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5.27.2015

Anticoncepcionais modernos aumentam risco de trombose



Pesquisadores da Universidade de Nottingham, 

na Inglaterra,

 descobriram que o uso da pílula está associado

 a um risco 

até quatro vezes maior de formação de coágulo 

sanguíneo grave



Canadá: pacientes que tomavam as pílulas Yaz e Yasmin tiveram coágulos sanguíneos
Pacientes que utilizam pílulas que contêm drospirenona, desogestrel, gestodeno e ciproterona correm um risco quatro vezes maior de trombose, em relação às mulheres que não tomam pílula(Philippe Huguen/AFP/VEJA)
O aumento do risco de trombose já é conhecido por médicos, 
pesquisadores e usuários de contraceptivos orais desde a década 
de 1990. No entanto, até então acreditava-se que este risco era 
pequeno o suficiente para justificar o uso do medicamento.
 Agora, pesquisadores descobriram que o uso da pílula aumenta 
em cerce de três vezes a probabilidade de desenvolver trombose,
 em comparação às mulheres que não tomam a medicação. 
É o que diz um estudo publicado no periódico científico The BMJ.
Maior risco nas pílulas "novas" - O estudo, realizado por
 pesquisadores da Universidade de Nottingham, na Inglaterra, 
também mostrou que o risco é ainda maior em usuários das 
pílulas mais modernas (terceira e quarta geração), 
introduzidas no mercado a partir de 1980, em comparação
 às mais antigas (primeira e segunda gerações).
A equipe, liderada pela pesquisadora Yana Vinogradova, 
descobriu que o aumento do risco está relacionado às pílulas 
combinadas que utilizam novas formulações dos hormônios 
estrogênio e progesterona como a drospirenona, o desogestrel, 
o gestodeno e a ciproterona. As pílulas mais antigas, que utilizam
 levonorgestrel, noretisterona e norgestimata mostraram-se 
mais seguras em relação ao aumento do risco da formação de 
coágulos sanguíneos.

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A pesquisa - Os pesquisadores da Universidade de Nottingham
 trabalharam sobre duas grandes bases de dados médicos e 
traçaram uma relação entre o uso de contraceptivos orais e 
as tromboses observadas em mulheres entre 15 e 49 anos. 
Os resultados mostraram que aquelas que tomam
 contraceptivos orais combinados de terceira e quarta
gerações têm um risco de trombose venosa quase 
duplicado (1,5 a 1,8 vezes superior) em relação às mulheres que tomam contraceptivos orais de primeira e segunda gerações. Em relação às mulheres que não tomam pílula o risco é quatro vezes maior.
Os pesquisadores ressaltam que, apesar dos resultados, 
o risco absoluto de trombose em usuárias de pílula 
permanece baixo, com um risco três vezes maior para 
as pílulas combinadas. De acordo com eles, uma mulher 
grávida tem um risco dez vezes maior de sofrer o problema. 
Por isso, eles ainda consideram os contraceptivos orais 
como extremamente seguros.
Problema grave - Os pesquisadores alertam que,
 embora o problema seja relativamente raro, ele pode 
ser muito grave. Em geral, os coágulos se formam nas 
pernas, mas podem se alojar nos pulmões, formando um
 bloqueio potencialmente fatal ou se mover para o cérebro,
 onde podem provocar um acidente vascular cerebral (AVC).
Os coordenadores do estudo recomendam que os médicos
 considerem o risco da paciente antes de receitar uma pílula 
e opte sempre pela opção mais segura.
De acordo com o estudo, cerca de 9% das mulheres em 
idade reprodutiva ao redor do mundo usam contraceptivos 
orais. Em países desenvolvidos esse número sobe para
18% e na Grã Bretanha, onde o estudo foi realizado, para 28%.
A pedido da França, a Agência Europeia de Medicamentos 
(EMA, na sigla em inglês) já havia feito uma reavaliação 
dos riscos dos anticoncepcionais de terceira e quarta 
gerações. Os resultados indicaram que os benefícios 
continuavam superiores aos riscos.
(Da redação)

Conheça os métodos contraceptivos disponíveis atualmente







  • Na Ásia do século X, a camisinha era uma improvisação de papel de seda lubrificado com óleos, usado para evitar doenças. Também há registros desse contraceptivo feito de tripa de carneiro, pele de animal, veludo e panos. Em 1870, o preservativo de borracha apareceu na Europa, mas era reutilizável. A camisinha descartável feita de látex apareceu em 1930. Além de prevenir uma gravidez indesejada, ela protege contra doenças sexualmente transmissíveis.

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