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4.10.2015

Cuba e EUA e restabelecendo as relações diplomáticas bilaterais

VAMOS TODOS PRA CUBA!!!

Kerry e chanceler cubano mantêm reunião histórica no Panamá

Último encontro entre chefes da diplomacia ocorreu em setembro de 1958.
Reunião precede encontro de Barack Obama e Raúl Castro.

Da France Presse
Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodriguez, e seus assessores em reunião no Panamá. (Foto: Departamento de Estado dos EUA / via Reuters)Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodriguez, e seus assessores em reunião no Panamá. (Foto: Departamento de Estado dos EUA / via Reuters)
O secretário americano de Estado dos EUA, John Kerry, se reuniu na noite desta quinta-feira (9) com o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, no Panamá, na véspera do início da VII Cúpula das Américas.
O departamento de Estado publicou em sua conta no Twitter uma foto de Kerry e Rodríguez apertando as mãos. Este foi o encontro de mais alto nível diplomático entre Estados Unidos eCuba em meio século.
Após o encontro, um alto funcionário do Departamento de Estado disse que houve progressso nas negociações. "O secretário Kerry e o chanceler cubano (Bruno) Rodríguez tiveram uma discussão longa e muito construtiva esta noite. Os dois concordaram que fizeram progressos e que vamos continuar a trabalhar para resolver as questões pendentes", afirmou.
O encontro anterior entre os chefes da diplomacia de Washington e Havana remontava a setembro de 1958, lembraram funcionários americanos.
A reunião precede o encontro que os presidentes de EUA e Cuba, Barack Obama e Raúl Castro, terão nesta sexta (10), durante a Cúpula das Américas.
Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, cumprimenta o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodriguez, na Cidade do Panamá. (Foto: Departamento de Estado dos EUA / via Reuters)Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, cumprimenta o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodriguez, na Cidade do Panamá. (Foto: Departamento de Estado dos EUA / via Reuters)










O encontro histórico ocorre cerca de quatro meses após Washington e Havana anunciarem os primeiros passos para restabelecer as relações diplomáticas bilaterais, rompidas há meio século.
Mais cedo nesta quinta, o departamento de Estado recomendou a retirada de Cuba da lista de países que supostamente financiam o terrorismo, um dos passos necessários para a normalização diplomática bilateral.
"A recomendação do Departamento de Estado de remover Cuba da lista de Estados que patrocinam o terrorismo, resultado de meses de uma revisão técnica, é um importante avanço em nossos esforços para construir uma relação mais frutífera", afirmou o senador Ben Cardin, membro do comitê de Relações Exteriores da Câmara.
Ao anunciar, em 17 de dezembro passado, o início da aproximação com Havana, Obama tinha pedido ao departamento de Estado que revisasse a presença de Cuba na lista, segundo a legislação vigente.
Cuba integra a lista, que inclui ainda Irã, Síria e Sudão, desde 1982.
EUA e Cuba iniciaram uma agenda de aproximação, mas Havana deixou claro que considera prioritário que o país seja retirado da lista para que avancem as negociações sobre o restabelecimento das relações diplomáticas e a reabertura de embaixadas.
Um dos objetivos imediatos da agenda de aproximação é o restabelecimento dos laços diplomáticos e a abertura das embaixadas. No momento, Havana e Washington têm Seções de Interesses, um status diplomático excepcional que os dois países mantêm nas duas capitais desde 1977, sob os auspícios da Suíça.Em visita à Jamaica, Obama destacou que o processo de negociações "levará tempo". "Nunca previ que tudo pudesse mudar do dia para a noite". Mas o presidente também avisou que irá para a cúpula com "uma mensagem de diálogo".
Entre os pontos de maior polêmica estão as indenizações para as empresas americanas nacionalizadas após a Revolução Cubana nos anos 60; e a exigência de Havana de uma compensação pelas perdas provocadas pelo embargo comercial imposto por Washington à Ilha a partir de 1962, que segundo o governo teria provocado um prejuízo de US$ 116 bilhões.
Havana também quer a devolução da base naval de Guantánamo, no extremo leste da Ilha, que os EUA ocupam desde 1903, mas este é um tema tabu para Washington, especialmente porque Obama ainda precisa fechar o centro de detenção que funciona na base, onde permanecem mais de 100 prisioneiros da "guerra contra o terror".
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