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1.14.2015

Economia no rumo Certo


Vendas no varejo crescem acima do esperado em novembro


Por Walter Brandimarte e Camila Moreira
RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) - As vendas no varejo brasileiro avançaram 0,9 por cento em novembro na comparação com outubro, acima do esperado e marcando o quarto mês seguido de alta.
Na comparação com um ano antes, as vendas varejistas avançaram 1 por cento,  informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os resultados ficaram acima das expectativas em pesquisa da Reuters, de alta de 0,2 por cento na comparação mensal e de recuo de 0,35 por cento na base anual.
O setor varejista brasileiro cresce mostrando a melhora da  confiança do consumidor.
 Houve uma série de fatores, como a retirada gradual de incentivos para alguns setores... houve  condições de crédito e um aumento na taxa de juros", afirmou o técnico do IBGE, Nilo Lopes, para quem o resultado de novembro pode ter sido ocasionado pela antecipação das compras de Natal.

Em outubro, as vendas haviam avançado 1,3 por cento sobre setembro e, na comparação com igual mês de 2013, 2,2 por cento.
"O rendimento médio das pessoas ocupadas ficou o ritmo equilibrado de crescimento", disse Lopes, acrescentando que a expectativa sobre mudança na política econômica "pode frear um pouco o consumo".
De acordo com o IBGE, cinco das oito atividades pesquisadas no varejo restrito tiveram alta mensal, sendo os destaques Livros, jornais, revistas e papelaria (+9,6 por cento) e Móveis e eletrodomésticos (+5,4 por cento).
Por outro lado, a atividade Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo --importante termômetro do consumo das famílias-- teve queda de 0,8 por cento, depois de ter subido 1,9 por cento em outubro.
Já na comparação com novembro de 2013, o IBGE destacou a alta de 9,3 por cento nas vendas do grupo Outros artigos de uso pessoal e doméstico, creditando o resultado às antecipações das compras de Natal.
O IBGE informou ainda que o volume de vendas no varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, subiu 1,2 por cento em novembro sobre o mês anterior, impulsionado pelo avanço de 5,5 por cento em Veículos e motos, partes e peças.
Para a economista-chefe da Rosenberg & Associados, Thais Marzola Zara, o resultado do varejo em novembro foi pontual e não deve se repetir em dezembro.
"Grande parte foi resultante das promoções, de uma certa antecipação do consumo. A tendência do varejo é continuar nessa desaceleração", disse ela, projetando alta das vendas varejistas em 2014 entre 2,0 e 2,5 por cento e de 1,0 por cento em 2015. Em 2013 o avanço foi de 4,3 por cento.

CENÁRIO DA ECONOMIA
As vendas varejistas em novembro se estabilizaram, com o recuo inesperado da produção industrial, mais um indicador que o desempenho do
Produto Interno Bruto (PIB) no quarto trimestre melhora.

Com um ritmo do varejo estável, mostra que a nova política econômica está no caminho certo, em relação a anos anteriores e que  deve se manter em 2015".

A projeção dele é de crescimento de 0,1 por cento do Produto Interno Bruto no quarto trimestre sobre os três meses anteriores, com a economia fechandoem tendência de alta.

A expectativa de economistas na pesquisa Focus do Banco Central é de expansão do PIB em 2014 de apenas 0,11 por cento, com crescimento neste ano de 0,4 por cento.

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