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4.08.2015

Deming,,Juran e a Qualidade

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O gerenciamento do capital humano num programa de qualidade segundo Deming (1990)
  1. A participação dos funcionários nas decisões operacionais, no planejamento, na definição de metas e no acompanhamento do desempenho. Os operários são estimulados a fazer sugestões  e assumem grau de responsabilidade relativamente elevado pela performance global;
  2. O trabalho em equipe é fundamental na empresa como um todo. O objetivo de uma equipe é o de melhorar as entradas e as saídas de qualquer estágio. Uma equipe pode muito bem ser  composta de pessoas de diferentes setores da empresa. Uma equipe tem um cliente que pode ser externo e interno. Todos os  membros de uma equipe têm a oportunidade de contribuir com idéias, planos e números, mas qualquer um deve  esperar ver algumas de suas melhores idéias submergirem em face do consenso da equipe. Poderá ter nova  oportunidade, em outra retomada do ciclo.
  3. Valorização do trabalhador, fazendo este orgulhar-se do trabalho que realiza. A realização profissional proporciona a mão de obra a oportunidade de trabalhar com satisfação e empenho.
  4. O Estado de confiabilidade entre mão de obra e administração gera  comprometimento e envolvimento de todos, traduzidos em prazer e satisfação para o bem da empresa.
  5. O líder deve ter papel de colega aconselhando e conduzindo as pessoas no dia a dia, aprendendo com e junto delas.
  6. O comprometimento com a qualidade e a coerência dos atos gerenciais traduzem o sucesso das atividades empresariais.
  7. A melhoria da qualidade e produtividade é um processo que sofre aperfeiçoamento contínuo.
  8. A absorção de uma dificuldade econômica repentina pela empresa deverá ter  o sacrifício de todos. Os cortes deverão ser feitos de cima para baixo na hierarquia das funções.
  9. O controle estatístico da qualidade é fundamental pois detecta a causa que gerou o erro, podendo assim criar-se um sistema que minimize erros futuros. Um homem que ainda não atingiu o controle  estatístico de seu trabalho, mais treinamento lhe será útil.
  10. As inspeções não devem ser excessivas. Inspeções mal feitas provocam:  frustração dos operários, interpretação errada de pontos de gráfico de controle e produtos defeituosos entregues ao  consumidor.
  11. A comunicação deve ser clara e fluir naturalmente, pois esta é  fundamental para o relacionamento humano.
  12. Proporcionar treinamento a todos.
O Que é Gerenciar para Deming

Na abordagem da Qualidade a palavra mais importante chama-se “gerenciar”, pois é aí que o milagre acontece. Para gerenciar, é preciso liderar. Para liderar é preciso  ter capacidade técnica e conhecimento do comportamento humano e ter seguidores na opinião de Peter Drucker. É mais fácil um administrador preocupar-se com os produtos, falhas, itens defeituosos, estoque, vendas, lucros do que priorizar o atendimento as necessidades humanas. Sem conhecimento do comportamento humano o ato de gerenciar constitui uma administração pelo medo na visão ousada de Deming.

Deming observa que o desempenho de qualquer pessoa é o resultado da combinação de muitas forças: a pessoa, as pessoas com as quais trabalha, o cargo, o material com que trabalha, seu equipamento,
seu cliente, seu administrador, sua chefia e as condições ambientais. Todos
estes fatores dependem totalmente da ação do sistema e não das próprias pessoas. Assim sendo as pessoas são frutos do ambiente que convivem e se auto - realizarão se assim o ambiente lhe permitir, através da ação administrativa.


O Método Juran
Joseph Juran foi o segundo revolucionário da qualidade e seu livro Quality
Control Handbook,
publicado em 1951, tornou – se a bíblia da qualidade nos Estados Unidos, Japão e no mundo. Foi ainda codesenvolvedor
do primeiro controle estatístico de processo ao lado de seu mestre Walter
Shewhart que foi discípulo de Clarence Ervin Lews o criado da “Teoria Pragmática do Conhecimento” que construiu a arquitetura critica e visionária para os gurus da Qualidade pudessem ver o óbvio sem perder a noção do saber W. Shewhart, tendo ficado conhecido por ensinar o Princípio de Pareto
e as cartas controles (Caravantes(1997), Brocka & Brocka (1994)).


Juran acredita que o conceito de Qualidade tem mudado, e que o mundo
ocidental precisa aprender a adotar os princípios da Qualidade japonesa. Para que possa ocorrer é necessário três pontos:
1-Um programa anual, bem estruturado, visando ao aprimoramento da Qualidade dos produtos:pode permitir resultados rápidos. Inclui o desenvolvimento de um senso de responsabilidade para
participação ativa , de habilidades especificas para esse aprimoramento e
criar o hábito do aprimoramento anual.
2- Um sólido programa de treinamento para a qualidade. A ciência da Qualidade inclui os métodos, ferramentas e técnicas usados para manter a função da Qualidade. 

