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3.07.2015

Alérgicos têm vacina especial na rede pública de saúde

Governo disponibiliza tríplice viral que não faz mal a crianças com reação à proteína do leite

O DIA
Rio - Crianças com alergia à proteína do leite de vaca já podem tomar a vacina tríplice viral na rede pública. Estão disponíveis doses sem a substância lactoalbumina hidrolisada, responsável por reações adversas nos pequenos alérgicos. Os responsáveis que procurarem as unidades de saúde devem obrigatoriamente informar aos funcionários sobre o problema da criança. 

Vacina protege contra sarampo, caxumba e rubéola. Pais têm que informar se filhos são alérgicos a leite
Foto:  Divulgação

Cada município tem um esquema. Na capital, os postos de saúde poderão encaminhar casos específicos para o Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais, no Hospital Municipal Rocha Maia, em Botafogo.
Presidente da Associação Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabela Ballalai explica que a restrição vale apenas para pessoas com alergia à proteína do leite e não se aplica, por exemplo, àquelas com intolerância à lactose. Por isso é preciso uma avaliação caso a caso. “A criança que realmente tem alergia ao leite, diagnosticada pelo médico, pode sofrer choque anafilático se receber a dose com lactoalbumina”, explica. 
Os episódios de efeitos colaterais vieram à tona no fim do ano, e o Ministério da Saúde chegou a recomendar que os alérgicos atrasassem a imunização. O problema aconteceu porque o governo adquiriu doses do laboratório indiano Serum Institutte of India, o único que utiliza a lactoalbumina na composição, e as distribuiu pelas unidades do país. 
As vacinas produzidas pelos demais laboratórios são seguras aos alérgicos e podem ser aplicadas. Ballalai acrescenta que foram as reações dos pequenos que mostraram a presença da substância na vacina indiana — não havia a informação na bula.
Ainda segundo a especialista, atrasar a primeira ou a segunda dose não compromete a imunização dos pequenos alérgicos. A vacina protege contra sarampo, caxumba e rubéola e é voltada a crianças entre 1 ano e 5 anos incompletos. São recomendadas duas doses. Em fevereiro, o ministério enviou aos estados mais de 357 mil doses seguras aos alérgicos, fabricadas pela Fiocruz. A capital conta com 18 mil unidades do Sanofi Pasteur

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