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2.26.2015

Inglaterra é o primeiro país a permitir bebês com DNA de três pessoas

Técnica visa impedir a transmissão de genes defeituosos

O DIA
Londres - A Inglaterra se tornou o primeiro país do mundo a permitir a 
de embriões humanos a partir do DNA de três pessoas. Essa técnica é 
utilizada para evitar que doenças degenerativas hereditárias sejam 
transmitidas pelas mães aos bebês. Os testes em humanos têm previsão
 de começar em outubro, com o primeiro nascimento proveniente da inciativa
 inédita ocorrendo em meados de 2016.
O alvo do procedimento é uma parcela pequena de mulheres que têm
 mitocôndrias (fontes de energia celular) problemáticas, o que significa 
o corpo possui pouca energia para manter o coração batendo ou o 
cérebro funcionando.
No procedimento, o DNA do óvulo da mãe é extraído e inserido no 
óvulo de uma doadora, de mitocôndria saudável. Desta forma, 
o material genético do bebê gerado é composto pelo do pai, mãe 
e uma doadora, sendo que desta última o bebê só recebe 0,1 % do DNA.

Primeiro nascimento de inciativa inédita deve ocorrer em meados de 2016
Foto:  EFE

Segundo a mídia internacional, 150 casais seriam candidatos 
ao procedimento por ano. Problemas nas mitocôndrias podem 
ser causados por genes defeituosos, efeitos ambientais, ou uma 
combinação dos dois. A controversa técnica foi aprovada nesta
terça-feira pela Casa dos Lordes após passar pela Câmara dos Comuns. 
Defeitos mitocondriais podem provocar falha no funcionamento do coração,
 distrofia muscular, rins e fígado.
O grupo Human Gentics Alert declarou que no futuro a ação pode abrir 
espaço para modificações genéticas em crianças. Tais modificações 
foram chamadas de "bebês design", com modificações genéticas para
beleza e inteligência ou ficarem livres de doenças. As igrejas Católica
 e Anglicana da Inglaterra também se manifestaram e afirmaram ser 
contra o procedimento, alegando que não é "seguro" ou "ético".

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