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1.08.2015

Pacientes obesos submetidos a cirurgia bariátrica vivem mais, aponta estudo




Do UOL, em São Paulo


  • Getty Images
Um estudo feito com pacientes submetidos a cirurgia bariátrica -- conhecida popularmente como "redução de estômago" -- mostrou que, em longo prazo, eles têm uma taxa de sobrevida maior em comparação a pacientes obesos que não passaram pelo procedimento.
A pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa em Saúde Coletiva, financiada pelo Serviço de Desenvolvimento e Pesquisa em Saúde, estudou pacientes atendidos pelo sistema de saúde Veterans Affairs, em Seattle (EUA). Os resultados foram divulgados nesta terça-feira (6) no Jama (The Journal of the American Medical Association).




Conheça alguns mitos e verdades sobre redução de estômago

Após a cirurgia ou inserção do balão intragástrico, o paciente pode comer de tudo, desde que em pequenas quantidades. PARCIALMENTE VERDADE: tudo é permitido com moderação e bom senso, segundo o cirurgião Marcelo Zidel Salem, do Núcleo de Transtornos Alimentares do Hospital Sírio-Libanês. Porém, como o objetivo é a perda de peso, deve-se dar preferência para os alimentos pouco calóricos Leia mais Thinkstock/Arte UOL
O estudo considerou as taxas de sobrevivência de 2.500 pacientes (74% deles homens) que se submeteram ao procedimento entre os anos 2000 e 2011 nos centros bariátricos do Veterans Affairs. Os dados foram comparados aos de 7.462 pacientes do grupo de controle que não foram submetidos à cirurgia. Os pacientes cirúrgicos tinham uma idade média de 52 anos e uma média de IMC (Índice de Massa Corporal) de 47; já os pacientes do grupo de controle tinham em média 53 anos e IMC médio de 46.
No final do estudo, que foi realizado por um período de 14 anos, foram registradas 263 mortes no grupo cirúrgico e 1.277 mortes no grupo de controle. Isso significa que as taxas de mortalidade estimadas para pacientes cirúrgicos foram de 2,4% em um ano, 6,4% em cinco anos e 13,8% em 10 anos. No caso dos pacientes do grupo de controle, as taxas foram de 1,7% em um ano; 10,4% em cinco anos e 23,9% em 10 anos.
A pesquisa salienta que a cirurgia bariátrica não estava associada às causas da morte dos pacientes que faleceram no primeiro ano, mas estava associada à taxa significativamente menor de mortes ocorridas entre o primeiro e o quinto ano e do quinto ao 14º ano de estudo.
No artigo, os autores afirmam que os resultados "fornecem evidências adicionais para a relação benéfica entre a cirurgia e a sobrevivência que já foram demonstradas em pessoas mais jovens e predominantemente do sexo feminino".
Além da redução de peso, a cirurgia bariátrica é associada à melhora (ou até ao desaparecimento) de doenças relacionadas à obesidade, elevando a qualidade de vida do paciente. 


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