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5.16.2015

Relação entre sexo e felicidade


Inúmeros livros científicos e de auto-ajuda alegam que fazer mais sexo vai levar ao aumento da felicidade.
O embasamento científico para essas alegações, contudo, é muito controverso, porque é muito difícil estabelecer uma conexão causal que diga que quem faz sexo mais vezes torna-se mais feliz exatamente por causa disso.
Por exemplo, existem muitas razões pelas quais se pode observar esta relação positiva entre sexo e felicidade.
Ser feliz pode levar alguém a fazer mais sexo (o que os pesquisadores chamam de "causalidade reversa"), ou ser saudável pode resultar tanto em ser mais feliz, quanto em fazer sexo mais vezes.
Frequência sexual e felicidade
De fato, no primeiro estudo a tentar examinar a conexão causal entre a frequência sexual e a felicidade, pesquisadores da Universidade Carnegie Mellon (EUA) verificaram que ter mais relações sexuais não apenas não torna os casais mais felizes, mas pode até diminuir essa felicidade.
Parte do problema, segundo os cientistas, é que o aumento da frequência leva a um declínio no desejo e no prazer desfrutado em cada ato sexual. Além disso, esse "declínio qualitativo" parece ter sido induzido pelo próprio estudo.
Cento e vinte e oito indivíduos saudáveis com idades entre 35 e 65 anos, todos casais heterossexuais estáveis, participaram da pesquisa. Os cientistas dividiram os voluntários em dois grupos. O primeiro grupo não recebeu instruções sobre a frequência sexual, enquanto foi pedido ao segundo grupo para dobrar a frequência dos atos sexuais.
O resultado foi que os casais instruídos a aumentar a frequência sexual apresentaram uma pequena diminuição na felicidade ao final do estudo.
Defeitos no estudo
Procurando as razões para isso, os pesquisadores concluíram que os casais instruídos a ter mais relações sexuais relataram menor desejo sexual e uma diminuição no prazer sexual.
Segundo eles, não se trata de que fazer sexo mais vezes leve à diminuição do desejo, mas apenas que os casais fizeram isso porque lhes foi pedido em razão do estudo, em vez de ser uma atitude própria.
Ou seja, o que os pesquisadores descobriram mais uma vez foi uma falha na forma como conduzem seus estudos sobre o assunto, mas uma falha que pode indicar também que alterações no comportamento induzidos pela mídia, onde a hiperssexualização dos relacionamentos é comum, pode acabar minando a felicidade do casal.
George Loewenstein e Tamar Krishnamurti, responsáveis pelo estudo, afirmam que vão projetar novos experimentos em que a análise do "mais sexo" versus "menos sexo" envolva a criação de ambientes que facilitem a intimidade dos casais, em vez de simplesmente dizer aos voluntários o que fazer.
Fonte: Diário da Saúde 

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