3-.Alto nível de motivação, medição e avaliação dos resultados e
compromisso com a Qualidade durante todo o tempo na empresa.
A responsabilidade dos itens acima são da alta direção da empresa. Juran não acredita no Programa Zero Defeito proposto por Crosby. Juran defende que deve ser gasto um tempo suficiente para que todos
entendem o compromisso com a Qualidade em todos os níveis da organização.


A sua fundamentação teórica é conhecida como A Trilogia de Juran:
1- Controle da Qualidade;
2- Aprimoramento da Qualidade e
3- Planejamento da Qualidade.


O trabalho em equipe é um trabalho de grupo com alto desempenho, onde seu
potencial geralmente é grande e precisa ser bem administrado, pois necessita
obter uma participação mais objetiva, alcançando altos estágios de desempenho ou seja, ultrapassando os modos tradicionais.
Sendo assim é necessário que haja:

  • Desafios
  • Coesão
  • Comprometimento
  • Responsabilidade
  • Estímulos
  • Motivação
As diversas habilidades de seus componentes devem ser usadas da melhor forma possível, apesar da visão diferenciada que cada um, possui, pois só assim poderemos colher frutos neste novo cenário. A falta de coordenação pode levar a conflitos, à duplicidade de função e à ineficiência, ou seja, a organização precisa preparar-se para os Times de trabalho.

Portanto é necessário identificar pontos que podem bloquear ações criativas,
trabalhos em equipe, e desmistificar a competitividade. Para isso torna-se
importante uma comunicação adequada e uma liderança eficaz. E como será que está a equipe de funcionários dentro da sua empresa? e seus líderes? Será que realmente sabem o significado da sua empresa, seus objetivos, da importância e da interdependência das diversas áreas interdependência. Seus trabalhos são reconhecidos? Você é pensou sobre isso?


Trabalhar em equipe é uma questão de maturidade, pois significa escutar
pessoas, abrir mão de opiniões, concordar que as opiniões de outros membros
podem ser melhores que as minhas, etc. Dessa forma, é importante que
estejamos seguros das nossas habilidades para conseguirmos controlar nossas emoções, aproveitando ao máximo da equipe, reconhecendo falhas e
desenvolvendo habilidades.


Para isso, é preciso maturidade e treino. Devemos perceber que como
integrante do grupo, temos algo a contribuir, assim como demais pessoas que
compõem a organização também poderá colaborar. Sendo assim, deixo de ser o dono da verdade.


Será que estou preparado para trabalhar em equipe? Conheça a si próprio
Para nos auto-avaliarmos, precisamos certas bases de conhecimentos
psicológicos gerais, que deve ser acompanhada de constante auto-análise, que nos permita aprofundar dia-a-dia, a noção que temos de nossas possibilidades e limitações, de nossas aspirações êxitos, insucessos e assim por diante.


O autoconhecimento deve resultar nosso melhor ajustamento e a conquista da
maturidade e controle emocional, ou seja:
Capacidade de entender os outros e de nos fazermos entender pelos outros.
Nos julgarmos e julgar os outros o mais objetivamente possível.
Nos aceitarmos e aceitar os outros, admitindo que ninguém é isento de falhas,mas que também encontraremos qualidades em nós e em qualquer outro ser humano, se desejarmos realmente encontrá-las.
Conhecimento de suas habilidades e defeitos, como e o que melhorar.
Compreendendo sua equipe:
Conhecer os outros implica, inicialmente, num vasto conhecimento da natureza e das motivações mais comuns e freqüentes no ser humano, do que o impulsiona a agir.
É necessário formular idéias as mais precisas o possível, das características
individuais das pessoas com as quais estamos em contato.


Diferenças individuais abrangem:
Tipos de inteligências.
Diversidade de temperamento.
Diversidade de reação.
Graus de cultura.
Interesses dominantes.
Tipos de motivação e expectativas
Sentimentos.
Observe o seu grupo de trabalho.


Características do Time perdedor:

  • Objetivos indefinidos.
  • Atuações confusa.
  • Individualismos.
  • Falta de direcionamento.
  • Comunicação confusa.
  • Desperdício e baixa produção.
  • Conflitos.
  • Faltas de feedback.
  • Inexistência de comprometimento.
  • Doenças psicossomáticas.
  • Atrasos e faltas constantes.

Características do Time vencedor:
  • Confiança mútua.
  • Auto sustentação.
  • Objetivos definidos.
  • Comunicação vertical, horizontal e transversal.
  • Aproveitamento das habilidades individuais.
  • Comprometimento.
  • Feedbacks constante.
  • Trabalhos com quantidade e qualidade.
  • Liberdade de expressão.
  • Criatividade e inovações. 

Buscando sucesso através da sua equipe
A obtenção do sucesso está também relacionada às atitudes e as habilidades do administrador designado para, juntamente com a sua equipe, atingir os
objetivos traçados pela organização.Inicialmente, ele deve levar a sua equipe
à obtenção do sucesso.


