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3.10.2015

Tentativa de golpe da oposição


Dilma Rousseff comentou, em entrevista coletiva após a sanção da lei do feminicídio, os pedidos de impeachment registrados nas redes sociais durante o pronunciamento do DiaInternacional da Mulher. Segundo a presidenta, os protestos são naturais, ...

A presidenta da República, Dilma Rousseff (PT), disse, nesta segunda-feira (9), que é preciso ter "razões para um impeachment" que não sejam um "terceiro turno". A petista disse ainda que um "terceiro turno das eleições" não pode ser aceito "a não ser que você queira uma ruptura democrática".
"Eu acho que há que se caracterizar razões para um impeachment, e não um terceiro turno das eleições", disse a presidente durante ato que marcou a sanção da Lei do Feminicídio, em Brasília.
No último domingo (8), "panelaços" praticados por elementos que fazem oposição à Dilma, durante o pronunciamento feito pela presidenta Dilma Rousseff em rede nacional de rádio e TV. Manifestações pelo impeachment de Dilma foram ouvidas em algumas cidades brasileiras onde o Aécio teve vantagem nos votos.
Dilma disse que as manifestações contra o seu governo são normais, mas criticou o que seria uma tentativa de editar um "terceiro turno das eleições".
"O que não é possível no Brasil  pessoas não aceitar a regra do jogo democrático. A eleição acabou. Houve o primeiro e houve o segundo turno. O terceiro turno das eleições, para qualquer cidadão brasileiro (...) não pode ocorrer a não ser que você queira uma ruptura democrática", porque aí é GOLPE afirmou a presidenta.
As declarações da presidente são a segunda manifestação do governo após o "panelaço" do último domingo (8). Na manhã desta segunda-feira (9), o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, disse que as manifestações ocorridas no último domingo foram normais e que ocorreram em locais onde o PT havia perdido as eleições presidenciais em 2014.
Mercadante, no entanto, pediu que se respeitasse o resultado das eleições. "No Brasil só tem dois turnos. Não tem terceiro turno (...) Nós vencemos as eleições pela quarta vez e isso precisa ser reconhecido", afirmou o ministro.

Manifestações -  Dia 13:(A favor da democracia  e dia 15 de março: contra o direito democrático das urnas)


A presidenta disse que não é possível controlar a convocação de manifestações contra o seu governo.
"A manifestação vai ter as características que tiver seus convocadores, mas ela em si, não representa nem a legalidade e nem legitimidade de pedidos que rompem a democracia", afirmou a presidenta.
Ainda falando sobre as manifestações contra seu governo, Dilma disse não acreditar que a população seria a favor do "quanto pior melhor". "Não acredito que os brasileiros são a favor do quanto pior melhor. Os que são a favor do quanto pior melhor não têm compromisso com o país", disse a presidenta.
Ao falar sobre os ajustes fiscais comandados por sua equipe econômica e defendidos por ela durante pronunciamento do último domingo (8), Dilma disse que eles serão momentâneos.
"O que queria deixar claro é que o Brasil não está vivendo hoje aquele momento do passado, em que ele quebrava (...) ele está passando por um ajuste (...)  É um ajuste momentâneo e caminha em direção à retomada do crescimento econômico", disse a presidente.


Lei do Feminicídio

A Lei do Feminicídio classifica o assassinatos de mulheres como crimes hediondos se ficar comprovado que o crime tenha relação com violência doméstica ou com discriminação contra gênero.
Com penas que vão de 12 a 30 anos de reclusão,a lei ainda prevê o aumento da punição em um terço se o assassinato acontecer durante a gestação da vítima ou nos três meses após ela ter dado à luz. A pena também é aumentada se a vítima for menor de 14 anos de idade ou tiver mais de 60. 
Na solenidade Dilma fez um discurso em defesa dos direitos e do protagonismo das mulheres.
Ao citar outros tipos de discriminação, como a racial e a contra homossexuais, Dilma disse que os casos de violência contra qualquer minoria têm origem na intolerância e preconceito das pessoas, e pediu a colaboração de todos no combate à violência.
"Eu proponho que todas as mulheres desmintam o velho ditado de que em briga de marido e mulher não se mete a colher. Nós achamos que se mete a colher sim, principalmente se resultar em assassinato", defendeu a presidenta, acrescentando que parentes e amigos não devem se omitir em situações como essa.

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