Denúncias apontam que o tesoureiro do PT participou de reuniões com ex-diretor de Serviços da Petrobras nas quais eram acertados os valores da propina
São Paulo - O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, foi preso nesta quarta-feira pela Polícia Federal em São Paulo na 12ª etapa da Operação Lava Jato. Ele é investigado por suspeita de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Delatores da Operação afirmam que o tesoureiro intermediou doações de propina em contratos com fornecedores da Petrobras.
Segundo a denúncia apresentada à Justiça Federal pelo Ministério Público Federal, no Paraná, Vaccari participou de reuniões com ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, nas quais eram acertados os valores de propina que seriam transferidos ao PT como doações legais.
Na última quinta-feira, o tesoureiro do PT negou aos parlamentares da CPI da Petrobras que tenha recebido doações ilegais para o partido, e disse não ter tratado de finanças com ex-executivos da estatal que o citaram em depoimentos de delação premiada. Vaccari disse ainda aos integrantes da CPI que não participou do comitê financeiro do PT nas eleições presidenciais de 2010 e 2014 e não arrecadou recursos para as campanhas.Segundo ele, desde 2006, a Secretaria de Finanças do partido deixou de ser responsável por financiar campanhas. “É importante ressaltar que os recursos do PT são utilizado em eleições quando são eleitorais; quando em conta partidária, são usados na manutenção do partido”, disse.
João Vaccari Neto foi preso em casa em São Paulo e será levado para a superintendência da PF em Curitiba.
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