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5.12.2015

Jornalista diz que os EUA mentiram sobre morte de Bin Laden


Seymour Hersh desmentiu muitos argumentos dos EUA ao escrever 'uma história alternativa sobre a guerra ao terror'

O DIA
EUA - O jornalista investigativo americano Seymour Hersh causou polêmica ao publicar um artigo no London Review of Books em que alega que os Estados Unidos mentiram sobre a morte de Osama Bin Laden, em 2011. Especializado em assuntos militares e segurança e ganhador do prêmio Pulitzer em 1970, o maior prêmio do jornalismo internacional, Seymour desmentiu muitos argumentos dos norte-americanos ao escrever "uma história alternativa sobre a guerra ao terror".
Segundo o jornalista, ao contrário do que dizem os EUA, as autoridades do Paquistão não só sabiam da operação, como cooperaram na missão. No artigo, Hersh ainda diz que o terrorista mais procurado da história não estava escondido, mas sim preso desde 2006. Ele afirma que o governo do Paquistão pretendia usar Bin Laden como moeda de troca em negociações com os grupos terroristas que atuam no país, Taleban e a rede Al Qaeda. Porém, o plano falhou no momento em que os Estados Unidos souberam do fato.
Osama bin Laden morreu depois de ser considerado procurado pelos EUA por mais de uma década
Foto:  Reprodução Internet
De acordo com Hersh, um oficial da inteligência do Paquistão denunciou ao governo dos EUA o paradeiro de Osama Bin Laden com o objetivo de ficar com os 25 milhões de dólares que estavam sendo oferecidos em troca de informações sobre o terrorista.
Em nota, a Casa Branca afirmou que o artigo é infundado. "Há incoerências demais nas assertivas para que cada uma delas seja checada. A noção de que esta operação não foi realizada unilateralmente pelos Estados Unidos é totalmente falsa”, diz trecho da nota. Em uma entrevista à uma rede de TV dos EUA, o jornalista se manteve firme em sua convicções. “Isto não é uma especulação, mas uma história que deve ser seriamente considerada pelo governo”, disse Seymour Hersh.

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