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3.23.2015

Com duração de 42 horas, insulina que dispensa horário fixo para aplicação chega ao Brasil

Medicamento está aprovado para portadores de diabetes 

tipo 1 e 2 acima de 18 anos



Nem todos os diabéticos utilizam insulina para controlar a doença, 
mas o grupo que precisa do hormônio para sobreviver sabe que é 
importante aplicar o medicamento na hora certa. A boa notícia é 
que já está disponível no mercado brasileiro uma insulina com 
duração de até 42 horas e sem necessidade de horário fixo para a 
aplicação da dose.
Comercializada pela farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk com 
o nome de Tresiba (degludeca), a insulina basal de ação ultralonga 
tem efeito plano e estável, ou seja, sem picos glicêmicos e promete 
facilitar a adesão ao tratamento, diz o endocrinologista 
Freddy Eliaschewitz, diretor do CPClin (Centro de Pesquisas Clínicas), 
de São Paulo.
― Depois do antibiótico, a insulina é o que mais salvou vidas na 
história da humanidade. No ano 2000, com o lançamento dos 
análogos de insulina de ação lenta, o controle do diabetes 
melhorou muito, mas não o suficiente. Com a chegada de uma 
insulina com maior tempo de duração, esperamos melhorar a 
qualidade de vida e proporcionar mais flexibilidade ao paciente.
Atualmente, o mercado brasileiro comercializa insulina com o 
máximo de tempo de duração de 24 horas. Embora a aplicação de 
Tresiba precise ser diária, como todas que existem hoje em dia, 
a vantagem é poder escolher o horário para tomar a dose,
 “sem a necessidade de ajustar o seu dia em função do 
medicamento”, enfatiza Eliaschewitz.
― É importante lembrar que o papel da insulina basal 
[ação lenta e ultralonga] é diferente da insulina de ação rápida.
 Enquanto a primeira controla a taxa de glicose produzida pelo 
fígado ao longo do dia, a outra é usada antes das refeições.
Outro benefício do novo produto é a redução dos episódios 
de hipoglicemia, especialmente noturna, comuns nos pacientes 
com diabetes que usam insulina, avisa o endocrinologista 
Antônio Roberto Chacra, chefe do Centro de Diabetes da
 Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
― A hipoglicemia é uma das principais barreiras para o paciente 
aderir à insulinoterapia. Além disso, ele associa o uso do 
medicamento ao agravamento do quadro, quando na realidade 
é uma forma de controlar melhor a doença.
A hipoglicemia é a queda da taxa de açúcar no sangue, 
sendo que os sintomas do quadro costumam aparecer 
quando essa taxa está abaixo de 70 mg/dl. Entre os sinais 
do quadro, Chacra cita “tremor, taquicardia, sensação 
de fome, sudorese, tontura e até coma”.
― Para reverter a situação, a recomendação é que o paciente
 consuma açúcar, como um copo de suco de laranja, 
bala, refrigerante normal ou algum alimento doce.
A insulina Tresiba já está disponível em todo o Brasil 
pelo preço sugerido de R$ 120. Por enquanto, a Anvisa
 (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ainda não
 autorizou o uso em crianças e grávidas.
Fonte: R7 Notícias

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