobo para justificar demissões em série de jornalistas de ‘O Globo’", acrescentou o sindicato, reproduzindo ainda a resposta do jornal.

"Ao Sindicato, a empresa negou que esteja em crise e tratou as demissões como uma ‘medida de otimização após a revisão de dos processos da empresa’. Essa revisão, ainda segundo a Infoglobo, ‘constatou que haviam diferentes unidades produzindo o mesmo tipo de trabalho’ e a necessidade de ‘um modelo de convergência’", afirmou o Sindicato.

A entidade afirma que tem uma reunião marcada com a empresa "para o início da semana que vem", e que pretende cobrar explicações. O Sindicato diz que seu setor jurídico analisa possíveis irregularidades cometidas pela empresa durante as demissões.

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