Para isso, deverá:
Integrar- Resgatar a vontade pelo trabalho, principalmente, considerando as
experiências traumáticas obtidas nos processos de reengenharia, e de corte de pessoal; que levou os funcionários a se sentirem totalmente instáveis no
trabalho. Integrá-lo ao novo contexto. Mantendo uma uniformidade.
Desenvolver- Planejar e acompanhar o desenvolvimento do trabalho a ser
executado, motivando a equipe e promovendo o auto- conhecimento.
Adequar- Aproveitar e desenvolver as habilidades de cada funcionário,
aproveitando utilizando-se de recursos como conhecimentos sobre liderança,
motivação, visão global dos acontecimentos, propiciando assim condições para
que as metas sejam alcançadas. Busque a sinergia grupal.
Buscar resultados- O êxito na execução das tarefas em equipe está diretamente ligado ao sucesso que a organização visa alcançar tendo bem claro o seu propósito.
Identificar e respeitar- Desenvolver o ritmo de cada profissional, pois as
pessoas não são iguais. Saiba ouvir. Cada profissional tem o seu ritmo, suas
habilidades. O Administrador cabe identificá-lo além de aproveitar o que cada
profissional tem de melhor, e de propiciar o desenvolvimento das habilidades
faltantes.
Coesão- Para se manter um time em pleno funcionamento deve-se criar ambiente
onde as metas e objetivos individuais possam se materializar.
Abertura- Comunicação livre e aberta, estimulando e premiando novas idéias,
levando-as à concretização; propiciando assim a participação e comunicação
aberta.
Objetivar- Estabelecer de perspectivas através da Administração por
objetivos, onde as funções e atribuições de trabalho tornem-se claras.
Respeitar- As características individuais, posicionamentos, limitações
buscando-as sempre desenvolvê-las.
Quebrar paradigmas- Os mais famosos: Errar é humano, Cachorro velho não
aprende novos truques, Vassoura nova sempre varre melhor, Santo de casa não faz milagre, Em casa de ferreiro o espeto é de pau, Querem mudanças mas tudo continua a mesma coisa, Funcionários só querem moleza, Patrão só sabe explorar, etc.
Criatividade- Estimular a geração idéias, novos produtos, soluções de
problemas, etc.
Discordância civilizada- a equipe deve estar confortável para discutir
posicionamentos divergentes com respeito buscando um consenso.
Liderança situacional - modifica-la conforme as circunstâncias e a maturidade
da equipe.
Feedback- auto avaliação, tanto dos funcionários como dos clientes.
Cuide da saúde física e mental do trabalhador - cuide bem delas, estimulando através de palestras, a qualidade de vidas, pratica de esportes, e a busca o auto- conhecimento, evitando o álcool, o fumo, as drogas e fazendo refeições sadias.
Evite o incentivo ao Workaholic. Alguns cuidados
É preciso ser cauteloso no mundo dos negócios. As atitudes devem ser
coerentes e pró-ativas, traçando objetivos pertinentes e estimuladores.
Porém, muitas vezes, o administrador/empresário se encontra tão ávido pelo
sucesso que acaba prejudicando e trazendo malefícios àqueles a sua volta,
levando-os ao stress. Por vezes acaba prevalecendo os objetivos pessoais em
detrimento aos organizacionais.
As pessoas crescem através da aceitação de desafios, Mas CUIDADO! Muitas
vezes, os objetivos ou desafios são parcial ou totalmente inatingíveis; o que
poderá fazer com que o grupo se desmotive.
O grupo enriquece a informação, reconstituindo e atualizando-a permitindo que ser trabalhe com maior profundidade.Para que ocorra a sinergia de um grupo é preciso saber compartilhar conhecimentos, bem como existir envolvimentos.


Esta sinergia emerge quando o grupo entende o(s) objetivo (s) organizacional
(is).

  • Busque resultados através da sua equipe - Técnica: "Fale, faça, estimule".
  • Faça esse exercício na sua empresa
  • Reúna sua equipe.
  • Determine ou estabeleça com o grupo um objetivo.
  • Peça para que analisem quanto à sua viabilidade.
  • Quais as estratégias que podem ser criadas?
  • Quais as etapas?
  • Quais as áreas envolvidas?
  • Quem será o responsável por cada uma dessas áreas?
  • O que será preciso?
  • Qual o prazo necessário?
  • Determine o prazo final.
  • Acompanhe o trabalho da equipe.
  • Cobre resultados.
  • Reavalie.
  • Refaça e exercício para outros objetivos
Obs. Sempre que propuser algo a sua equipe, estimule a criatividade, sempre
fazendo com que o grupo traga pontos convergentes e divergentes às idéias
estabelecidas. Você pode se utilizar desta técnica para soluções criativas de
problemas, etc. O importante é que você também trabalhe em equipe, e não
apenas fale sobre a sua importância. Participe, forneça ajuda, eleve a auto
estima do grupo. 


 por Antonio Celso da Costa Brandão

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