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6.01.2015

Ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira é indiciado pela PF por quatro crimes

Durante organização da Copa, Teixeira movimentou
 R$ 464 milhões em suas contas Ex-presidente da
 CBF foi indiciado pela Polícia Federal pelos
 crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas,
 fa [...]
A Polícia Federal indiciou o ex-presidente da CBF Ricardo
 Teixeira pelos crimes de falsificação de documento público
, falsidade ideológica, evasão de divisas e lavagem de
 dinheiro. Conforme a PF, Teixeira não declarou dinheiro
 mantido no exterior, simulou a compra de ações usando
 o nome de uma empresa para "movimentar altas quantias
 de dinheiro" e fez transações imobiliárias irregulares.
Conforme os investigadores, o inquérito não tem relação
 imediata com o escândalo de corrupção que atingiu a
 Fifa, mas pode dar subsídios a apuração que está em
 curso nos Estados Unidos tocada pelo FBI. O inquérito
 no Brasil foi concluído em janeiro deste ano, mas só
 agora veio a público. As investigações duraram dois anos.
No inquérito, ao qual o Estado teve acesso, a PF afirma
 que nas declarações de imposto de renda do ex-dirigente
 "não existe referência alguma a contas bancárias em
seu nome no exterior", o que configura crime de
evasão de divisas.
A reportagem do Estado revelou que Teixeira possui
 30 milhões de euros numa conta secreta em Mônaco
 e a procuradoria da Suíça também identificou
 movimentações no país. No Brasil, o órgão de investigação
 financeira do Ministério da Fazenda, o Coaf,
 registrou movimentação de R$ 464,5 milhões
entre 2009 e 2012.
A PF destacou informações da procuradoria da
 Suíça de que Teixeira teria recebido, ainda, 12,7
 milhões de francos suíços de suborno enquanto
 esteve na CBF, de 1989 a 2012, inclusive envolvendo
 a realização de Copas do Mundo, ao considerar
 que "ele vem praticando atos contra a
 administração pública brasileira, com exigência
 de vantagens para práticas administrativas da
 CBF, contra a administração pública estrangeira
 e o sistema financeiro nacional".
APARTAMENTO - A PF acusou Teixeira de
 simular operação de compra de vários imóveis,
 entre eles uma cobertura na Barra da Tijuca, no
 Rio. Ele adquiriu o apartamento em bairro nobre
que estava avaliada em R$ 4 milhões por R$ 720 mil.
 O imóvel foi comprado de Claudio Abrahão, irmão
de Wagner Abrahão, dono do Grupo Águia. Em
 depoimento à PF, Claudio justificou o preço porque
 o imóvel estava "em mau estado de conservação,
 precisando de reforma". A PF considerou suspeito
o fato de Claudio ter comprado o imóvel em 2002,
por R$ 1,9 milhão, mas só ter escriturado em 2009
, mesmo ano em que foi vendido para Teixeira.
A PF também encontrou irregularidades na compra
 de uma aeronave pela Alianto Marketing por
 R$ 8 milhões da empresa 100% Brasil Marketing,
 que não tem endereço fixo. As duas empresas têm
 como sócios Alexandre Rosell Feliu, conhecido como
 Sandro Rosell, ex-presidente do Barcelona. Ou seja, ele
 vendeu a aeronave para ele mesmo.
Outro negócio investigado pela PF é a simulação de
 operação de compra de ações de Teixeira e Rosell
 numa transação que envolveu a cifra de R$ 22,5 milhões.
 A PF descobriu que a Alpes Eletronic Broker não era
 detentora de opção de venda, como informado no negócio.
 A Alpes negou em depoimento relação com Teixeira.
 Como moram no exterior, a PF indiciou Teixeira e
 Rosell sem a presença deles. Os dois, contudo,
conforme o inquérito "tomaram conhecimento dos
 fatos e não tiveram interesse em desmentir".
 A reportagem não conseguiu contato com
 Teixeira e Rosel
l

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