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6.10.2015

Como tornar meu filho mais independente?



Como tornar meu filho mais independente?

Pequenas atitudes dos pais podem incentivar a 

independência e a responsabilidade das crianças desde bebê




















Apesar de saber da importância de criar um filho independente, algumas mães
ainda se sentem culpadas e confundem o incentivo à independência dos filhos
com negligência dos pais.

A psicóloga clínica com especialização em análise comportamental cognitiva,
Mariuza Pregnolato, explica que os conceitos são diferentes. Negligência
acontece quando os pais não dão atenção ao filho, então a criança se sente
desvalorizada e perde a oportunidade de aprender. “O certo é criar
independência alimentando a curiosidade da criança, as demandas
da natureza dela”, diz Mariuza.
Acompanhar a criança em atividades do cotidiano e estimulá-la a fazer
 algumas tarefas, como escolher alguns itens da compra no mercado,
sozinhas incentiva a independência

Acompanhar a criança em atividades do cotidiano e estimulá-la a fazer
 algumas tarefas, como escolher alguns itens da compra no mercado,
 sozinhas incentiva a independência

Ana Cristina Fraia, psicóloga e coordenadora terapêutica da Clínica
Maia, acredita que é preciso incentivar a independência e
responsabilidade das crianças desde pequenas.

“A criança está aí para o mundo. Este senso de independência é
o maior presente que se pode dar para um filho”, diz.

É possível incitar a autonomia nas crianças quando elas ainda são
bebês, com atitudes simples. “Quando o bebê começa a querer
andar, você tem que deixá-lo cair para, desse jeito, aprender a
levantar. Coloque almofadas em volta para ele não se machucar,
 mas deixe-o cair. Ele precisa construir força e coordenação”

Além de deixar o bebê andar sozinho, aprender a comer sem ajuda
dos pais também é uma conquista importante. “Têm muitos pais
que ficam com medo porque vai fazer muita sujeira na hora de
comer. Mas é necessário. A criança precisa pegar e sentir
a textura para aprender”, conta Ana Cristina.

Mais velhos

Um pouco mais velhos, os filhos já são capazes fazer escolhas
simples como a roupa que vai usar – se precisar, dentre opções
previamente escolhidas – o que também é uma maneira de preparar
 os pequenos para a independência.

>> MAIS: Frases dos pais que acabam com a autoestima das crianças
Cada criança é única e compará-la a outra promoverá ciúmes e rivalidade
com quem poderia ser uma influência positiva.
Essa frase é um reforço para comportamentos inadequados.
Sempre é melhor reforçar que a família tem regras que devem ser seguidas
 e que não serão quebradas por uma birra inadequada.
O melhor é explicar por que algo não deve ser feito sem envolver a
aparência física nisso.
Os pais devem agir em conjunto para o filho se sentir seguro e próximo
 dos dois.
Quando quiser saber se o que seu filho fala é verdade ou não, pergunte

se vocês estão brincando de realidade ou de imaginação.
Ouvir que é mentirosa pode fazer com que a criança sinta necessidade de
se calar de uma vez por todas, encerrando a comunicação familiar.
Estudar junto com seu filho em casa, incluindo aulas de reforço nas
atividades extracurriculares, pode ser uma boa maneira de ajudá-lo
a melhorar as notas.
Explique que é importante se dedicar aos estudos e afirme que a criança
pode fazer melhor no próximo bimestre.
Essa frase passa a impressão de que a criança não terá a capacidade
de ser adulta um dia.
Pais podem intervir como companheiros de atividade, não como substitutos.

Além da própria autonomia, a criança adquire senso de responsabilidade
ao fazer pequenas tarefas de casa: desde guardar os próprios brinquedos,
arrumar a cama até ajudar a colocar as roupas para lavar.

“Em qualquer idade, sempre tem alguma coisa que dá para fazer sozinho”,
 diz Ana Cristina. Ela ainda lembra que é interessante tentar transformar
as atividades em brincadeira, pois a criança precisa desse lado lúdico na rotina.

Comece convidando a criança para ajudar em alguma tarefa doméstica
e não exija a perfeição, é o que recomenda Mariuza. Elogiar também é
um ótimo incentivo para que ela queira repetir a ação e aprender cada vez mais.

Sem idade específica

Pode ser mais fácil para as mães liberar estas pequenas ações no
começo da vida da criança, mas quando é a hora de deixar um filho
sair sozinho na rua pela primeira vez, por exemplo?

As psicólogas contam que não há idade específica para isso e
depende de vários fatores, como conta Mariuza: “Tem que estar muito
contextualizado. Você tem que perceber a maturidade e interesse da
criança, além de características do bairro e da vizinhança”.

Ana Cristina ainda destaca que se as pequenas autonomias são
incentivadas na primeira infância, seu filho provavelmente estará mais
preparado para sair na rua sozinho.

A mudança não pode ser drástica. Os pais podem ir à padaria com a criança,
 dizer a ela qual é o pedido, e deixá-la solicitar ao atendente o que precisa.
Outras questões clássicas precisam ser lembradas: ensinar a atravessar
a rua, memorizar o caminho e orientar a não falar com estranhos. Depois
disso, é indicado acompanhar a criança várias vezes, cada vez sugerindo
 um desafio novo, até que mãe e filho se sintam prontos para uma nova etapa.
 Nada deve ser forçado e a confiança mútua é essencial para completar o processo.

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