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2.05.2015

Como manter o cérebro ativo e jovem


 Repare na foto: O olhar de felicidade, indagação e beleza.

Além de cultivar hábitos saudáveis para manter o corpo jovem, é preciso estimular o cérebro constantemente para evitar os incômodos do envelhecimento, como a perda de memória.


Exercitar o cérebro é essencial para mantê-lo jovem, ensinam pesquisadores

Chris Bueno

  • Thinkstock
    A atividade intelectual não se refere ao nível educacional, mas sim a atividade mental como um todo A atividade intelectual não se refere ao nível educacional, mas sim a atividade mental como um todo
Fazer caminhada, praticar exercícios habitualmente, ter uma dieta balanceada e até apelar para cosméticos ou cirurgia plástica. Muito se fala sobre como evitar o envelhecimento do corpo. Mas o cérebro, este complicado órgão que rege nossa vida, também envelhece e precisa de cuidados especiais e exercícios para se manter jovem e ativo.

O cérebro humano desempenha diversas funções: desde controlar a respiração até resolver um intrincado problema matemático. Ele também é responsável pela formação da personalidade e pelos sentimentos. Mesmo quando não percebemos, ele está trabalhando: durante uma caminhada, fazendo compras no supermercado, conversando e até sonhando.
E tudo devido a uma complicada rede de mais de 100 milhões de células nervosas. Por isso que, mesmo pesando pouco mais de um quilo, ele gasta 20% de toda a energia do corpo.

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Dicas para manter o cérebro jovem

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LAZER: atividades sociais e de lazer também são importantes. Fazer amizades e compartilhar experiências, assim como assistir um filme ou uma peça teatral, visitar museus e viajar para conhecer novos lugares são ótimos estímulos para o cérebro. "Ler, discutir sobre uma notícia ou filme, frequentar seminários, teatro, cinema, e contar essas experiências propiciam uma boa atividade intelectual", diz a neurologista Valéria Bahia Thinkstock
Mas, assim como todo o nosso organismo, o cérebro também envelhece. Com o passar dos anos, ele passa por uma série de alterações que afetam sua estrutura e suas funções. "O cérebro é um órgão bastante complexo. Com o envelhecimento, estudos com ressonância magnética evidenciaram a ocorrência de redução de seu volume, mas não de forma homogênea. Por outro lado, foram descritas, também, alterações funcionais que comprometeriam a comunicação entre os neurônios", aponta Gisela Tinone, neurologista da Divisão de Clínica Neurológica do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).

A partir dos 25 anos, os neurônios começam a diminuir e o cérebro a "encolher" (ele perde entre 5% e 10% do seu peso). Também ocorrem alterações bioquímicas como deficiência de serotonina, dopamina e glutamato. As consequências dessas alterações são perdas na função cognitiva, como falhas na memória (por exemplo, não se lembrar onde deixou as chaves), e uma certa dificuldade de aprender coisas novas.
"No envelhecimento normal, a maior parte dos idosos apresenta um leve declínio, ou então, uma certa lentificação no processo de planejamento, organização e memória", explica Valéria Bahia, neurologista do Hospital Samaritano de São Paulo.

Sempre jovem

Apesar de seu envelhecimento natural, é importante atentar que o cérebro é um órgão que possui uma alta plasticidade. Ou seja, ele tem uma grande capacidade de se modificar conforme sua interação com o ambiente. Se ele for estimulado e se mantiver ativo, essas alterações causadas pelo envelhecimento serão mínimas – até mesmo imperceptíveis.

O segredo para manter o cérebro jovem é exercitá-lo. Alguns pesquisadores afirmam que o melhor exercício para o cérebro é estudar (pesquisas chegam a apontar que pessoas com nível educacional mais alto apresentam sinais mais leves de envelhecimento cerebral). "No entanto, é importante ressaltar que atividade intelectual não se refere ao nível educacional, mas sim a atividade mental como um todo. É preciso ser ativo mentalmente", ressalta Bahia.
cérebro necessita ser exercitado para funcionar melhor. Assim como o nosso corpo precisa de ginástica para se manter pleno de energia.

Com o passar dos anos o nosso cérebro também vai perdendo a sua capacidade produtiva, e se não é treinado, começa a falhar.

O neurocientista norte-americano Larry Katz, autor do livro "Mantenha o seu cérebro vivo" (editado em Portugal pela Pergaminho), criou a chamada ginástica neuróbica, que se trata, basicamente, de uma série de exercícios especiais para o cérebro, que devemos incluir nas nossas rotinas diárias.

A teoria de Katz basea.se no argumento de que, tal como o corpo necessita de exercícios para se desenvolver em plena forma e equilibrada, a mente também necessita de ser exercitada e estimulada.

É comum, por exemplo, que certas rotinas sejam levadas a cabo de forma mecânica, e até inconsciente.

