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5.10.2015

BABACAS NÃO TEM LIMITES



Grupo protesta na chegada de convidados ao casamento
 do médico Roberto Kalil com Claudia Cozer. 

Grupo de riquinhos, 

paulistas babacas, 

protesta no casamento

do médico de Lula e Dilma, 

em São Paulo

Cúpula do poder marcou presença

 na cerimônia em bairro nobre da

 capital paulista; Dilma e Alckmin

 sentaram na mesma mesa

SÃO PAULO — Prestigiado por políticos
da cúpula do poder e também da oposição,
 o casamento do cardiologista Roberto Kalil
 com a endocrinologista Claudia Cozer,
 na noite deste sábado, teve protesto e
 panelaço na entrada de convidados.
 O ato foi promovido por um grupo
 de aproximadamente 30 pessoas no Itaim,
 bairro de classe alta da capital paulista,
 onde ocorria o casório.
Com uma lista estrelada de padrinhos
 que incluiu a presidenta Dilma Rousseff
, o ex-presidente Lula, os presidentes da
 Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
 e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL),
 além do senador José Serra (PSDB-SP),
 a cerimônia contou com a presença de
vários integrantes da cúpula petista, como
 o ministro da Casa Civil Aloizio
 Mercadante, o ministro da Justiça
José Eduardo Cardozo e o presidente
 do PT, Rui Falcão. Segundo interlocutores
, a presidente sentou na mesma mesa que
o ex-presidente Lula, o presidente da
 Câmara Eduardo Cunha, o senador
José Serra (PSDB-SP) e o governador
 paulista Geraldo Alckmin (PSDB).
Quando Dilma chegou, moradores de
 prédios no entorno do restaurante onde
 a festa ocorria reforçaram o barulho da
 rua com suas panelas de teflon, O esquema de
 segurança na entrada impediu que
 manifestantes se aproximassem do salão ou
 afetassem a festa para 400 convidados,
 que vinha sendo preparada há seis meses
. O salão do Leopolldo, local do casório,
 foi palco há uma pouco mais de uma
 semana de outra união, do empresário Roberto
 Justus com Ana Paula Siebert.

O presidente da Câmara dos Deputados
 Eduardo Cunha chega ao casamento 
com a esposa. - Michel Filho / Agência O Globo
Na noite deste sábado, grades foram
 colocadas na rua para organizar a
passagem de veículos com convidados.
 A checagem na lista de presença era
 realizada carro por carro, ainda distante
 do salão. A cerimônia começou com
 uma hora de atraso. 
O cartorário Adriano Canteli,
de 30 anos, saiu do bar onde estava
 próximo ao local do casamento,
para protestar.
— Xinga o Lula “pra” gente (sic*),
fala para ele devolver nosso dinheiro —
 disse ao senador José Serra, quando
 ele chegou ao casamento.
— Não sei quem é, mas se está aqui
 não presta. É tudo da mesma laia —
gritou uma das manifestantes que
 vaiava os convidados.
O empresário Eduan Pinheiro, de 34 anos,
disse ser membro do movimento
“Acorda Brasil”. Ele afirmou ter sido
 convocado pela rede social para protestar
 na portaria da festa. Integrantes do grupo
 “Vem pra rua” estenderam quatro faixas
 em protesto.
A hoteleira Selene Salomão, 49 anos,
 levava um cartaz contra “o apoio do
governo brasileiro ao venezuelano
 Nicolás Maduro”, e dizia ter sido
candidata a vereadora na última
eleição em São Lourenço, no interior
de Minas Gerais, pelo PSOL, legenda
 ligada à esquerda.
— Era o único partido que fazia
 oposição ao prefeito — justificou.
O noivo Roberto Kalil é médico
 pessoal de Dilma, Lula e Serra.
Há tempos, ele possui pacientes na
 cúpula do poder brasileiro. Em seu
primeiro casamento, em 1989, entre os
padrinhos estavam o deputado Paulo
 Maluf e o ex-presidente militar João
 Figueiredo.
A presidente deixou o casamento por volta
 das 22h45, e seguiu direto para Brasília,
onde vai passar o domingo com a mãe e a filha.

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