O objetivo da neuróbica é o de estimular os cinco sentidos com exercícios, obrigando-nos a prestar mais atenção às ações que levamos a cabo no nosso dia-a-dia, o qual melhora o nosso poder de atenção e memória.

Não se trata de acrescentar novas atividades à sua rotina diária, mas sim de as fazer de forma diferente.

O neurólogo Ivan Okamotor, da Universidade Federal de São Paulo, Brasil, explica-nos que os exercícios neuróbicos ajudam a desenvolver habilidades motoras e mentais que não possuímos no nosso quotidiano, se bem que estas não se relacionam com a memória.

"Se você for destro e começa a escrever com a mão esquerda, desenvolverá a capacidade de escrever com as duas mãos, e se um dia sofre um acidente com a mão direta, a esquerda estará capacitada para substitui-la. Claro que isso implicará que esse exercício o livre de se esquecer de pagar a conta da eletricidade e tomar o seu medicamento a meio da tarde", disse Okamoto ao site Yahoo News.

Então, como funciona a ginástica neuróbica?

A neuróbica consiste na inversão da ordem de alguns movimentos comuns nas nossas rotinas diárias, ela altera a nossa perceção sem, no entanto, alterar as rotinas.
O objetivo é executar de forma consciente as ações que geram reações emocionais e cerebrais.
Os exercícios incluem desde ler um livro ao contrário, por exemplo, até cumprimentar aquele vizinho no elevador a que quem nunca dirigiu a palavra. Estes hábitos ajudam a estimular a produção de nutrientes no cérebro, desenvolvendo as suas células e tornando-o mais saudável.
Quando mais exercitado seja o cérebro, mais afinado estará, se bem que não terá de passar por testes de coeficiente intelectual ou resolver um crucigrama em dez minutos para o provar.
A proposta da neuróbica é mudar as rotinas para "forçar" a memória. Por isso, é recomendável virar ao contrário os seus porta-retratos para estar atento, ou mudar a sua rota de viagem para o seu emprego, etc.


Conheça agora 20 exercícios de neuróbica:




1 - Use o relógio de pulso no braço contrário. 2 - Percorra a sua casa caminhando ao contrário, ou seja, para trás. 3 - Vista a sua roupa com os olhos fechados. 4 - Estimule o seu paladar provando comidas diferentes. 5 - Leia ou veja fotos ao contrário, concentrando-se nos detalhes que nunca tinha reparado. 6 - Coloque o seu relógio em frente do seu espelho para ver as horas ao contrário. 7 - Mude o rato do seu computador para o outro lado da mesa. 8 - Escreva ou laves os dentes usando a sua mão esquerda, ou direita, no caso de ser canhoto. 9 - Mude o seu caminho para o emprego, indo por um trajeto diferente do habitual. 10 - Introduza pequenas mudanças na sua vida, transformando-os em desafios para o seu cérebro. 11 - Folheie uma revista e procure uma foto que lhe chame a atenção. De imediato, pense em 25 adjetivos que creia descrever a imagem ou tema fotografado. 12 - Quando almoça ou janta num restaurante, tente identificar os ingredientes que compõem o seu prato, e concentre-se nos sabores mais subtis. 13 - Ao entrar numa sala com muitas pessoas, tente calcular quantas estão do seu lado esquerdo e quantas do lado direito. Fixe-se nos detalhes da decoração e enumere-os com os olhos fechados. 14 - Selecione uma frase de um livro e tente formar uma frase diferente formando as mesmas palavras. 15 - Experimente jogar um jogo ou alguma atividade que nunca tenha praticado. 16 - Compre um puzzle e tente encaixar todas as peças corretas o mais rápido que conseguir, cronometrando o tempo. Repita o exercício para ver o seu progresso quanto à velocidade. 17 - Memorize a sua lista de compras no supermercado. 18 - Consulte o dicionário e aprenda uma palavra nova todos os dias, e tente usá-la nas suas conversações diárias. 19 - Escute as notícias da rádio ou televisão, assim que acorda, e mais tarde faça uma lista com as mais importantes. 20 - A ler uma palavra, pense em outras cinco que comecem com a mesma letra.
Para manter a memória sempre alerta há que prestar atenção à qualidade de vida. O neurólogo Ivan Okamoto sugere-nos um estilo de vida mais tranquilo, com uma alimentação equilibrada, sem vícios e com a prática regular de exercícios físicos.
"A memória forma parte da nossa saúde, por isso é importante evitar o tabaco e o excesso de bebidas alcoólicas, fazer desporto e manter uma dieta equilibrada. Manter a atividade mental, seja trabalhando ou participando em alguma atividade de grupo, ajuda a elevar a autoestima e exercitar a memória a todo o vapor." conclui o especialista.

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